Fomos impedido de trabalhar nos dias 4 e 5 de novembro de 2005, nos shows de Teodoro e Sampaio e da Banda Calypso do Belém do Pará. Há duas hipóteses para o que aconteceu conosco do Jornal das Montanhas.
Ou o responsável não estava preparado para coordenar a segurança, ou recebera ordens expressas para barrar nossa entrada, prejudicando assim nosso trabalho. Reclamei com o secretário Fábio Soares, que estava ao lado do prefeito Sergio Breder e outros auxiliares, que me disse que não poderia fazer nada. Sem alternativa, cumpri a determinação do poder, e me retirei. No dia seguinte não pude nem entrar. No último dia, só trabalhei por interferência do colega Carlos Henrique, jornalista do Tribuna do Leste e repórter da Rádio Manhuaçu. Assim pude trabalhar no show dos cantores evangélicos Fernandinho de Campos RJ e Luiza de Betim MG.
Terra sem liberdade
A lei me garante o direito de ir e vir, e o da imprensa de trabalhar, mas o poder às vezes autoritário nos impede de exercer nosso direito consagrado na Constituição. Alegou-se um pedido da produção dos artistas, o que constatamos não ser verdade: tivemos informações da parte dos cantores de que não partiu deles a proibição, pois a imprensa é a maior aliada dos artistas, divulgando seu trabalhosos. ‘Desconheço artistas que vivem sem a imprensa, são vocês que nos dão destaque’, salientou um dos produtores da dupla sertaneja.
Quero ainda registrar que o chefe da segurança, Sr. Edílson, no domingo me pediu desculpas. Desculpei, mas o prejuízo já havia sido causado.
Antes que isso vire moda aqui em Manhuaçu estou registrando este fato aqui e em outros órgãos de imprensa, pois Manhuaçu não pode virar uma terra sem liberdade de imprensa e sem lei.
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Jornalista