Vídeos têm se tornado uma parte significativa – e rentável – do conteúdo digital oferecido pelo Washington Post e outros sites de notícias, comenta, em sua coluna [4/2/12], o ombudsman Patrick B. Pexton. O Post não pretende se tornar uma emissora em tempo integral, mas já possui um local de produção de vídeo bem equipado adjacente à principal redação do jornal. Nas próximas semanas, o departamento de vídeo irá contratar mais videojornalistas e produtores.
Nos últimos dois anos, a audiência dos vídeos do Posttriplicou, e a receita dos anúncios que os acompanham cresceu significativamente. “O tráfego de vídeo está crescendo exponencialmente, assim como os anúncios”, afirma Andrew Pergam, diretor de vídeos do Post. Na semana passada, o site Huffington Post anunciou seus planos de contratar 100 videojornalistas e exibir 12 horas de vídeo ao vivo por semana. O Wall Street Journal já exibe quatro horas de vídeo ao vivo por dia, e o New York Times começou recentemente um noticiário diário de economia.
Investimento
Segundo Pergam e Dave Goldberg, diretor de estratégia de vídeos do Post, o jornal tem três objetivos com o investimento nesta área. O primeiro é melhorar o engajamento dos leitores com a plataforma digital. O segundo, aumentar a receita. E, por fim, vídeos, quando bem feitos, podem melhorar o jornalismo do Post e reforçar sua marca como um guia indispensável de Washington.
Jornais investem em vídeos online desde que a banda larga tornou-se robusta o suficiente. Primeiro, a visão era de que cada jornalista tinha que carregar uma câmera de vídeo e filmar as matérias que apurava. Isto acontecia ocasionalmente, mas fazer uma matéria completa em vídeo, em alta qualidade e boa o suficiente para o Post ou para um anunciante, requer mais habilidades e tempo de edição do que o inicialmente imaginado. Hoje, a ideia é que se tenha uma equipe relativamente pequena de jornalistas e produtores para fazer as matérias, para acrescentar à cobertura do Post.
Os vídeos devem ser curtos – em geral, menos de três minutos; o ideal, 90 segundos. Há ainda muita experimentação. Os objetivos deste ano, diz o ombudsman, são produzir mais vídeos para todas as plataformas digitais – celulares e tablets – e publicá-los em plataformas como YouTube e Facebook.