Monday, 23 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

E se fosse um padre?

Essa matéria e outras estão dando muita importância ao fato de ter sido um pastor evangélico, e se fosse um padre católico? Quais seriam os comentários? Ele estaria indo fazer o bem? Como era um pastor foi a mando do Comando Vermelho? Esses fatos mostram como há preconceito contra os evangélicos no país, os católicos se julgam melhores, mais importantes e que seu Deus é melhor. Isso porque nos julgam por uma minoria que distorce o evangelismo e acha que é só pedir o dizimo, como se na igreja católica não existisse. Todos devem ser tratados da mesma maneira, independentemente de sua religião. Além de ter um coisa que vem de berço, que se chama respeito.

Bruno Ferreira, advogado, Taubaté, SP



E se fosse o padre Marcelo?

A igreja evangélica é, sem sombra de dúvida, a organização religiosa que mais atrai adeptos no Brasil. Não é a maior no Brasil, pois perde para a igreja católica. Mas não perde apenas em número de freqüentadores, perde em termos financeiros, já que é inegável a enorme riqueza de que dispõe a igreja católica, nem sempre fruto de ‘belas ações’; perde também em número de templos, escritórios, escolas, faculdades, empresas; perde em número de líderes (arcebispos, bispos, padres, cardeais etc.); enfim, a igreja católica está muito à frente da igreja evangélica. Sendo assim, e considerando que a liderança católica ainda possui grande influência na política (mesmo sem muitos cargos eletivos), será que se o padre Marcelo Rossi fosse o mediador da rebelião teríamos tantas críticas ao estado? Creio que não, ao contrário, seria promovido o feito, reportagens de elogio, medalhas, entrevistas em programas de TV, coroa de herói…

Infelizmente, o estado não possui força para combater crimes simples, sequer é capaz de lidar com grandes rebeliões em presídios. Se existem pessoas com esta capacidade, sejam elas evangélicas, católicas, budistas, atéias, não importa, que haja humildade suficiente (do governo, da polícia, da população) para permitir que estas pessoas façam o ‘algo mais’ que poucos têm coragem de fazer.

Carlos Eduardo Teodoro Dalcol, coordenador de projetos, Curitiba



E se fosse um pai-de-santo?

Tudo é motivo para se falar mal de igrejas evangélicas. Como se eu não soubesse qual é o verdadeiro motivo. Se vocês têm um ponto de vista sobre a mediação com os presos isso é ótimo, e eu também acho que tem gente que ganha para correr esse risco. Mas se eles tivessem chamado um padre ou um pai-de-santo vocês teriam aplaudido de pé. Contratar gente com essa fluidez vocabular só para falar bonito contra a religião evangélica só reforça a teoria que vocês mesmos sem saber trabalham pelo mundo e contra Cristo. Se vocês acham que dízimo é alguma coisa errada eu gostaria de deixar claro que isso é religião, garantida pelo menos por agora pela Constituição. Talvez no dia em que o povo não puder se ‘deixar enganar’ por seus pastores também os repórteres não possam blablaquear o que quiserem nos seus jornais.

Marius Botelho, dentista, Varginha, MG



E se fosse um budista?

Achei preconceituosa a matéria de Muniz Sodré. Só porque foi um pastor que conseguiu acabar com a rebelião e resolver as coisas ele achou um absurdo. Mas se fosse um padre ninguém reclamaria. Será que a minoria não pode ter participação na sociedade? Poderia também ter sido um budista, ou de outra religião, mas o fato é que o pastor trabalha voluntariamente com aqueles presos e é respeitado por eles, sem a necessidade de força, como é o caso da polícia. Quanto ao que a governadora acredita, lembro que a evolução é uma teoria, quem quiser acredita. A governadora deve ser respeitada pelo que pensa, sem ser motivo de chacota. Se for para falar mal dela, então fale sobre dados reais e concretos de sua administração, e não sobre o que ela pensa em relação a outros assuntos que não têm nada a ver com a questão. A religião das pessoas não deve ser criticada, e sim, respeitada, para que isso aqui não vire Israel!

Christiane Moritz Postigo, jornalista, Rio de Janeiro



Por que não um pastor?

Achei de um tremendo mau gosto essa matéria, visto que muitas outras rebeliões já aconteceram, não só no Rio, mas em outros estados, e sempre sabemos de algum mediador, na maioria padres e psicólogos; sendo assim, por que não um pastor evangélico? Acho que é perseguição à governadora Rosinha Matheus e ao seu esposo, o secretário de Segurança Garotinho. Deixem eles governarem em paz, e verão como podem fazer a diferença… Não os conheço, e tão pouco pertenço a um partido, mas entendo que se uma pessoa governa bem sua casa pode perfeitamente governar bem um estado.

Luciana Ramos, técnica em informática, São Luís, MA