Monday, 23 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

Alberto Dines

‘Os 20 anos da redemocratização não poderiam ser lembrados de maneira pior: os vilões de passado passaram a perna na historia e posaram de heróis, a Câmara Federal está literalmente avacalhada, os partidos, a começar pelo partido do presidente, esfacelados, a situação e a oposição igualmente baratinados, o Executivo tetraplégico e, o pouco que dele sobrou, só pensa na reeleição.

O bom das efemérides é a sua carga de energia positiva, seu potencial de esperança, sua capacidade de juntar passado e presente e empurrá-los para o futuro. Esta rememoração do fim do regime militar, no entanto, careceu de animação, dominada pelo ceticismo. Incômoda.

Só agora, duas décadas depois, somos capazes de perceber a perversa trama dos fados que nos privou de Tancredo Neves no dia em que tomaria posse como primeiro presidente civil e em seu lugar colocou José Sarney, o lacaio daqueles que estavam saindo pela porta dos fundos.

Com o mesmo Sarney servindo de eminência parda de um governo que é a sua antítese e antípoda consegue-se ao poucos formar um juízo não apenas do que aconteceu nos 38 dias que transcorreram entre a internação de Tancredo Neves num hospital em Brasília e a sua morte em S.Paulo mas entender as grandes linhas que comandam o nosso destino.

Somos fáceis de entender: a Tragédia Brasileira não acontece, paroxismo e desfecho sempre adiados, esvaziados. O próximo capítulo jamais se materializa. A Comédia Brasileira, esta sim é concreta, visível, dominante. Perfeitos dribladores, escapamos das purgações e catarses graças a uma piada providencial. Inventamos a charge e o cartum muito antes de Daumier.

Severino Cavalcanti é a caricatura de nós mesmos, da democracia que construímos em cima dos escombros da ditadura ainda não removidos. Um deles é o ‘Pacote e Abril’ (1977) imposto pelo governo Geisel (quando Sarney era vice-líder da Arena no Senado) e que dá ao eleitor do Nordeste mais representatividade do que o de qualquer região brasileira.

O troca-troca na equipe ministerial é um escárnio, agressão ao bom-senso, ao bom-gosto, aos bons modos e, sobretudo, ao bem-estar dos brasileiros que não merecem participar do circo de ambições e da sucessão de enxovalhamentos aos quais está sendo submetido há meio ano.

Dona Roseana Sarney que jamais conseguiu ir além da tabuada foi cogitada para o ministério do Planejamento, o deputado Ciro Nogueira Lima Filho é um dos preferidos para a pasta da Comunicações mas ninguém se dá conta da flagrante ilegalidade: sua família detém a concessão de duas rádios no Piauí.

As marotagens quase diárias patrocinadas pelo presidente da Câmara estão sendo malandramente exploradas pelo governo para acobertar as suas próprias. Uma delas é a Medida Provisória 237 redigida inocentemente pelo ministério da Fazenda com incentivos à exportação e onde foram infiltrados alguns dispositivos rigorosamente extemporâneos mas capazes livrar a ex-prefeita Marta Suplicy de comparecer aos tribunais por infringir a Lei de Responsabilidade Fiscal.

O vale-tudo não preocupa o núcleo que comanda o país desde que o desgaste fique restrito aos partidos aliados (por vocação imunes às preocupações morais) e, se possível, contamine a oposição (no momento em maus lençóis em S.Paulo e Rio de Janeiro). O importante é preservar meia dúzia de ministérios responsáveis pelos bons resultados nestes dois anos de governo e, principalmente, a imagem do presidente Lula. As pesquisas indicam que neste momento é imbatível mas corre o risco de receber em 2006 uma ‘herança maldita’ muito pior do que a que alega ter recebido do antecessor.

O desalento que sobrou da festa dos 20 anos da redemocratização estendeu-se à festa dos 25 anos de fundação do PT. O partido está tão fragmentado que mal conseguiu escolher uma cidade para sediar o grande forró político em homenagem ao quarto-de-século de sua existência. Forçada a descartar S.Paulo e Belo Horizonte, a direção do partido escolheu o Recife mas sem a presença da sua figura mais ilustre, o presidente da República, receoso das vaias com que o PT local poderia saudá-lo por conta da quase certa defenestração do ministro Humberto Costa.

Festas servem para desopilar mas têm hora para acabar. Convém não esticá-las. Pior do que comemorações mambembes é a melancolia que emana do fim de festa. Tem algo de soturno, lembra velório.’



VEJA vs. MST
José Arbex Jr.

‘Os assinantes pagam, Veja mente’, copyright Brasil de Fato, 17/03/05

‘Em sua edição de 5 de março, a revista – ou melhor, panfleto da direita racista tupiniquim – volta a produzir injúrias, calúnias e difamações contra o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), com a ‘reportagem’ intitulada ‘Nós pagamos, eles invadem’. O panfleto acusa o MST de desviar ‘milhões de reais’ fornecidos pelo governo para implementar a Reforma Agrária. O dinheiro ‘desviado’ seria utilizado para promover novas ‘invasões’. Além disso, Veja publica depoimentos de supostos ex-integrantes do MST que denunciam a cobrança de taxas ilegais a todos os assentados por parte da direção nacional do Movimento. Irados com tamanha injustiça, os ex-militantes queimam a bandeira do MST, produzindo um indisfarçado orgasmo nos autores da ‘reportagem’, feita no assentamento Baixio do Boi, no município de S. José de Belmonte, sertão central de Pernambuco.

… E a Veja mente de novo.

Primeiro, vem a questão dos ‘dissidentes irados’. No assentamento vivem 190 famílias, cerca de 800 pessoas. Destas, apenas 10 participaram do ‘protesto’, liderado por um certo Francisco, ex-técnico agrícola dos assentados. Outros que acompanhavam o evento não tinham qualquer relação com o MST. O que a revista não conta, explica Jaime Amorim, da direção do Movimento, é que há cerca de seis meses o tal Francisco foi demitido pelo MST, por suspeitas de desvios de dinheiro do Pronaf e má conduta. Atualmente, o tal Francisco sofre processo do Banco do Nordeste, por desvio de dinheiro. Ou a Veja não sabia disso, e portanto é incompetente, ou sabia e ocultou a informação, e portanto é criminosa.

Depois, vem a acusação da suposta ‘cobrança ilegal de taxas’. Essa é velha. A lebre foi levantada, no ano 2000, pelo suposto ‘jornalista’ Josias de Souza, da Folha de S. Paulo, posteriormente obrigado a admitir ter feito a sua ‘reportagem’ sob os auspícios do governo Fernando Henrique Cardoso, que chegou a ceder automóveis e orientação técnica para a produção de um trabalho realmente ‘independente’ de jornalismo. Na época, o MST esclareceu exaustivamente que qualquer cooperativa, em qualquer parte do planeta Terra, cobra um taxa mínima de seus associados, como condição básica de subsistência.

Por fim, vem a acusação de ‘desvio de verba’ para promover ‘invasões’. Francamente, o assunto chega a ser tedioso e não merece sequer ser comentado. Os editores do panfletão acham estranho o governo ceder verbas a um movimento social que agrega 300 mil famílias de trabalhadores rurais em todo o país e que mantém escolas, atendimento de saúde, treinamento profissional, assistência técnica e outros serviços públicos. Só para mero efeito de comparação: em 2003, a Associação Nacional de Cooperação Agrícola (acusada pela Veja de receber dinheiro público indevido) obteve do Ministério da Educação R$ 3.424.608,00 para promover o seu programa de alfabetização de 35 mil sem terras adultos, em acampamentos e assentamentos, alguns situados em áreas tão inóspitas que não são servidos por qualquer infraestrutura estatal. Pois bem: no mesmo período, a entidade dirigida pela ex-primeira-dama Ruth Cardoso (Alfabetização Solidária) recebeu R$ 33.966.900,00 e o SESI, R$ 27.680.400,00; ao Instituto Riomafrense do Bem Estar do menor, entidade nível municipal do Paraná, foram destinados R$ 6.193.440,00. Nada disso merece atenção dos honestos editores do panfletão.

Curiosamente, a revista – também repudiada pelo PT, a quem acusou sem provas de ter recebido verbas das Farc colombianas para promover a campanha eleitoral de 2002 – nada diz quanto aos recursos bem mais vultuosos endereçados pelo governo aos cofres da família Civita, a título de pagamento por anúncios publicitários e aquisição de assinaturas de publicações do Grupo Abril. Seria muito interessante promover uma CPI para investigar as relações entre os vários governos e os donos do Grupo Abril, e mais ainda investigar o destino que a família Civita dá ao botim.

Vejamente, eis tudo. De nada adiantou, ao que parece, a revista ter sido condenada por injúria, calúnia e difamação, por ‘reportagem’ semelhante, publicada na edição de 10 de maio de 2000, intitulada ‘A tática da baderna’. Na época, João Pedro Stedile entrou com processo no Fórum da Lapa, e ganhou em primeira instância. Apostando na morosidade da Justiça, a revista recorreu. O processo ainda tramita, mas moralmente a revista foi conduzida ao seu lugar: a lata de lixo da história. Os assinantes da revista, aliás, deveriam fazer um movimento para exigir de volta o seu dinheiro, por receberem notícias falsas e ainda por cima requentadas. Fica a sugestão: aproveitem como mote o lema ‘nós pagamos eles mentem’.

* José Arbex Jr. é jornalista, doutor em História pela USP (Universidade de São Paulo), professor de Jornalismo da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), ex-editor da Folha de S.Paulo e escreve na revista Caros Amigos. ** Colaborou Hamilton Octavio de Souza’



REFORMA MINISTERIAL
Sebastião Nery

‘A Globo vetou Ciro Nogueira’, copyright DCI, 22/3/05

‘Mão Cheinha era doidinho lá no Ceará. A família o mandou para o Sanatório Meduna, em Teresina, no Piauí, do psiquiatra e deputado Clidenor de Freitas, primeiro hospício aberto do País. Mão Cheinha logo virou doido-chefe. Tomava conta dos outros. Há sempre um louco cuidando dos outros.

No imenso quintal do hospício, onde os doidos viviam soltos, havia uma mangueira que nunca dava manga. Mão Cheinha não entendia aquilo, um pé de manga que não dava manga. Um dia, chamou um punhado de doidos:

– Olha, minha gente, vocês são mangas maduras. Subam, fiquem lá nos galhos. Quando eu chamar, vocês caem, porque manga madura sempre cai.

Oito subiram. Mão Cheinha, cá de baixo, comandava:

– Manga um!

Poff! E um doido se esborrachava no chão.

– Manga dois! Manga três! Manga quatro!

E eles iam se largando lá de cima e se arrebentando embaixo.

Quando Clidenor, na sala da direção, soube da loucura, correu, a tempo de ouvir Mão Cheinha gritar:

– Manga sete!

O manga sete respondeu:

– Mão Cheinha, chama a manga oito que eu ainda estou verde!

E não pulou.

Cofre cheinho

O deputado Ciro Nogueira, do Piauí, corregedor e segundo vice-presidente da Câmara, foi indicado por Severino Cavalcanti, do PP, o Pinheiro Machado do governo Lula, para ministro das Comunicações. Tudo certo, até que no fim da semana passada a familia Marinho, da TV Globo, vetou.

E vetou não por qualquer razão de hospício: a Globo não tem intimidade com o rapaz, que, como o manga sete de Mão Cheinha, ainda é muito verde, sem traquejo de transas televisivas, telecomunicativas, néticas e telefônicas.

Até há algum tempo, o Ministério das Comunicações era uma pasta de ‘caneta vazia’. De repente, mais do que uma caneta cheia, virou um cofre cheinho. Este ano e no próximo, dezenas de concessões de TVs e rádios vão ser concedidas ou renovadas pelo ministério. E muito mais apetitoso ainda: vão ser renovados os contratos das telefônicas. Uma mangueira de interesses.

A Globo pulou no rodeio, como na novela da Gloria Perez: se já está tudo arrumadinho, para que mexer no que está quieto? Lula, que havia anunciado a ‘reforma’ ministerial para ontem, adiou para hoje ou depois do acerto com Mão Cheinha.

Sem a Globo, como ficaria seu Big Brother?

Ciro, o outro

Esse Ciro, o outro, é jovem, mas vem de longa dinastia política e tem velho sangue do poder. O pai, do mesmo nome, foi deputado federal do Piauí de 83 a 87, pelo PMDB, e de 91 a 95, pelo PFL. Em 95, substituiu o pai, também pelo PFL, pelo qual se reelegeu em 98 e 2002, pulando depois para o PP.

O tio, Etevaldo Nogueira, foi deputado federal pelo Ceará, de 87 a 95. O sogro, Lucidio Portela Nunes, irmão do senador e ministro Petrônio Portela, foi governador biônico do Piauí de 79 a 83, e a sogra, Miriam Portela Nunes, foi deputada de 87 a 91. Não é por falta de DNA que ele não vai ser ministro.

A não ser que ele vença o principal, o veto da Globo, que nomeou ou abençoou todos os ministros das Comunicações, desde a ditadura militar.’



Leandro Colon

‘Provável ministro, Ciro Nogueira acha ‘irrelevante’ ligação com rádios no Piauí’, copyright Último Segundo (www.ultimosegundo.com.br), 18/03/05

‘O deputado federal Ciro Nogueira (PP-PI) nem assumiu o Ministério das Comunicações e já aparece numa situação embaraçosa: seu pai, Ciro Nogueira Lima, tem participação em pelo menos duas rádios no Piauí.

O deputado, no entanto, não vê conflitos de interesse nem constrangimento em ser ministro das Comunicações. ‘Isso é totalmente irrelevante’, afirmou ao Último Segundo, por telefone, de Recife, onde acompanha em viagem o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE).

Na relação de sócios e proprietários de rádios que consta na base de dados do Ministério das Comunicações, o pai do deputado aparece como sócio da Rádio Cruzeiro de Pedro II Ltda (freqüência 640 KHZ), na Rua Corinto de Andrade, sem número, na cidade de Pedro II, interior do Piauí, onde nasceu o provável ministro. Segundo ele, a rádio é de propriedade de um tio dele e seu pai, ex-deputado federal, tem 30% de participação.

Já a outra fica em Teresina e tem pelo menos oito sócios além de Ciro Nogueira Lima, entre eles os deputados Átila Lira (PSDB) e Mussa Demes (PFL). Segundo o Ministério das Comunicações, a rádio, localizada à rua Benjamin Constant, 1642, chama-se Chapada do Corisco.

O deputado Ciro Nogueira informou ao Último Segundo que a rádio, uma das sete AM que existem em Teresina, é de onda tropical, que cobre a faixa de freqüência de 3.200 KHZ a 5060 KHZ e atinge curtas distâncias.

Os dados do ministério, no entanto, dizem que a rádio é de onda média, cuja freqüência é de 535 KHZ a 1650 KHZ, com distâncias bem maiores. E a rádio Chapada do Corisco aparece na faixa de 910 KHZ. Ciro Nogueira tenta minimizar a importância das rádios. ‘São pequenas e totalmente deficitárias’, afirma.

O atual ministro Eunicio Oliveira, por exemplo, era acusado de ser dono de rádios no Ceará e comandar a pasta das Comunicações ao mesmo tempo. O ministro dizia que havia vendido as rádios há um certo tempo, mas que a burocracia ainda as deixavam em seu nome. Atualmente, Eunicio não aparece na relação de proprietários de rádios no País.

Prestes a assumir o lugar de Eunicio, Ciro Nogueira, de 36 anos, é o atual segundo vice-presidente da Câmara dos Deputados. Aliado de Severino, Ciro Nogueira foi indicado pelo presidente da Câmara para ocupar o cargo de ministro das Comunicações do governo Lula na reforma ministerial que deve ser anunciada nos próximos dias.’



Carlos Eduardo Zanatta

‘Ciro Nogueira, ‘ministeriável’, tem laços com a radiodifusão’, copyright Tela Viva News, 17/03/05

‘O nome mais cotado do momento para assumir a pasta das Comunicações na reforma ministerial é o deputado federal Ciro Nogueira Lima Filho (PP/PI), homem de confiança do presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP/PE). Ciro Nogueira não escapa à regra que se aplica à grande parte dos parlamentares brasileiros e é, também ele, ligado a empresas de radiodifusão. Segundo os dados do cadastro do Ministério das Comunicações, Ciro Nogueira Lima, ex-deputado federal (83 a 87 e 91 a 95) e pai do deputado Ciro Nogueira Lima Filho, é sócio em duas emissoras de rádio no Piauí. Trata-se da Rádio Cruzeiro, da cidade de Pedro II (município onde o ex-deputado nasceu) e da Rádio Chapada do Corisco, na capital piauiense Teresina. Nesta segunda emissora, o ex-deputado tem como sócios os atuais deputados federais do Piauí, Mussa Demes (PFL) e Átila Lira (PSDB), entre outros.’



CÂMARA vs. SENADO
Folha de São Paulo

‘Jornal da Câmara cita verba paga no Senado’, copyright Folha de S. Paulo, 18/03/05

‘Irritado com a cúpula do Senado desde a fracassada tentativa de aumentar em 67% o salário dos congressistas, o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), resolveu dividir com os senadores o desgaste pela decisão de anteontem de reajustar em 25% a verba dos deputados para o pagamento de salário de assessores.

Aliados de Severino sugeriram anteontem e ontem a seguinte ‘pauta’ aos repórteres: comparar a verba de gabinete da Câmara, que foi a R$ 44.187 mensais -e deve chegar a R$ 50,8 mil-, com a do Senado, que, segundo eles, é de R$ 66 mil.

O ‘Jornal da Câmara’ aceitou a pauta. O tablóide de 5.000 exemplares trouxe em sua edição de ontem uma nota sobre o aumento de 25%, afirmando que o seu objetivo é ‘aproximar a verba de gabinete dos deputados ao valor recebido pelos senadores, que atualmente é de R$ 66 mil’.

A Secretaria de Comunicação Social da Câmara negou ter havido ingerência da presidência da Casa, afirmando que os dados da nota ‘são públicos’. Dias atrás, o jornal recebeu uma reprimenda de Severino, que queria ver mais discursos de deputados relatados.

O curioso é que a informação sobre a verba do Senado é generosa. Levantamento feito pela Folha no Siafi (Sistema Integrado de Administração Financeira da União) e com base em informações de funcionários do Senado mostra que só o salário de 11 dos 20 assessores de cada gabinete custa mensalmente aos cofres públicos R$ 72.421.

Ao contrário da Câmara, a Presidência do Senado e sua direção se recusam a informar os valores gastos com assessores.’