A Press Complaints Commission, órgão de auto-regulamentação da imprensa britânica, fez mudanças em seu código de conduta e arrochou algumas de suas regras, informa Claire Cozens [Media Guardian, 13/5/04]. O novo código é uma tentativa de conter os críticos da organização, que a acusam de falhar ao lidar com os excessos cometidos pela mídia impressa.
A partir de 1o de junho, data marcada para a estréia do código, passam a ser proibidos o pagamento feito a criminosos por informações que ‘explorem, glorifiquem e glamourizem o crime’; e a interceptação de telefonemas, e-mails ou mensagens de texto. Editores passam a ser responsáveis por qualquer informação publicada no jornal e por supostas invasões de privacidade.
A preocupação com as regras expostas no antigo código da PCC foi manifestada por uma série de editores de jornais tradicionais, que alegaram que elas não estavam sendo bem interpretadas. As regras foram reescritas por editores-executivos de jornais nacionais e regionais da Inglaterra. As novas regras são mais específicas e incluem as novas tecnologias. ‘Elas estão mais curtas, mais simples e mais convenientes a editores e críticos em geral’, afirma Les Hinton, presidente do comitê de criação do código.
O novo código irá prejudicar os tablóides britânicos. Acostumados a literalmente perseguir suas notícias, eles terão que tomar mais cuidado na hora de publicar fotos feitas por paparazzi e não poderão mais grampear chamadas telefônicas de celulares. Com informações de Gautam Malkani [The Financial Times, 14/5/04].