Saturday, 23 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Hábito complicado

Após a leitura de "O escritor nos jornais" tenho a dizer que em parte discordo. (…) O jornal impresso não deve ser muito claro, objetivo? Ao meu ver, nossa sociedade não está com estrutura suficiente para leitura e compreensão de textos mais rebuscados. Já está complicado o hábito da leitura. A cada geração que passa os leitores ficam mais preguiçosos. Até eu mesma, que deveria "engolir" livros, jornais, revistas etc. por ser aluna de Comunicação Social, confesso que está sendo muito difícil criar o hábito. Hoje em dia a maioria das pessoas não está preocupada com política, economia, cultura, mas sim com a vida dos outros, com a violência, os dramas e exageros. Tudo é reality show. A vida se transforma no grande filme The Truman show. (…) Mas a idéia é de grande valia, tornar uma notícia prazerosa de se ler.

Gabrielle Matoso Campos

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Hilda, desafio ao brasilzinho

O excelente artigo de Deonísio da Silva, numa abordagem brilhante sobre a grande escritora Hilda Hilst, de quem sou fã incondicional (dos escritos e da personalidade), leva a uma inadiável reflexão a respeito da questão da mulher (seja escritora ou não) e a respeito do culto à ignorância neste eterno "país do futuro", que é o nosso Brasil. Hilda Hilst foi maltratada – de várias maneiras – em minha modesta opinião, por dois motivos: primeiro, por ser mulher; segundo, por ser inteligente e culta. Duas características inaceitáveis e combatidas violentamente numa sociedade essencialmente machista, que ainda permite que suas mulheres sejam traficadas para o exterior – de forma ilegal ou "legal".

Inteligentíssima, radical, poetisa de primeira grandeza, escritora completa e multifacetada, crítica até a raiz dos cabelos, sem papas na língua e livre. Ah, como isso é insuportável nesse nosso brasilzinho! Que Deus a tenha, Hilda Hilst. Deonísio, parabéns pela iluminada abordagem.

Auricélia de Paula Rodrigues

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Fugi do estigma

Quero parabenizá-los pelo artigo "A hora e a vez dos novíssimos", de Deonísio da Silva. De fato, nadamos contra tudo e contra todos. Para fugir ao estigma de eterno "estreante", deixei uma promissora carreira na área de comércio exterior para fundar minha própria editora. Editei meus livros e de outros jovens autores. Meu livro de contos já vendeu duas edições; o segundo, está esgotando a primeira. Alguma nota na dita "grande imprensa"? Não, nenhuma! Mas vamos seguindo… não é mesmo? Enviarei um e-mail oferecendo à professora Andrea Hossne uma modesta doação de alguns exemplares que editamos…

Felipe Greco, editor do Desatino

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