O jornalão americano The New York Times parece que está acordando do seu sono, em berço esplêndido, em relação à invasão do Iraque e a sua ocupação militar pelos Estados Unidos. Não que esteja sendo um despertar completo, tranqüilo. Há ainda uma certa sonolência, absurda para um veículo de imprensa tão arrogante e que se acha um exemplo de comportamento a ser seguido mundo afora. Uma coisa meio narcisística, de se olhar no espelho e admirar-se com a imagem refletida, ignorando o que está acontecendo ao redor. A bem da verdade, ultimamente, talvez até fazendo eco à opinião pública norte-americana, que começa a querer o fim da ocupação militar no Iraque, o NYT tem divulgado um maior número de informações sobre o que anda acontecendo no país árabe.
A ousadia dos combatentes rebeldes contra as forças de ocupação; o aumento do número de vítimas fatais entre soldados americanos, ingleses e a população civil em função dos combates e das explosões; os constantes atentados a bomba, inclusive contra instalações petroleiras no país, prejudicando ainda mais a produção e a exportação do petróleo iraquiano; as constantes denúncias de tortura de presos por parte das forças armadas americanas e inglesas; a corrupção nas esferas políticas do novo governo-títere do Iraque; os atritos históricos entre sunitas, xiitas e curdos que se potencializaram a partir da queda de Saddam Hussein; a incompetência administrativa, política e militar dos EUA na ‘reconstrução’ do Iraque; a cada vez mais clara impossibilidade de uma vitória militar americana no país árabe ocupado – tudo começa a inquietar a população americana que, até então, apoiara quase que incondicionalmente a invasão e a ocupação.
Na realidade, a maioria destas informações já era de conhecimento público há tempos em grande parte do mundo. Mas, nos EUA, em função da manipulação, das mentiras e da censura que o governo impôs – e que a maioria da mídia do país acatou – só recentemente é que o público norte-americano começou a ter acesso a informações mais confiáveis. Foi por esse papel covarde da imprensa americana, divulgando mentiras e criando outras, que o povo dos EUA, enrolado na bandeira e clamando por vingança pelo 11 de setembro, sustentou e aprovou a administração Bush, garantindo a reeleição do candidato republicano.
Hora de partir
A mídia norte-americana atuou mais como uma agência de propaganda do que como imprensa livre, responsável, ética e democrática. Por isso a credibilidade dos veículos de mídia do país é tão baixa hoje em dia. Tentando sair deste atoleiro em que se meteram, alguns jornais, como o NYT, procuram agora dar mais informações jornalísticas, questionando, desta vez, muitas das informações divulgadas pelas forças armadas e pelo governo federal. Começam a fazer algum trabalho de jornalismo, investigando e aprofundando pautas, procurando desvendar mais os fatos, questionando os press-releases das autoridades. Louvável, mas ainda insuficiente.
Recentemente, dois articulistas do NYT, Paul Krugman e David Brooks, escreveram textos discutindo se deve haver ou não a retirada das tropas americanas do Iraque (Folha de S.Paulo, caderno ‘Mundo’, 23/11). Krugman, no artigo ‘É hora de partir’, defende a tese da retirada. Brooks, por sua vez, reforça a posição da Casa Branca no país árabe, no texto ‘A importância de ficar’. Vamos aos textos…
Krugman escreveu o seguinte:
(…) Não faz muito tempo, algumas cabeças sábias ofereceram conselhos àqueles entre nós que, desde 2003, vínhamos argumentando que a idéia da Guerra do Iraque nos foi ‘vendida’ com base em pretextos falsos. Desistam, disseram. Segundo eles, a eleição de 2004 mostrou que jamais conseguiremos convencer a população. Eles sugeriram que paremos de falar do passado e centremos as atenções no que fazer agora. A realidade deixou claro que estavam enganados. A maioria dos americanos crê que tenhamos sido levados a concordar com a guerra com base em dados falsos. E é só agora, quando o público se deu conta disso, que o debate sobre onde estamos e aonde vamos pode receber a atenção devida… A guerra também está acabando com a autoridade moral dos EUA.
Quando Bush fala em direitos humanos, o mundo pensa em Abu Ghraib. [O deputado democrata Jack] Murtha mencionou o óbvio: que as torturas em Abu Ghraib ajudaram a mover a insurgência. Quando Washington fala em difundir a liberdade, o mundo pensa na realidade de que boa parte do Iraque é hoje governada por teocratas e suas milícias… Em lugar disso, os defensores de nossa política atual vêm sendo obrigados a apresentar um argumento substantivo: não podemos deixar o Iraque porque uma guerra civil vai começar quando partirmos. Sentimos a tentação de dizer que eles deveriam ter pensado nisso quando nos encorajaram a começar a guerra.
Mas a verdadeira pergunta é a seguinte: exatamente quando seria uma boa hora para nos retirarmos do Iraque? O fato é que não vamos permanecer no Iraque até alcançarmos a vitória, seja o que for que isso significa. Vamos permanecer no máximo até o momento em que nossas forças não agüentarem mais. Bush nunca pediu ao país os sacrifícios que poderiam ter tornado possível um compromisso de longo prazo no Iraque, tais como aumento dos impostos e do contingente militar e, possivelmente, a volta do alistamento militar obrigatório. Em lugar disso, a guerra vem sendo travada com tempo e dinheiro emprestados. E o tempo está se esgotando. Com algumas unidades militares já fazendo seu terceiro turno de serviço no Iraque, o excelente Exército de voluntários que Bush herdou corre um risco crescente de sofrer uma queda de moral e de qualidade semelhante ao que aconteceu no início dos anos 70.
A questão não é se as coisas vão ficar feias depois de as forças americanas deixarem o Iraque. A questão é se faz sentido conservar a guerra por mais um ano ou dois, que é todo o tempo do qual dispomos, falando em termos realistas. Os pessimistas acham que, quando nos retirarmos, o Iraque vai mergulhar no caos. Se for verdade, será melhor partirmos mais cedo. Como disse um oficial citado por James Fallows na Atlantic Monthly, ‘podemos perder no Iraque e destruir nosso Exército ou podemos apenas perder’. E há bons argumentos a favor da tese de que nossa retirada poderia melhorar a situação. Como observou Murtha, a insurgência deriva boa parte de seu apoio da idéia de que ela está fazendo resistência a uma força de ocupação estrangeira. A única justificativa para nossa presença no Iraque é dizer que tensionar o Exército até seu ponto de ruptura vai comprar tempo para que algo bom aconteça. Acho que essa hipótese não se sustenta. Logo, Jack Murtha tem razão: é hora de partirmos.
Brooks argumenta que
(…) Entretanto, quando [Jack] Murtha pede a retirada, ele não tem razão na maior parte do que diz. Isso porque, embora a presença americana seja de fato catalisadora de violência, ela não é o principal catalisador. A principal fonte de violência é a guerra sectária entre sunitas e xiitas e o fato de os sunitas não aceitarem a possibilidade de os xiitas, a quem vêem como quase subumanos, serem autorizados a mandar em si mesmos. E o que também move a violência no Iraque é o fato de os xiitas terem reagido à supremacia sunita virando ultrachauvinistas.
No vácuo de segurança provocado pela ocupação mal conduzida, as tensões étnicas viraram uma guerra civil de baixa intensidade. Se os EUA retirarem suas forças, isso não eliminará o fator irritante que atormenta a sociedade iraquiana. Em lugar disso, eliminará a única fonte de autoridade que impede o país de implodir. Se os EUA saírem, o Iraque mergulhará numa guerra civil total. O Irã entrará na guerra do lado dos xiitas. A Síria, a Arábia Saudita e outros se sentirão tentados a entrar do lado dos sunitas. A Turquia se sentirá tentada a entrar para cuidar do problema dos curdos. Podemos acabar numa ‘Guerra Mundial’ em versão para o Oriente Médio.
Há outro nível no qual Murtha tem razão em parte. É verdade que alguns setores das Forças Armadas concluíram que a Guerra do Iraque não pode ser vencida. Mas, aí também, Murtha não tem razão na maior parte do que diz. Como sugere pesquisa conduzida pelo Centro Pew, a maioria dos jornalistas e acadêmicos acredita que a guerra não possa ser vencida, mas 64% dos oficiais acham que os EUA possam prevalecer. Os índices de realistamento de militares são altos porque a maioria dos soldados acredita que possa criar um Iraque melhor. Quando falamos com especialistas sérios, constatamos que a maioria acha que as chances de vitória na guerra sejam de ao menos 50%. Todos com quem falei sobre as possíveis conseqüências de retirarmos nossas tropas agora acreditam que valha a pena, portanto, levar a luta adiante. Ademais, quase todos os especialistas acreditam que os EUA estejam começando a trabalhar com eficiência.
Zalmay Khalilzad, o melhor representante que os EUA já tiveram no Iraque, criou um processo político semifuncional. Condoleezza Rice vem exercendo controle e formulou uma estratégia antiinsurgência mais enérgica e abrangente do que qualquer coisa já vista. O mais importante é que o treinamento dos soldados iraquianos vai indo bem. Investigadores bem informados como o general da reserva Jack Keane relatam que eles estão se tornando combatentes eficazes e que sua moral é alta. Por que Murtha quer desistir justamente agora, quando pode tornar-se possível auferir os benefícios das conquistas tardias? (grifo meu) Por que ele quer desistir logo antes de uma eleição, quando sunitas e xiitas podem começar a formar as instituições nacionais que se fazem necessárias para reaproximar as duas comunidades?
Sua política é incompreensível, e é incompreensível que tantos democratas estejam aderindo à idéia da retirada acelerada. Existe uma área, entretanto, na qual me solidarizo com Murtha: sua frustração. Em 23 de fevereiro de 1942, Franklin Roosevelt pediu aos americanos que abrissem mapas e, então, descreveu o que estava acontecendo na Segunda Guerra, onde os EUA estavam vencendo e onde estavam perdendo. Por que o presidente de hoje não pode fazer o mesmo? Já que o presidente não deu informações dignas de crédito, não surpreende que os republicanos venham medindo o êxito pela rapidez com que conseguirmos sair do Iraque; não surpreende que muitos democratas estejam fazendo da guerra uma ferramenta com a qual golpear o presidente.
Escamotear ou fingir
A argumentação dos dois tem fortes semelhanças. A preocupação maior dos dois textos é com o que está acontecendo com as forças armadas do país na ocupação, com a mortandade dos soldados, o que poderá acontecer com a permanência em território iraquiano ou se é preferível que se retirem, assim preservando-se um pouco mais soldados e equipamentos. O que move a posição de retirada dos soldados é a preocupação com o desgaste que as forças armadas estão tendo (aumento do número de mortes entre soldados; impossibilidade de uma vitória militar frente ao tipo de combate existente, guerrilhas, atentados etc.) e com o desgaste político da imagem dos EUA no mundo (tortura, destruição de cidades, civis mortos por soldados americanos).
Não há nos dois textos e, também, na maioria da mídia americana, nenhuma informação ou discussão sobre os reais motivos que levaram a mais poderosa nação do mundo a invadir um pobre e miserável país árabe. Afinal, por que cargas d’água americanos e ingleses invadiram o Iraque? Essa simples pergunta não é respondida pela mídia dos EUA por uma simples razão. Ela omitiu e mentiu sobre os motivos dessa empreitada militar. Não aceitou e nem divulgou a argumentação da guerra por petróleo, que cada vez mais se confirma; pela dominação e controle do Oriente Médio e do Cáucaso, região também com enorme potencial de petróleo e gás; e a sustentação política, econômica e militar do Estado de Israel pelos EUA, que até então era a única força militar em ação contra palestinos e árabes na região.
Convém lembrar que Saddam estava se transformando num perigo para americanos e israelenses ao se apresentar como forte liderança árabe contra Israel, além de controlar cada vez mais a produção e exportação do petróleo produzido no Iraque. E o pior de tudo é que a mídia dos EUA continua não respondendo a esta questão, até porque a pergunta continua não sendo apresentada. A preocupação ainda é a de escamotear ou fingir que ela não existe, que tudo não passa de uma criação dos inimigos dos EUA. Haja inimigos…
Mais realista
Agora, já é um avanço quando a mídia norte-americana divulga que não existem e que nunca existiram as tais armas de destruição em massa (ADM) que tanto medo causavam a americanos e ingleses. Bush e Blair juravam, de pés juntos, que o Iraque estava se preparando para invadir a Inglaterra com as ADM e que Saddam era aliado de bin Laden. Foi outra informação falsa que também acabou desmentida pela imprensa dos EUA e da Inglaterra. Levou algum tempo para tudo isso, uns dois anos, mas acabaram se rendendo às evidências, coisa que o resto do mundo já sabia e havia divulgado desde o início da invasão.
De concreto, a imprensa dos EUA continua despolitizando qualquer discussão sobre a invasão e ocupação no Iraque. E nem pode ser diferente, visto ter sido ela o principal suporte de toda paranóia que invadiu os EUA depois de 11 de setembro. A mídia encampou toda a retórica da vingança contra os terroristas e de uma ação militar rápida de resposta contra o terrorismo, não importa onde eles estivessem ou se realmente existissem. Invadiram o Afeganistão, um país quase na idade da pedra depois de anos e anos de guerra contra a União Soviética, a procura de bin Laden, al-Qaeda etc. Até agora os soldados americanos estão lá e nada encontraram. Logo depois, após ampla e profunda campanha de mentiras, totalmente apoiada pela imprensa norte-americana, invadiram o Iraque e rapidamente destruíram o país, não deixando pedra sobre pedra, tudo em nome das liberdades democráticas e para instalar em solo iraquiano um governo eleito pelo povo. Autodeterminação dos povos, que expressão é esta? Quando os interesses dos EUA estão em jogo, quase tudo é permitido.
Voltando aos dois textos, Brooks parece ser mais realista ao questionar por que ‘desistir justamente agora, quando pode tornar-se possível auferir os benefícios das conquistas tardias?’ Essa é a grande questão de que toda a imprensa americana foge que nem o diabo da cruz. Apesar da ocupação, americanos e ingleses não estão conseguindo os tais benefícios das conquistas tardias.
Rapinagem em andamento
Independentemente de qualquer atrito entre sunitas e xiitas – diga-se de passagem, que essas diferenças étnicas são históricas e sempre existiram na região, agravadas em função da divisão política que houve no Iraque quando ingleses ocuparam o país depois da primeira guerra. Essas disputas sangrentas só foram ‘controladas’ por governos autoritários e despóticos como o de Saddam Hussein – o movimento militar contra a ocupação anglo-americana continua forte, causando estragos violentos na economia do país, totalmente controlada pelos ocupantes, apesar do governo-fantoche. Ainda não foi possível conseguir os tais benefícios e Krugman, pelo jeito, sabe muito bem que jamais conseguirão desta forma, não pela ‘mão militar’.
Também na Folha de S. Paulo, mas do dia 24, no caderno ‘Mundo’, a matéria ‘Partilha do petróleo iraquiano está em curso, afirma relatório’, do repórter Philip Thornton, do jornal britânico The Independent, mostra a rapinagem em andamento no Iraque ocupado.
O Iraque enfrenta a perspectiva sombria de perder até US$ 200 bilhões de sua riqueza se entrar em vigor no próximo ano um plano de inspiração americana para entregar o desenvolvimento de suas reservas petrolíferas a multinacionais americanas e britânicas. Um relatório redigido por grupos de pressão dos EUA e do Reino Unido avisa que, se o Iraque autorizar empresas estrangeiras a participar de suas imensas reservas energéticas, o país cairá numa ‘velha armadilha colonial’. O relatório certamente vai reativar os temores de que o verdadeiro objetivo da guerra de 2003 no Iraque fosse garantir o controle ocidental sobre o petróleo iraquiano… De acordo com o relatório redigido por grupos que incluem o War on Want (guerra à carência) e a Fundação Nova Economia, a nova Constituição iraquiana abriu o caminho para a entrada de investimentos estrangeiros maiores. Ainda segundo o relatório, já estão em curso negociações com empresas petrolíferas. Os grupos disseram ter reunido informações detalhadas sobre pressão exercida pelos governos dos EUA e do Reino Unido sobre o Iraque para que o país busque empresas estrangeiras para reconstruir sua indústria petrolífera. Segundo o relatório, divulgado na segunda-feira, o uso de acordos de partilha de produção foi proposto pelo Departamento de Estado norte-americano antes da invasão e adotado pela Autoridade Provisória da Coalizão.
Fantasia e ideologia
Contra fatos não há argumentos, reza a cartilha do bom senso, cartilha esta, pelo jeito, desconhecida da mídia dos EUA. Mesmo assim, nos dois textos é possível uma outra interpretação, em especial no de Brooks. Não se discute mais a invasão, ela já é um dado, concreto, quase como que um ‘direito manifesto’ dos EUA em estar no Iraque. Não há a menor preocupação com a questão da invasão em si e muito menos com o que a motivou. Não se mostra, também, a destruição do país, da infra-estrutura básica – água, saneamento, energia elétrica, transportes, saúde, educação. Quando é mencionado, é como se tudo isso fosse da responsabilidade dos iraquianos, do governo-títere recém-eleito ou mesmo da população atingida. Americanos e ingleses não se responsabilizam por nada do que fizeram e continuam a fazer.
Tudo o que acontece é por causa dos ‘terroristas’, das bombas, dos atentados. Não existem combatentes no Iraque. Só terroristas da al-Qaeda. E a mídia americana continua não considerando a resistência armada como algo real e legítimo. Para ela, fazendo coro a militares e autoridades federais, tudo não passa de movimentos esparsos de alguns descontentes com a presença militar americana, de insurgentes estrangeiros infiltrados no país – os milhares de soldados americanos, ingleses, poloneses, japoneses, australianos, coreanos, portugueses são o quê? Iraquianos da ‘gema’, por acaso?
Ainda há manipulação das informações, mentiras sobre a ocupação, como se fosse possível encobrir o que acontece por lá. Há uma nova série americana de tevê, apresentada pelo canal a cabo Telecine Premium, da Net, chamada Over there, que mostra a vida de um grupo de soldados da infantaria americana no Iraque. No segundo episódio, num posto de controle numa estrada, um novo recruta se apresenta ao sargento. É um soldado americano de origem árabe e imediatamente um soldado negro começa a questionar de onde veio o novato. Ele responde que é de Detroit e isso encerra a discussão. Num papo rápido com outro soldado, de óculos e de aparência mais ‘intelectual’, o novato pergunta o motivo de ele ter se alistado no exército. ‘Por causa do 11 de setembro’, responde o de óculos. ‘Eu também’, fala o árabe-americano. Na tevê, a farsa continua, a mentira ainda é tratada como verdade. É compreensível, afinal a televisão existe para criar fantasias, reforçar ideologias, fazer propaganda. Exatamente o que a mídia dos EUA tem feito até agora.
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Jornalista