Luciana Rodrigues

‘As vendas pela internet têm crescido a passos acelerados no Brasil. Entre 2000 e 2002, a receita do comércio no setor mais do que dobrou: saltou de R$ 233,48 milhões (em valores de 2002) para R$ 530 milhões, numa expansão de 127%. Os números constam da última Pesquisa Anual do Comércio (PAC), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mas, apesar do forte crescimento das vendas online, este tipo de comércio responde por apenas 0,21% do faturamento do varejo no Brasil, num desempenho que repete o padrão internacional

– No mundo inteiro é assim. Na Espanha, por exemplo, as vendas pela internet também têm um peso de cerca de 0,2% – explicou Vânia Prata, coordenadora de Serviços e Comércio do IBGE.

Cresce emprego no comércio, mas salário cai

A pesquisa levantou dados de 1,22 milhão de empresas, que empregam 5,94 milhões de pessoas e faturaram juntas, em 2002, R$ 549,3 bilhões. O IBGE coletou informações do comércio varejista e também atacadista, o que inclui ainda as vendas para o exterior. No conjunto geral do comércio, o faturamento teve uma ligeira queda real (descontada a inflação), de 0,4%, entre 2001 e 2002.

No universo de 1,04 milhão de empresas do comércio varejista pesquisadas, as vendas pela internet eram relevantes para 806, das quais 445 obtinham até um quarto de seu faturamento dessa maneira. Para 340 empresas, até metade da receita vinha das vendas online. Apenas seis arrecadavam entre 75% e 100% da receita nas vendas online.

Para o comércio, o ano de 2002 foi de perda de receita, porém de aumento no emprego. As vagas criadas, entretanto, tiveram remuneração menor. Em relação a 2001, o emprego cresceu 3,3%, ou 189 mil novos postos de trabalho. Mas enquanto em 2001 a remuneração média era de 2,3 salários-mínimos, em 2002 os ganhos eram de 2,2 salários-mínimos.

Segundo os técnicos do IBGE, num ano de baixo crescimento econômico e disparada da inflação como foi 2002, o aumento do emprego a salários mais baixos pode indicar que houve uma substituição de funcionários que ganhavam mais por novos empregados com remuneração menor.

O melhor desempenho foi o do comércio atacadista de produtos agropecuários in natura , com expansão real de 11,7% no faturamento em 2002.

– Foi um reflexo do aumento nas exportações – explicou Juliana Vasconcellos, técnica do IBGE.

Ontem, o Instituto Fecomércio-RJ informou que o faturamento do comércio na Região Metropolitana do Rio caiu 4,26% em março de 2004, frente ao mesmo mês do ano passado.’

O envio de e-mails fraudulentos criados para enganar internautas fazendo-se passar como oficialmente enviados por instituições financeiras chegou à marca de 3 bilhões de mensagens no mês passado, segundo uma das maiores companhias de filtragem de spam.

Os e-mails mascarados como sendo enviados por bancos ou empresas de varejo tornaram-se uma ferramenta popular para fraudadores interessados em obter dados de contas bancárias e de cartões de crédito de usuários de serviços de banco ou comércio eletrônico.

A técnica é conhecida como phishing e também tem sido usada no Brasil contra clientes dos maiores bancos do país. Durante os últimos nove meses, o volume de e-mails do tipo phishing cresceu 10 vezes para 3,1 bilhões.’

‘A polícia alemã anunciou ontem que prendeu um homem de 18 anos suspeito de ser o criador do vírus Sasser, que desde o fim de semana passado já atacou milhões de computadores conectados à internet.

Frank Federau, porta-voz da polícia, disse que o jovem foi preso anteontem e que admitiu ter criado o vírus, do tipo ‘worm’ (verme). ‘Ele confessou e a Microsoft já confirmou que ele é a origem desse ‘worm’.’

Federau disse que o preso vive com seus pais perto de Rotemburgo (centro da Alemanha) e não tem elos com o crime organizado. De acordo com a revista ‘Der Spiegel’, ele se chama Sven J.

Em outra operação, segundo a polícia sem relação com a ação em Rotenburg, foi preso no Estado de Baden-Wuerttemberg um homem de 21 anos responsável pelo ‘worm’ Agobot (também conhecido por Phatbot).

O Sasser causou estragos no mundo inteiro. Hospitais, bancos, companhias aéreas, agências governamentais e centenas de milhares, ou até milhões, de usuários domésticos foram afetados.

Entre os atingidos estão hospitais de Hong Kong, agências dos correios da Alemanha e Taiwan, estações da Guarda Costeira do Reino Unido, a British Airways e a financeira Goldman Sachs.

O Sasser, que ataca somente computadores com os sistemas Windows XP e Windows 2000, tem grande potencial de disseminação porque não é transmitido por arquivos anexados a e-mails.

Vírus ‘worm’ exploram falhas dos sistemas operacionais, por isso não precisam ser acionados pelos usuários com dois cliques para ficarem ativos. Se não dispõe de ‘firewall’ (programa que funciona como um porteiro, filtrando todos os dados que entram no micro), a máquina torna-se um alvo assim que se conecta à internet.

Uma vez contaminado pelo Sasser, o PC começa a exibir mensagens de erro e pode reinicializar-se repetidas vezes. Além disso, passa a vasculhar a internet em busca de outras máquinas vulneráveis para se alastrar. De acordo com especialistas, o vírus não causa danos permanentes às máquinas ou aos arquivos.

A Microsoft criou uma página com instruções contra o Sasser (www.microsoft.com/security/incident/sasser.asp). Com agências internacionais’

‘Os publicitários Washington Olivetto, da W/Brasil, e Sérgio Gordilho, da Africa, vão mudar de lado e cantar uma música que muitos brasileiros ainda sabem de cor: ‘Tá na hora de dormir/Não espere mamãe mandar…’

É com esse jingle dos Cobertores Parahyba, que os dois vão falar, no rádio, das vantagens desse meio de comunicação, presente em 90% dos lares brasileiros num esforço do Grupo dos Profissionais do Rádio (GPR), que quer mostrar que esse meio de comunicação ainda tem muita força.

‘Queremos mostrar que toda campanha publicitária deve ser complementada pelo rádio, afinal as pessoas dirigem, trabalham, namoram, assistem TV, tudo isso, e muito mais, ouvindo rádio’, afirma Marcos Le Pera, presidente da Le Pera.

‘Pipoca na panela, começa a arrebentar…’ é o jingle do Guaraná Antarctica que irá unir as vozes de Nizan Guanaes (Africa) e José Henrique Borghi, da Borghier, numa iniciativa que reúne 14 grandes nomes da propaganda brasileira em sete ‘spots’ como são chamados os comerciais de rádio.

Algumas duplas de publicitários cantam jingles saudosistas, que marcaram o passado. É o caso daqueles criados pelo compositor Arquimedes Messina para o Café Seleto, que ganhará interpretação de Celso Loducca e Marcos Le Pera, e Varig, cantado por Christina Carvalho Pinto e Sérgio Valente. Adriana Cury e Erh Ray vão interpretar o famoso ‘Quem bate?/É o frio’, das Casas Pernambucanas, enquanto Cássio Zanatta e Átila Francucci cantam o do Banco Itaú e Jaques Lewkowicz e Wanderley Dóro, o de Skol.

Segundo os dados do GPR, as emissoras de rádio, a exemplo da Eldorado, do Grupo Estado, têm conquistado maior espaço nas grandes cidades, onde as informações sobre o trânsito se tornaram uma forte aliada dos paulistanos.’