[do release da editora]
Este livro aborda os primórdios da fotografia na imprensa carioca, desde os tempos da primeira patente do daguerreótipo, em 1839, até o ano de 1900, período em que o Rio de Janeiro foi sede do Império e capital da República, sediando portanto os principais órgãos de imprensa do país.
A partir do início dos anos 1880, como decorrência da introdução dos processos de reprodução fotomecânica a meio-tom em diversos países europeus e nos Estados Unidos, a imprensa ilustrada inicia uma nova fase, cujos reflexos não tardam a atingir a imprensa carioca – embora a sua verdadeira implantação entre nós só ocorra na virada para o século 20. Foi no período de transição para o século 20 – os anos 1880 e 1890 – que a fotorreportagem começou a tomar forma nos países mais avançados, onde em poucos anos os principais periódicos ilustrados implantaram o novo sistema de reprodução fotomecânica, enquanto aqui os progressos se deram em ritmo mais lento.
História da fotorreportagem no Brasil possibilita diversas leituras. Aborda sob a perspectiva da História os principais aspectos técnicos relacionados à fotografia, imprensa ilustrada e questões referentes ao design da página e aos processos de criação e de impressão das imagens. O autor não se limitou a abordar apenas a cidade do Rio de Janeiro; ao contrário, procurou dar uma abrangência verdadeiramente nacional e internacional à questão.
Hoje, há consenso quanto ao fato de que o advento da fotografia veio provocar profundas mudanças na visualidade do homem civilizado. Esta obra explica como a fotografia, através de nossa imprensa ilustrada, no século 19, teria contribuído para a formação de nossa visão do mundo e de nossa própria identidade.
Sobre o autor
Joaquim Marçal Ferreira de Andrade é fotógrafo e designer, além de pesquisador da fotografia brasileira do século 19. Chefe da Divisão de Iconografia da Fundação Biblioteca Nacional e professor adjunto de fotografia do Departamento de Artes & Design da PUC-Rio, mestre em Design (PUC-Rio) e doutorando em História Social (IFCS/UFRJ), já publicou textos sobre a tecnologia da fotografia no século XIX, o livro fotográfico brasileiro, a fotografia de guerra e as fotografias da Coleção D. Thereza Christina Maria, formada pelo imperador D. Pedro II. Sobre este assunto, foi curador da exposição itinerante A coleção do imperador, fotografia brasileira e estrangeira no século 19, apresentada entre 1997 e 2000 no Rio de Janeiro, São Paulo, Buenos Aires, Porto e Lisboa. É também co-curador da exposição itinerante De volta à luz, já apresentada na cidade de São Paulo.