Em nome da ‘liberdade de imprensa’ os donos da Escola Base, em São Paulo, tiveram sua moral, suas famílias, seu futuro estraçalhados por repórteres, editores, jornais, revistas, rádios, tvs etc. Vemos diariamente selvagens da informação cometendo barbaridades em termos de manipulação da opinião pública em benefício de seus próprios interesses e do poder econômico que os compra. Isso é liberdade? Esses mesmos ‘profissionais’ estão agora execrando o governo federal por ter tomado a salutar medida de não renovar o visto desse lamentável integrante da mídia internacional, da ‘livre imprensa’ em nosso próprio benefício.
Liberdade não é fazer o que nos dá na telha, não é fazer o que ditam nossos mesquinhos interesses. É fazer o que a ética e a moral estabelecem. Não sou partidário do PT nem de qualquer outro partido político. A minha opinião seria a mesma se o presidente fosse Fernando Henrique, Maluf ou Brizola.
Flavio Schneider Reis, engenheiro, Brasília
Exemplo de O Cruzeiro
Há muitos anos os americanos fizeram uma reportagem sobre as favelas mostrando pessoas em situações de miséria degradante. A revista O Cruzeiro fez o mesmo com os habitantes pobres de Nova York, e foi uma resposta à altura. As respostas devem ser mais sutis e mais contundentes.
David Allen
Impacto negativo
A posição do governo brasileiro foi correta. Notícias como essa acabam com a credibilidade do país e podem ter impactos econômicos negativos. Não faz muito tempo que as notícias de baixa credibilidade do possível governo Lula estavam associadas à queda de investimentos externos e baixas nas bolsas de valores.
Alexandre Nascimento, analista de sistemas, Rio de Janeiro
Chega de impunidade
Precisamos, urgente, abrir discussões para se criar um fórum em que a sociedade possa se defender das arbitrariedades da imprensa. Como não existe esse fórum, o governo brasileiro está corretíssimo em tirar o visto do jornalista do NYT. Chega de impunidade.
Marco Aurélio Capitão, jornalista, Campinas, SP
O lamaçal do Times
Voltaire diz: ‘Caluniai, caluniai, que sempre ficará alguma coisa’. Juntamente com o Ricardo Kotscho eu perguntaria aos demais jornalistas brasileiros: com nota ou sem nota, como tirar esses salpicos, como tirar o governo Lula desse lamaçal jogado irresponsavelmente pelo New York Times? Os dejetos do poder norte-americano, em medidas desrespeitosas aos direitos humanos e à dignidade das pessoas ou autoridades – em qualquer parte do mundo – refletem-se na sua imprensa. E, salvo outro juízo, é isso o que ocorre com o Times, em particular quando se baseia, para suas reportagens, em fontes suspeitas. Por que o Times não se preocupou em esclarecer os crimes de tortura praticados por militares americanos no Iraque? Se a expulsão foi um erro, sem dúvida refletiu um ato momentâneo de indignação.
Gervásio Paula, jornalista, Fortaleza