Após dois dias de audiências fechadas com as partes envolvidas, a Comissão Européia autorizará a fusão das gravadoras Sony Music e BMG, contrariando rumores de que impediria a criação da maior companhia fonográfica do mundo, com a qual só a Universal poderá rivalizar em termos de participação no mercado.
A conclusão da comissão, que no mês passado enviou uma carta à Sony e a BMG dizendo que a redução do número de grandes gravadoras de cinco para quatro seria prejudicial para os consumidores, em especial os europeus, foi de que ‘ havia insuficientes evidências para impedir o negócio’. As cinco gigantes da indústria fonográfica são Universal, EMI, Warner Music, Sony e BMG.
Um dos maiores oponentes da fusão, o presidente da Impala, grupo sediado em Bruxelas que representa mais de 1.800 gravadoras independentes, Michel Lambot, ainda não sabia da decisão quando foi ouvido pelo New York Times [18/6/04]. ‘Se for verdade, iremos à justiça’, disse. Seu temor é que a maior concentração de mercado prejudique os selos pequenos que representa. A nova gravadora deterá, segundo dados de 2003, 25,1% do mercado mundial, contra 23,5% da Universal.