Friday, 27 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

Organização aponta falhas de apuração sobre operação na Palestina

A organização pró-Israel de monitoramento de mídia Camera [19/5/04] publicou comunicado apontando falta de apuração em matérias de veículos americanos sobre a recente ação militar na Faixa de Gaza. A nota destaca a importância de ouvir as duas partes envolvidas numa história quando não há testemunhas confiáveis de um acontecimento. O Los Angeles Times, por exemplo, noticiou que os mortos na operação israelense também ‘incluíam Asmaa Moghayer, de 14 anos, e seu irmão Ahmed, de 11 anos, que foram alvejados quando subiram ao telhado de sua casa para recolher roupas do varal’. Pela matéria, escrita pelo correspondente Ken Ellingwood, o leitor não fica sabendo que a causa da morte das crianças não está esclarecida. O próprio LA Times colocou em seu sítio uma matéria da AP que explica que os militares israelenses negam que um de seus atiradores atingiu os dois e afirmam que a morte foi causada pela bomba de um palestino. A Camera afirma que ‘jornalistas que se preocupam em defender sua reputação e integridade profissional’ deveriam ‘reportar como tal afirmações não comprovadas e incluir versões dos dois lados’.



Palestinos tentam seqüestrar correspondente do NY Times

Três palestinos tentaram raptar o correspondente do New York Times em Israel, James Bennet, quando este falava ao celular na frente do hospital al-Najar, na cidade de Rafah. Ele tinha ido ao local após o ataque de forças israelenses contra manifestantes palestinos, que matou oito pessoas. Enquanto telefonava, um estranho se aproximou esticando a mão para cumprimentá-lo. Quando Bennet segurou sua mão, ele tentou puxá-lo para dentro de um carro que apareceu subitamente, com a porta traseira aberta. Enquanto resistia aos raptores, o jornalista gritou por socorro, chamando a atenção de policiais palestinos. Quando eles chegaram, os seqüestradores fugiram. A Associação de Imprensa Estrangeira de Israel pediu que os jornalistas no país passassem a trabalhar em grupo para minimizar o risco de seqüestro. Com informações da United Press International [20/5/04] e do Jerusalem Post [20/5/04].