Tuesday, 26 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Carol Knoploch e Renata Gallo

‘O entusiasmo da Record em voltar a bancar a produção de novelas nacionais reacende o debate sobre todas as dificuldades de se fazer novela fora dos domínios da Globo. Nesse mesmo contexto, o SBT, que vem se mantendo na produção do gênero com base em textos mexicanos traduzidos para o português, consegue até bons 15 pontos de audiência com a atual Canavial de Paixões, mas, mesmo assim, cogita outra pausa: a vaga de Canavial poderá ser ocupada apenas por uma mexicana dublada. A Band só ensaia retorno aos textos nacionais, enquanto exibe tramas portuguesas da produtora NBP.

Diretor Artístico e de Operações da Record, Del Rangel afirma que o objetivo da emissora é engatar uma história na outra. Mas essa meta já foi discurso anunciado em outros tempos, pelo SBT, pela Band e até pela própria Record, que agora produz a novela Metamorphoses com a produtora Casablanca. ‘Agora que Metamorphoses está em plena produção, já estou pensando em outra novela.

É preciso criar o hábito no nosso telespectador.’

O vice-presidente da Band, Marcelo Parada, promete que depois de Olhos d’Água, no ar desde o janeiro, e Morangos com Açúcar, a partir de março, a Band apostará na área. ‘É a nossa intenção, mas sei que a caminhada é longa.

Até porque, ao apostar em dramaturgia, são necessários, no mínimo, uns cinco anos para engrenar. É natural que se erre neste processo e é preciso ter chances para acertar. Sei que, em um livro de 200 páginas, estamos no prefácio.’

Pode-se dizer que desde Irmãos Coragem (1970), de Janete Clair, a Globo é referência no assunto. Poucos folhetins ameaçaram a emissora nesses 34 anos.

A maior pedra no sapato da família Marinho já foi extinta e atendia por TV Manchete, a única que efetivamente bancou uma novela atrás da outra nesse período.

Nascida da falência da Tupi, em 1980, juntamente com a TVS (hoje SBT), foi a Manchete que mais vezes acertou nesse contexto. Começou com Marquesa de Santos, em 1984, incomodou a Globo com Dona Beija, em 1986, e roubou significativa fatia de público da Globo com Pantanal, em 1990 (ver matéria ao lado). Foi assim que a Manchete bateu fácil a Band e a Record, ambas bem mais antigas, e não abandonou o barco nem à beira da falência, quando teve de interromper Brida pela metade. Os invejosos diriam que esse investimento desenfreado em teledramaturgia contribuiu para a falência do canal, mas a verdade é que a Manchete foi ao chão por má administração do Grupo Bloch.

No pacote de exemplos bem-sucedidos fora do plim-plim também se destacam Os Imigrantes (1981), da Band, Éramos Seis (1994), do SBT, e Xica da Silva (1996), da Manchete.

‘A Globo tem uma longa tradição em teledramaturgia, vem formando profissionais de altíssimo gabarito há muitos anos. Temos uma qualidade de produção muito aprimorada e um casting de primeira’, constata Walcyr Carrasco, que é exceção à regra: autor de Chocolate com Pimenta, é o único que foi absorvido pela Globo após criar fama na concorrência – sem contar os veteranos que vieram da Tupi ou Excelsior, claro.

‘As outras emissoras freqüentemente começam um projeto e param, e, assim, não criam tradição na área. Cada vez que se começa um núcleo, tudo começa de novo. E são tantos os detalhes, como, por exemplo, o próprio acervo que facilita a direção de arte’, comenta Carrasco. Foi ele quem respondeu por Xica da Silva, o último grande sucesso da Manchete, inicialmente sob o pseudônimo de Adamo Angel – na época, o autor era contratado pelo SBT, mas não vinha sendo aproveitado pela emissora de Silvio Santos e topou o convite de Walter Avancini para escrever Xica. Na seqüência, bingo, o autor foi contratado pela Globo.

Furando o cerco – Se houve alguém que testemunhou vários episódios de ascensão e queda de núcleos de dramaturgia fora da Globo, esse alguém é Nilton Travesso. Foi ele quem levou Jayme Monjardim ao comando do setor na Manchete, na fase áurea da emissora; foi ele quem implantou e comandou o time responsável pelas melhores produções do SBT – Éramos Seis, As Pupilas do Senhor Reitor (1994), Sangue do Meu Sangue (1995), Razão de Viver (1996) e Ossos do Barão (1997) -; e fez o mesmo na Band, com Serras Azuis (1998) e Meu Pé de Laranja Lima (1998). Para ele, o sucesso de uma novela está calcado na escolha de um bom autor. ‘Não é o elenco que dá audiência, mas sim uma boa história’, explica.

No entanto, quando Travesso optou por fazer o remake de Éramos Seis, no SBT, teve muita dificuldade para conseguir bons atores. ‘A Irene Ravache foi uma das primeiras a aceitar e só depois que ela decidiu se arriscar é que ficou mais fácil e vieram os outros’, conta.

Para Carrasco, no entanto, o maior empecilho para se criar um núcleo de dramaturgia é o investimento e não a falta de autores na praça. Mas a Globo, que detém exclusividade sobre os melhores autores do ramo, bem sabe que eles são peças essenciais nesse processo. Tanto que, ao ser questionado sobre até quando está contratado pela Globo, Carrasco desconversa: ‘Por muitos anos ainda…’

Segundo o diretor-geral do Núcleo de teledramaturgia do SBT, David Grinberg, a falta de autores disponíveis no mercado fez com que a emissora fechasse acordo com a mexicana Televisa, de 2000 a 2008. ‘E, até lá, não podemos desrespeitar esse acordo, apesar de achar interessante trabalhar com autores brasileiros’, comenta Grinberg.

A cobiça por autores de novela já rendeu um episódio ímpar na história da TV. Em 1996, o SBT contratou Glória Perez, Walther Negrão e Benedito Ruy Barbosa. A Globo contra-atacou, aumentou a oferta aos três e os convenceu a voltar. Para tanto, bancou a briga jurídica e tenta driblar uma multa rescisória que ultrapassa os R$ 20 milhões. Hoje, a história ainda está sub judice.

Para Benedito Ruy Barbosa, o ‘pai’ de Pantanal, esta foi a grande jogada de mestre da emissora. ‘O sucesso de uma novela começa no papel e, quando a Globo segurou os autores, segurou também a matéria-prima. As emissoras podem ter o elenco que quiserem, mas não se faz novela sem um bom texto’, diz.

Antes porém de conhecer a estabilidade da maior emissora do País – ele tem contrato até 2007 -, Benedito se aventurou por outras casas. Ele é do tempo em que autor de novela recebia o salário por obra e que para ganhar dinheiro fazia trabalhos seguidos. Ele mesmo fez quatro novelas consecutivas.

Trabalhou na Band, na Manchete e, em relação ao caso de 1996, diz que estava realmente resolvido a ‘fazer novela para valer em São Paulo’. Fala que essa história foi uma sucessão de erros que prefere não comentar.

Para ele, a grande falha das emissoras é exatamente o que Grinberg vê como saída: optar por adaptações de textos enlatados, o que, na opinião de Benedito, nada tem a ver com o gosto nacional. ‘As novelas do Silvio Santos são uma mesmice, até os nomes são parecidos.’

Identidade – o vice-presidente da Band, Marcelo Parada, afirma que há espaço para outro pólo de dramaturgia no País. Na sua opinião, o investimento é o maior rival. ‘Nossa produção tem de ter custos compatíveis com a nossa realidade de ibope e, conseqüentemente, de investimento. A disputa com a Globo, que é a referência, é cruel. Se eu soubesse como bater o concorrente nessa área, seria o profissional mais bem pago da TV do planeta!’, brinca Parada, que coloca a dramaturgia, ao lado de telejornais e programas de entretenimento, como os pilares de sustentação de uma emissora.

A Band até que tentou investir na área e obteve com Os Imigrantes, nos anos 80, sua melhor performance. Na década passada, veio outra tentativa com Serras Azuis, mas a média de 3 pontos de audiência não animou a emissora.

‘Era um canal masculino, nenhuma mulher sabia que a Band estava fazendo novela’, justifica Travesso, diretor de Serras Azuis.

‘O que fazer quando só se tem um produto?’, questiona Travesso. Para ele, é praticamente impossível concorrer com a Globo, que tem mais de 30 anos de tradição.

Jayme Monjardim concorda. ‘Se mesmo a Globo, tendo os melhores autores, melhores diretores e melhores atores, pode errar, imagine quem não tem toda essa estrutura?’Para Monjardim, fazer uma novela com um grande autor e um grande diretor é um selo de tranqüilidade que só a Globo tem.

No que isso vai dar? – Del Rangel, que já trabalhou na Globo e nos núcleos de dramaturgia do SBT e da Band, vê na parceria com a produtora Casablanca a saída para se ter novela nacional com qualidade. ‘É uma produção independente, mas a Record tem poder de veto. Eu vejo todo o material duas vezes por semana, leio os textos, faço observações.’ E está animado: ‘Este ano promete. Já estamos pensando em uma outra trama.’ O investimento em Metamorphoses é de R$ 120 mil por capítulo.

O mais importante: o autor da história é José Louzeiro, que tem experiência no ramo.

Outro ponto fundamental: Metamorphoses deverá ir ao ar no horário do Jornal Nacional, um nicho alternativo que sempre foi explorado pelas TVs dispostas a tirar uma casquinha desse público noveleiro que faz a liderança da Globo.

Se vai dar certo ou não, ninguém pode garantir. Como diz Monjardim, nem a Globo tem a fórmula pronta para acertar. Mas saber o que pode dar errado já é um bom caminho. E, se vale a dica de alguém que entende sobre o assunto, Nilton Travesso tem autoridade para falar: ‘Que as tentativas venham, mas que fique claro que o mercado é dificílimo e o melhor é entrar nele com humildade.’’



Renata Gallo

‘‘Pantanal’levou o telespectador a paraíso pouco explorado’, copyright O Estado de S. Paulo, 15/02/04

‘Pantanal estava guardada na gaveta da Globo havia mais de sete anos quando o diretor Jayme Monjardim convidou Benedito Ruy Barbosa para abandonar sua carreira de mais de 20 anos na casa – junto com seu projeto, é claro – e se mudar para a Rede Manchete. ‘Sabia que o sonho do Benedito era o Pantanal e precisava de um grande autor’, lembra Monjardim, que em 1988 tinha acabado de assumir o departamento artístico da emissora da família Bloch.

Foi por causa da história de Juma Marruá que o telespectador brasileiro, até então acostumado a ver na tela imagens sóbrias das cidades grandes, pôde conhecer, sentado no sofá de sua casa, um paraíso pouco explorado. ‘Estreamos com um show de imagem e conseguimos trazer o público masculino para a frente da TV. Eles ficaram maravilhados com a paisagem, com o tuiuiú, o jacaré…’, diz Benedito ao tentar explicar o estrondoso sucesso. É bom lembrar, no entanto, que, quase na mesma proporção dos tuiuiús, jacarés e do resto da fauna pantaneira, havia em Pantanal muita sensualidade, com as intermináveis cenas de banho e romances às margens do Rio Paraguai.

A novela, que para entrar no ar esperava, a cada capítulo, o fim do capítulo de Rainha da Sucata – novela das 8 da Globo na época -, conseguiu incomodar a emissora dos Marinhos de tal forma que a Globo resolveu adiantar projetos de duas minisséries – A, E, I, O, Urca e Desejos – para tentar minar a audiência de Pantanal. Recentemente, quando exibiu um Globo Repórter em comemoração aos 40 anos de teledramaturgia, a Globo fez um raríssimo mea-culpa, citando Pantanal como um dos maiores sucessos nacionais. Não foi por menos, realmente. A protagonista Cristiana Oliveira virou uma Malu Mader da noite para o dia. De atriz estreante, a eterna Juma se transformou em celebridade nacional e símbolo de mulher brasileira.

A ousadia de Monjardim de procurar um cenário diferente e abrir o quadro para fora do estúdio fez também com que o passe de Benedito – e o seu próprio – se valorizasse. A intenção da dupla era mostrar, ainda na Manchete, as belezas do Estado baiano com Renascer, mas a Globo se adiantou e trouxe o autor de volta. Desta vez, não para o horário das 6, como ele estava acostumado, mas sim para o das 8.

Monjardim ainda persistiu na Manchete e seguiu com Ana Raio e Zé Trovão que, apesar de apresentar um público honesto, ficou marcada como o início da decadência da rede. Nada que o diretor não previsse. Em entrevista dada à Revista Veja em 1990, no auge de Pantanal, Monjardim disse que temia sua sucessora: ‘Nosso grande pavor é o que virá depois. Não podemos nos dar ao luxo de errar’, declarou.

Para ele, esse drama continua até hoje fora da Globo. ‘Na Globo, à medida que um autor acaba uma novela ele pensa na outra. Eu não tiro a possibilidade isolada de haver um grande sucesso fora dela, mas quando pensamos em continuidade temos de admitir que não há um time melhor do que o da Globo’, diz.’



PERFIL / CLÁUDIA RODRIGUES
Leila Reis

‘‘Acho meu humor quase negro’’, copyright O Estado de S. Paulo, 14/02/04

‘No fim do ano, a Globo fez uma espécie de concurso testando novos programas. A Diarista, protagonizado por Cláudia Rodrigues e escrito por Glória Perez, teve o maior ibope e por isso ganhou lugar fixo na grade da emissora de abril a agosto. Claudia, que repetia ‘sou pobre, mas sou limpinha’ no Sai de Baixo e comunica que vai ‘beijar muuuuito’ no Zorra Total, diz nesta entrevista que a maior magia do mundo é o riso.

Estado – Você já interpretou empregada doméstica no ‘Sai de Baixo’, ‘Escolinha do Professor Raimundo’ e agora protagoniza ‘A Diarista’. De onde surgiu essa predileção pelas domésticas?

Cláudia Rodrigues – Não escolhi fazer domésticas. Elas são alguns de meus personagens. Observo o comportamento das pessoas o tempo todo. Não vejo diferença entre a garota da zona sul e a doméstica. Não converso com empregada para me inspirar, nem com a da minha própria casa. A doméstica é um tipo, fruto da minha observação. Quando eu trabalhava com Educação Física ainda, adorava ir de trem para observar os tipos. Pegava qualquer ônibus e ia até o ponto final. Minha curiosidade pela vida é absurda.

Estado – Como você classifica o tipo de humor que faz?

Cláudia – Acho meu humor meio perverso, meio masculino, quase negro. Tenho um personagem no teatro que apanha do marido e desconta nas crianças. Mas humor não tem muita classificação. A maior magia do mundo é o riso. Eu fazia a Ofélia no Zorra Total, que é um humor mais tradicional e hoje faço um tipo mais atual, a Talia. Trabalhar no Zorra é uma felicidade, tenho uma aula a cada minuto. Chico Anysio e Lúcio Mauro são mestres.

Estado – Quem criou a expressão ‘vou beijar muuiiiito’ da Talia que hoje está na boca das adolescentes brasileiras?

Cláudia – Fui eu. Por causa de uma festa à fantasia, fui remexer alguns objetos e achei uma dentadura de borracha que meu pai trouxe dos EUA. Botei na boca e quando olhei no espelho falei: ‘vou beijar muuuuuito esta noite’.

Na volta da festa, sentei ao computador e criei a Talia. Às vezes, o bordão nasce antes do personagem.

Estado – O que você acha mais engraçado na sua profissão?

Cláudia – É divertido criar personagens, especialmente quando eles são encomendados.

Estado – Quais são os que mais funcionam?

Cláudia – Candoca, uma paulistona que odeia o mato (no Sítio do Picapau Amarelo), Sirene, Talia. No teatro faço uma criança metida a mocinha e uma mãe de ator-mirim. É crítica, sim, pois sou contra uma criança trabalhar 12 horas dentro de um estúdio.

Estado – Você nunca foi chamada para fazer novela?

Cláudia – Fiz uma participação em Kubanacan e quem não fez? Participei do Brava Gente, Você Decide, Mulher. Comecei na Globo na novelinha Caça Talentos, dentro do programa da Angélica em 1996.

Estado – Teatro, cinema ou TV?

Cláudia – Adoro cinema, fiz dois longa-metragens da Xuxa. Teatro é uma arte viva. Fiz umas 15 peças, fiquei um ano em São Paulo com Monólogos da Vagina.

Atualmente estou em cartaz no Rio com Esse Alguém Maravilhoso que Eu Amei, com o Marcelo Serrado.

Estado – Quem gosta mais do seu tipo de humor: carioca ou paulista?

Cláudia – São públicos diferentes. Os paulistas são mais difíceis de dobrar porque são mais inteligentes. É brincadeira! Pelo amor de Deus não escreva isso porque os cariocas me matam. O carioca é mais escrachado, ri mais facilmente. Mas não posso me queixar, sou muito bem recebida em São Paulo.

Estado – Quem você gostaria de ser quando crescer?

Cláudia – Não vou crescer nunca, só para os lados.’



CARTOON NETWORK
Keila Jimenez

‘Cartoon quer produzir novela e talk show para o Brasil’, copyright O Estado de S. Paulo, 16/02/04

‘Uma novelinha misturando personagens de animação e personalidades brasileiras, e a volta do talk show do personagem Space Ghost: esses são alguns dos planos do canal pago Cartoon Network para fortalecer a sua audiência no Brasil.

O canal, que é líder de audiência em TV paga no País, planeja para 2004 produzir atrações voltadas para o público brasileiro. Entre elas está uma novelinha que misturaria desenhos animados com gente famosa no Brasil, ou covers de personalidades.

‘A idéia é cada vez mais investir em produções que criem identificação com o público de cada país onde o Cartoon está. Como o Brasil é uma praça muito importante, temos muitos planos para o País’, diz o vice-presidente de Criação do Cartoon na América Latina, Fernando Semenzato. ‘Podemos usar personagens de nossos desenhos animados junto de personalidades brasileiras, como o Pelé por exemplo. Seria divertido também colocar sósias dessas pessoas.’

Zico e Pelé – Além do projeto da novelinha, que ainda está em fase de análise operacional, o canal também pensa em trazer de volta para a programação brasileira o talk show do super-herói Space Ghost.

Nele, o atrapalhado combatente espacial entrevistaria esportistas, artistas e pessoas de expressão no Brasil. Bem, chamar de entrevista o que Space Ghost faz é um grande elogio, pois ele é justamente conhecido por não saber nada de seus entrevistados, que tentam, sem sucesso, responder às suas perguntas sem sentido.

O Cartoon já levou o programa ao ar em 2001 e 2002, quando o herói do espaço entrevistou Pelé e Zico. Com Pelé, Space tinha certeza de que se tratava do protagonista do filme Missão Impossível. O herói também comandou um debate eleitoral fictício entre personagens do Cartoon na época da eleição presidencial no Brasil, em 2002, e já teve também um show de calouros em que imitava Silvio Santos.

‘Não há só a identificação do público infantil, o público adulto também gosta de ver esse tipo de ação no Cartoon’, diz Semenzato.’




TV RECORD
Daniel Castro

‘Pela Europa, Record abre filial em Lisboa’, copyright Folha de S. Paulo, 17/02/04

‘A Record está instalando em Lisboa uma ‘empresa estrangeira’ para a ‘exploração de atividades de televisão por cabo, assinatura, DTH [TV paga via satélite], MMDS [TV paga via microondas] ou outros meios de distribuição de sinal, aberta ou codificada, em Portugal ou no estrangeiro’.


Essas informações constam em ata de assembléia geral ocorrida em 3 de outubro passado e registrada na Junta Comercial de SP.


Segundo a ata, a empresa se chamará Rede Record de Televisão – Europa Ltda. e terá um capital social de 10 mil euros (cerca de R$ 37 mil). A Rádio e Televisão Record S.A., razão social da empresa do bispo Edir Macedo, terá 99,98% das cotas da sociedade.


A assessoria de imprensa da Record confirma a instalação da empresa, que é a primeira filial da emissora no exterior. Afirma que as principais atribuições da Record Europa será o de alavancar a distribuição e as vendas de assinaturas e de publicidade do canal internacional da emissora no mercado europeu.


Na Europa, a Record Internacional está hoje apenas em Portugal, Reino Unido e Espanha. Seus principais mercados, no mundo, no entanto, são Estados Unidos, Canadá, Japão e países africanos de língua portuguesa.


A Record não divulga o total de assinantes de seu canal pago internacional, que disputa brasileiros residentes no exterior com o canal da Globo.


OUTRO CANAL


Dança 1


Depois de seis meses de negociações, Marcelo Rezende e Record finalizaram ontem de manhã os termos de um contrato com validade até 2006. A Record irá pagar a multa de rescisão de Rezende com a Rede TV!, onde ele apresentava o ‘Repórter Cidadão’. O jornalista irá apresentar o ‘Cidade Alerta’.


Dança 2


A contratação poderá respingar na Globo. Já assediado pela Record, o repórter César Tralli está agora nos planos da Rede TV!


Musical 1


A Globo vai mudar substancialmente o formato do ‘reality show’ ‘Fama’, que deve entrar no ar em junho. O programa não terá confinamento em uma ‘academia’, para reduzir custos, e lançará apenas dois CDs, no final _uma compilação e um do vencedor, que, ao contrário das edições anteriores, deverá gravar músicas inéditas (e não apenas ‘covers’).


Musical 2


Outra mudança importante, em estudos, é apresentar o show semanal às terças, após a novela das oito, ao vivo. No sábado à tarde, diferentemente dos outros ‘Fama’, entraria um compacto dos ‘melhores momentos’ da semana.


Coro


O programa de Hebe Camargo terá uma orquestra no dia 8 de março, quando ela faz aniversário. No dia 22, para comemorar seus 18 anos de SBT, o programa será na Sala São Paulo.’