A luxuosa loja de departamentos londrina Harrods, de propriedade de Mohammed al-Fayed, perdeu processo contra o jornal americano The Wall Street Journal. Em 2002, o magazine publicou um comunicado dizendo que abriria seu capital no mercado de ações. O Journal, cinco dias depois, trazia um artigo comparando a loja à Enron, a falida empresa energética americana que falsificou dados de balanço. O autor, no entanto, não havia percebido que a nota da Harrods era uma brincadeira de 1o de abril, o que estava patente pelo contato indicado para os interessados em comprar ações: Loof Lirpa (April Fool, nome em inglês dado ao dia da mentira, ao contrário). A comparação com a Enron foi considerada um ‘ataque extraordinário’ pela Harrods. O juiz responsável, no entanto, não se convenceu de que isso a prejudicaria caso algum dia entrasse na bolsa de valores. Segundo fontes extra-oficiais, a loja agora terá de arcar com US$ 930 mil em gastos judiciais. Com informações do Guardian e da Reuters [17/2/04].
Regras de transparência desagradam veículos europeus
O European Publishers Council, entidade que representa alguns dos principais grupos de mídia da Europa, está tentando derrubar novas regras impostas pelo Parlamento Europeu aos jornalistas econômicos. Pelas novas normas, os repórteres terão de discriminar se têm algum interesse nas ações sobre as quais noticiam. As empresas de comunicação temem que isso passe a ser aplicado também para outras áreas do jornalismo, segundo informa The Financial Times [16/2/04]. Elas consideram ainda que as regras criam obrigações ‘antipráticas e desnecessárias’ aos jornalistas que citam recomendações de ações de terceiros. O Council quer que a European Securities Comission, autoridade securitária européia, impeça que a imprensa tenha que publicar explicações maiores que as recomendações das ações em si. A Comissão Européia responde que, para os profissionais de imprensa, as regras terão ‘um efeito muito marginal’. Eles terão apenas de revelar fontes quando elas forem públicas e declarar a posse de papéis sobre os quais façam comentários próprios.
Hugh Hefner venderá parte de suas ações da Playboy
Apenas dois meses após ter feito uma festa repleta de beldades para comemorar os 50 anos da Playboy, seu criador, Hugh Hefner, anunciou que quer vender 21% de seus papéis da Playboy Enterprises. Ao todo, a empresa vai oferecer 6,9 milhões de ações no mercado, das quais 2,6 milhões são de Hefner. Essa parte vale US$ 40 milhões, mas a venda não afetará seu controle sobre a companhia. O motivo do negócio, segundo uma representante, são as dívidas que o milionário contraiu para estabelecer o sítio Playboy.com, mais um daqueles negócios de internet que não deram o resultado que se esperava (apesar de que há sinais de recuperação – em 2003, o setor virtual da Playboy teria lucrado US$ 2,7 milhões, contra prejuízo de US$ 8,9 milhões no ano anterior). Com informações do New York Daily News [17/2/04].
Família Forbes faz dinheiro com licenciamento de seu nome
A revista americana de negócios Forbes sofreu um duro golpe com a crise no mercado financeiro, mas vem se recuperando desde então. Em 2003, apresentou lucro e conseguiu se firmar como maior título de seu segmento. A família Forbes, proprietária da publicação, encontrou, no entanto, uma outra forma de fazer dinheiro: está licenciando seu nome para uma gama variada de produtos, como vinhos, jóias e móveis. Ela não aceita, no entanto, colocar sua marca em artigos de consumo popular, para evitar depreciação. Outra fonte de renda, segundo o New York Post [17/2/04], tem sido o leilão de objetos do fundador da revista, Malcolm Forbes, morto em 1990. Ele tinha o hábito de adquirir coisas extravagantes (e caras), como a maior coleção de soldadinhos de chumbo do mundo, manuscritos raros, uma das ilhas Fiji, e uma coleção de ovos russos Fabergé, que rendeu, sozinha, US$ 110 milhões recentemente. A Forbes tem circulação de 922 mil cópias nos EUA. Outros 137 mil exemplares de edições licenciadas são vendidos no Japão, China, Coréia do Sul e Brasil.