‘O príncipe Charles é veado? Ou, ao contrário, tem suas preferências heterossexuais arraigadas, como revelou uma conversa sua com a amante, Camila Packer Bowles, a quem disse desejar ser o seu tampax? E o que deveria fazer o governo de Sua Majestade britânica diante das insinuações de homossexualismo dos tablóides dominicais de escândalos? Promover o empastelamento dos jornais e o apedrejamento dos editores no meio da Fleet Street?
Como lembrou o deputado Paulo Delgado, secretário de relações internacionais do PT, o que fizeram foi proibir a importação do número do ‘Le Monde’ que divulgou a história. Um tiro no pé, mas com desgaste menor para o país que a decisão de cancelar o visto de trabalho do correspondente do ‘New York Times’ Larry Rohter por ter escrito que Lula anda bebendo demais. A matéria foi publicada na sexta página do exemplar de domingo do ‘NYT’, quando o jornal põe na rua edições com centenas de páginas.
Outra: quantos correspondentes estrangeiros a Rússia expulsou por terem abordado os problemas de alcoolismo de seu presidente, Bóris Yeltsin? Yeltsin bebia até cair e o alcoolismo é um dos maiores problemas de saúde pública da Rússia. No entanto, ao que eu saiba, nenhum jornalista foi colocado na fronteira por tratar desses assuntos. Será que a Rússia, depois de mais de 70 anos de ditadura do proletariado e do PCUS está capacitada para dar ao Brasil lições de tolerância e democracia?
Como analisou terça-feira em luminoso comentário o estimado egiptólogo Merval Pereira, já de volta de Alexandria, a reportagem não é propriamente ofensiva, é escandalosamente incompetente. Não cabe aos governos meter-se na avaliação da competência de jornalistas que trabalham no seu território. Isso é assunto dos editores de seus jornais e revistas.
Indignas de fé são as testemunhas invocadas na matéria, políticas ou jornalísticas. Há generalizações incabíveis, como a de que os brasileiros estão preocupados com a influência do álcool sobre o processo de decisões de nosso presidente. Eu sou brasileiro e não estou nem um pouco preocupado com esse assunto. Estou preocupado, sim, com decisões em outras áreas, como a econômica, que não permitem que se gaste nem uma fração dos recursos incluídos no Orçamento, o que agrava problemas e ajuda a frear o crescimento. Ou com a incompetência do Ministério do Desenvolvimento Rural e Reforma Agrária, que aprofunda uma questão jurídica e social que ganha uma desproporcional visibilidade na mídia, dada a selvageria de seus atos.
Preocupante, ainda, foi o processo de decisão que levou à cassação do visto de trabalho do jornalista. Essa decisão causou muito mais danos à imagem do Brasil no mundo que a publicação da reportagem, que poderia passar despercebida não tivesse o caso sido valorizado da forma como foi pelo governo. O senador Tasso Jereissati pôs o dedo na ferida: ‘A decisão foi imatura, de ditador de republiqueta de terceira categoria’, disse.
O presidente Lula, contrariando seu hábito de dialogar amplamente, não parece ter consultado um leque mais amplo de assessores. Ouviu o ministro da Comunicação Social, Luís Gushiken, o porta-voz André Singer, que foram favoráveis, e o responsável por relações com a imprensa, Ricardo Kotscho, jornalista tarimbado, capaz de perceber o prejuízo da expulsão, que foi contra e derrotado.
O STJ pôs as coisas no lugar, ao conceder a Rohter um hábeas-corpus para permanecer no país até que se julgue o mérito da questão. É pouco provável que o julgamento lhe seja desfavorável, de vez que é casado com brasileira e tem filhos brasileiros. Em casos como esse, a lei garante a unidade da família.
No balanço da questão, Legislativo e Executivo se saíram mal. O Legislativo oscilou entre a solidariedade ao presidente Lula, que se sentiu ofendido, e a condenação à expulsão do jornalista. Uma comissão de senadores, que se presume tenham mais o que fazer, foi ao Palácio do Planalto reivindicar a anulação da medida. Saiu com a promessa presidencial de fazê-lo, caso houvesse retratação ou do ‘New York Times’ ou de seu correspondente.
Saiu-se mal o Executivo, por ter tido uma reação excessiva, como disse o senador Arthur Virgílio, que é diplomata de carreira e conhece o panorama internacional. Saiu-se mal o chanceler Celso Amorim, um diplomata normalmente impecável, procurando justificar a decisão por solidariedade ao seu chefe, declarando ser o povo brasileiro o ofendido.
Em inglês, um tiro pela culatra como o cometido diz-se cut out your nose to spite your face. Cortar o nariz para desacatar a cara.
O presidente Fernando Henrique disse, certa vez, que somos uma nação muito caipira. Demonstra-se que tinha certa razão. Caipira, não caipirinha. Erraram na dose.’
Merval Pereira
‘‘Truculenta e autoritária’’, copyright O Globo, 13/05/04
‘O governo brasileiro, ao expulsar o correspondente do jornal americano ‘The New York Times’ Larry Rohter por ter alegadamente ofendido a figura do presidente da República com a ‘recortagem’ sobre seus supostos hábitos etílicos, conseguiu fazer mais mal à imagem do país do que os eventuais danos que a reportagem irresponsável causaria.
Uma atitude truculenta e autoritária, que fere a liberdade de imprensa, deixa no ar um cheiro de ameaça a todos os correspondentes estrangeiros e, por extensão, aos próprios jornalistas brasileiros, que poderão ser atingidos por alguma medida arbitrária sempre que uma reportagem for considerada ofensiva.
Possibilidade que era insuspeitada até agora, embora o ministro das Comunicações, logo quem, já tivesse se declarado candidamente a favor de uma imprensa acrítica. E o próprio presidente Lula já tivesse revelado suas preocupações com os prejuízos à imagem do país que os programas jornalísticos que as televisões brasileiras enviam para o mundo podem produzir.
Enrolados na bandeira nacional, políticos governistas e ministros de Estado correram para defender a arbitrariedade, alegando, como fez por exemplo o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, que o povo brasileiro fora ofendido pela reportagem do ‘New York Times’.
É uma visão tão apequenada, tão mesquinha, que nos transforma em uma republiqueta de bananas, um desses países de segunda classe onde a vida privada do presidente da República é confundida com a honra nacional.
O jurista Sérgio Bermudes afirma que quando se ofende o presidente da República, não se está ofendendo o país, por uma razão muito simples: ‘O presidente não é um dos elementos do Estado. Elementos do Estado são o povo, a soberania, o território. O presidente não é o Estado’.
Bermudes lembra que na época da ditadura militar foi feito um grande esforço, inclusive propagandístico, para confundir o governo com o país. Ele relembra o slogan ‘Brasil Ame-o ou Deixe-o’ para dizer que o mesmo processo se deu nesse caso do correspondente estrangeiro expulso: ‘Se não gostasse do governo, não era patriota e devia ir embora. No caso aqui é a mesma coisa.Você, ofendendo o presidente, não está ofendendo o país, não está colocando em risco a soberania nacional’, ressalta o jurista.
O núcleo do governo que analisou a questão, e concluiu que a melhor resposta seria a cassação da permissão de trabalho do jornalista americano, chegou a estudar a possibilidade de um processo nos Estados Unidos, mas há dúvidas se a Justiça americana aceitaria uma ação desse tipo.
Bermudes explica que, de acordo com a legislação brasileira, a União, que tem como chefe de um dos seus poderes o presidente da República, tem legitimidade para processar o jornalista americano aqui no Brasil. ‘A questão é saber se a soberania americana daria efetividade a uma sentença condenatória’.
A União poderia propor um processo, e o cidadão Luiz Inácio Lula da Silva também poderia, mas nesse caso teria que bancar as custas. ‘Se a União processasse, os eventuais ganhos iriam para os cofres da União. Se o presidente processar por danos morais, para reparar a dor íntima, a perturbação psíquica e afetiva que ele sofreu, teria que custear o processo, e a indenização seria sua’, explica Bermudes.
A tentativa do embaixador do Brasil em Washington, Roberto Abdenour, de conseguir uma retratação junto à direção do ‘New York Times’ foi em vão e, segundo o secretário de Imprensa da Presidência, jornalista Ricardo Kotscho , a atitude da direção do jornal foi ‘arrogante’.
A mesma arrogância identificada pela pesquisadora Regina Martins, que está fazendo doutorado em lingüística pela Unicamp sobre a percepção do Brasil nos Estados Unidos e analisou o ‘New York Times’ desde 1986. Falando à newsletter ‘Jornalistas & Cia’, ela identifica nas reportagens do jornal sobre o Brasil uma visão preconceituosa e distorcida, com imagens carregadas de ironia e desvalorização do país, sempre ligadas à miséria, à violência, a samba, carnaval e misticismo.
Segundo ela, a reportagem de Larry Rohter não foge da linha editorial do jornal em relação ao Terceiro Mundo. ‘Não é nada diferente da maneira como eles vêm se referindo ao Terceiro Mundo de uma maneira geral há séculos’, diz ela.
A professora acha que existem ‘questões políticas que levam a isso’ e não tem dúvida de que a reportagem ‘é uma ação para desmoralizar a liderança de Lula’. Ela vai mais longe. Diz que apesar de a maneira preconceituosa de tratar os países emergentes ser a mesma, ‘um artigo que enfoque especificamente o caráter do presidente, você não vai achar. É uma estratégia de desestabilização’.
Mas suas pesquisas não indicam nada que sustente a teoria da conspiração, encampada por parte do governo, que vê por trás da reportagem o dedo do governo americano para desestabilizar a liderança do presidente Lula, reconhecida pela revista ‘Time’ quando o colocou como um dos cem principais líderes mundiais da atualidade.
Para o professor de história contemporânea da UFRJ Francisco Carlos Teixeira, no entanto, ‘a vida privada tem sido exposta pelo próprio presidente, não só nas metáforas que utiliza mas também no comportamento’. Segundo o professor Teixeira, Lula ‘é que não entende a dimensão privada e a dimensão pública da função que exerce’.
Teixeira diz que Lula ‘não pode falar em nome da nação porque ele não deixou que a nação, através dos organismos da sociedade civil, se pronunciasse. Ele não esperou que a sociedade se manifestasse, e se antecipou a ela’.
Para o professor de história contemporânea, a única explicação para o que chamou de ‘gesto destemperado’ é a assessoria do presidente ter identificado na reportagem do ‘New York Times’ ‘uma alavanca que pudesse ser um ponto de força para uma desestabilização do governo Lula’.
Ele teme que esse comportamento possa se tornar uma paranóia, pois não há sinais no horizonte político de que isso possa acontecer. ‘Aconteceria se tivéssemos uma oposição golpista, como acontece na Venezuela ou no Paraguai. Eles reagiram a um medo imaginário’, analisa o professor.’
Clóvis Rossi
‘Faltam cancelamentos’, copyright Folha de S. Paulo, 16/05/04
‘O presidente da República adotou, no caso ‘The New York Times’, a manjada tática de declarar vitória e bater em retirada correndo. A quem pensa que engana?
Teria sido melhor aceitar que o cancelamento do visto foi um colossal erro, cancelar o cancelamento, convidar Larry Rohter para tomar uma cachacinha (e só uma) no Alvorada, contar algumas historinhas de suas conversas com Bush e pronto: Lula certamente ganharia uma reportagem simpática no jornal norte-americano que reduziria o estrago provocado pelo texto infeliz.
Para completar a limpeza de área, deveria cancelar, isso sim, o emprego de todos os assessores que divulgaram fantasias a respeito das ocultas motivações para a reportagem.
Inventaram que Rohter era apenas a ponta-de-lança do governo norte-americano no esforço para desmoralizar Lula. Bobagem.
Mesmo que se aceite, só para argumentar, a tese de que o ‘NYT’ é o braço de papel da Casa Branca, ainda assim permanece de pé o fato de que as relações Bush-Lula são quase ‘imelhoráveis’, como poderá atestar qualquer um do entorno presidencial que não tenha sido assolado por infantis teorias conspiratórias.
Houve até quem escrevesse que a vitória do Brasil sobre os Estados Unidos na disputa sobre os subsídios ao algodão na Organização Mundial do Comércio foi uma das razões para o governo Bush vingar-se de Lula usando a pena de Rohter.
Mais uma formidável tolice. O caso do algodão foi iniciado pelo governo Fernando Henrique Cardoso. O governo Lula herdou-o, inclusive a decisão final.
Se a Casa Branca quisesse vingar-se, o alvo teria sido FHC, até porque o ex-presidente chegou a equiparar o unilateralismo do governo Bush a terrorismo -um avanço verbal do qual Lula jamais chegou perto.
Como o presidente parece dar ouvidos a essas teorias ridículas e até concordar com elas, fica mais fácil de entender o seu pobre governo. Sua assessoria e ele próprio preferem fantasiar a encarar os fatos.’
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‘Da tolice a uma crise’, copyright Folha de S. Paulo, 13/05/04
‘Parece inesgotável a capacidade do governo Luiz Inácio Lula da Silva de criar uma crise onde havia apenas uma tolice. A bola da vez é o caso da reportagem sobre o suposto vício de beber do presidente da República e o cancelamento do visto do autor do texto.
O resumo da história foi feito à perfeição pelo deputado Fernando Gabeira (sem partido-RJ) ao dizer que ‘a reportagem é lamentável, mas a reação é muito mais lamentável’.
Poderia acrescentar que é também contraproducente. Ontem, sites informativos do mundo todo jogaram nas telinhas a especulação sobre o vício do presidente.
Não é que tenham levado a sério a reportagem de ‘The New York Times’, mas, como seu autor pode ser expulso (o que é notícia), é preciso explicar a razão da expulsão.
O site da TF1 francesa trata a história como ‘psicodrama no Brasil’. Bota psicodrama nisso. Primeiro, gente importante do governo viu no texto uma conspiração para minar a liderança de Lula no mundo.
Seria desnecessário. Só um megalomaníaco é capaz de pensar que os governantes da Índia e da China, para citar as estrelas emergentes do momento, acordam todos os dias preocupados em saber o que pensa Lula. Lula é que deveria acordar, ‘invocado’ ou não, preocupado em descobrir como fazem chineses e indianos para crescer uma barbaridade enquanto o Brasil vive a anemia conhecida.
Mas a oposição a Lula e mesmo alguns jornalistas entram no psicodrama com a sua própria dose de exageros ao ver no caso uma ameaça à liberdade de imprensa.
Duvido que algum jornalista sério se amedronte ou se sinta ameaçado. Ameaça existe quando há todo um ambiente restritivo e persecutório, coisa que o Brasil (não o governo Lula) eliminou desde o fim do regime militar, durante o qual, aliás, alguns dos críticos de hoje jamais abriram a boca para reclamar.
Mas, se não chega a ser ameaça, é, sim, reação desmedida, típica de um governo que não sabe o que fazer.’
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‘O futuro te condena?’, copyright Folha de S. Paulo, 14/05/04
‘O leitor Francisco Bueno joga para o futuro o desgraçado episódio Lula x ‘The New York Times’ ao escrever: ‘Temo que algum dia possa ocorrer algum acontecimento em que as pessoas digam: ‘Está vendo? Acho que aquele caso tinha um fundo de verdade…’.
‘Aí pode ser a desmoralização total’, completa ele.
De fato, qualquer acontecimento doravante pode servir para tentativas de desqualificação do presidente, como vítima do álcool. Digamos que o Congresso melhore o reajuste do salário mínimo e que Lula decida vetar o novo valor, tal como prometeu. Os prejudicados dirão: ‘Bebeu’.
É só um exemplo para mostrar o beco sem saída em que o governo se meteu ao dar caráter de grave questão de Estado ao que era uma bobagem, lamentável, mas bobagem.
Sempre se poderá dizer que quem começou tudo foi uma especulação jornalística irresponsável. É verdade, mas é preciso dar dimensão a essa verdade: a especulação caminhava para a relativa irrelevância, a ser eventualmente sacada do coldre pela oposição, quando o governo resolveu retirar o visto do jornalista, amplificando de maneira extraordinária o alcance do texto.
Uma providência cretina, de qualquer ângulo que se olhe. Um deles: textos semelhantes podem ser produzidos de Buenos Aires ou de Miami ou de qualquer outro lugar do mundo se não têm parentesco com a realidade. Expulsar do país todos os jornalistas, nacionais ou estrangeiros, não impediria a repetição do episódio portanto.
Quem foi que tomou uma decisão tão estapafúrdia? Se foi o presidente quem decidiu pela expulsão do jornalista, nada há a fazer. É irremovível até as eleições de 2006. Ele próprio e, com ele, o país pagarão o preço da desmoralização temida pelo leitor.
Se foi alguém do círculo íntimo de Lula, é rezar para que peça demissão, porque visivelmente não serve nem para passar pela calçada de um palácio de governo. Vale idêntico raciocínio para todos os que não se opuseram. Que horror.’
Igor Gielow
‘Desconstruindo Lula’, copyright Folha de S. Paulo, 14/05/04
‘A comédia de erros do caso Larry Rohter, ainda inconclusa, tem pelo menos um mérito. Colabora para a desconstrução do mito Lula.
O petista tem a aura de líder político mais popular da história recente do país, com trajetória que simboliza a vitalidade democrática brasileira. Dito isso, é argumentável que a exposição do presidente e sua equipe à prática de governar esteja minando essa imagem -ajudada, e muito, por anos na oposição, onde o escrutínio de mídia sempre foi mínimo.
Uma vez no poder, além do desgaste natural das atribuições de seu exercício, começaram a surgir tintas orwellianas no discurso e na prática de Lula e seu grupo de poder.
Vejamos a relação com a mídia, marcada pelas falas de Lula e de Luiz Gushiken sobre os males que o contraditório, a ‘má notícia’, traz ao país. No caso Rohter, leu-se ontem nesta Folha o porta-voz André Singer escrever que a liberdade de imprensa não está ameaçada porque o ‘NYT’ pode enviar algum outro jornalista. Só faltou dizer: ‘Desde que seja bem comportadinho, lógico’.
O caso todo não poderia ser mais exemplar. Ex-perseguidos políticos viraram inquisidores. Depois de ‘ponderar’, como de forma involuntariamente cômica disse Singer, Lula resolveu mandar o infiel à fogueira.
Pior. Como um Luís 14 tropical, o presidente disse que a decisão foi necessária porque a imagem do Brasil foi atacada. Não, não foi. O Estado não é Lula.
Tais idéias mostram um senso crescentemente autocrático no centro do poder, com as ‘certezas’ de Lula cada vez mais parecidas com receitas de livros de auto-ajuda, desconectadas da realidade. Ontem, dia em que o governo recebeu duras censuras internacionais, Lula proclamou: ‘O Brasil está cada vez mais respeitado em todo o mundo’.
Lógico que o ‘povo’ pode adorar, limitando a auto-análise desses desatinos pela certeza da aprovação de sua intuição. Uma pena. Desmontar o mito Lula poderia mostrar-se benéfico para Luiz Inácio, o presidente.’