A BBC admitiu que uma reportagem sobre o atentado em que um suicida do grupo Jihad Islâmica detonou uma bomba diante de uma boate em Telavive, no dia 25/2/05, matando quatro israelenses, foi parcial e injusta com as vítimas. A matéria, exibida no canal BBC1 dois dias depois do atentado, começava com imagens da família do terrorista chorando sua morte, mas não mostrou nenhum familiar dos israelenses que morreram na ação. Por isso, dezenas de telespectadores escreveram ao canal reclamando. ‘Os editores do programa e eu concordamos que não foi apropriado começar a reportagem com imagens do lamento da família do palestino’, disse o presidente do telejornalismo da BBC, Roger Mosey, notando, contudo, que as conseqüências políticas do ataque foram noticiadas em outros programas da emissora, de forma imparcial.
O grupo pró-Israel de monitoramento de mídia HonestReporting [1/3/05] acusa a mídia internacional de omitir que o terrorismo ainda conta com apoio popular na Palestina. A organização argumenta que nas matérias relativas à explosão em Telavive, veículos como a AP e o Financial Times publicaram matérias destacando que, diferentemente de vezes anteriores, muitos palestinos condenavam o ataque porque poderia prejudicar o processo de paz com Israel. No entanto, quase ninguém mencionou a manifestação ocorrida no dia 28/2/05 em Hebron, em apoio à Jihad Islâmica, em que os líderes do grupo gritavam frases contra a reconciliação de israelenses e palestinos.