Thursday, 14 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1314

Vencedora de Nobel representará família de jornalista morta

A advogada Shirin Ebadi, vencedora do Prêmio Nobel da Paz, foi autorizada pela justiça iraniana a representar a família da fotógrafa Zahra Kazemi, morta após ser presa ao tirar fotos do presídio de Evin, no ano passado. O departamento de justiça do Irã reagiu às reclamações do porta-voz do grupo de defesa dos direitos humanos de Shirin, segundo o qual o nome da advogada não havia sido incluído nos documentos do processo, o que a impediria de participar do julgamento. O Judiciário, por meio de nota publicada na agência de notícias oficial IRNA, declarou que Shirin foi informada verbalmente de que poderia participar da próxima audiência do caso. A advogada ganhou o Nobel de 2003 por seu trabalho em defesa dos direitos de mulheres e crianças. Ela foi a primeira mulher muçulmana a receber o prêmio, segundo reporta a AFP [14/6/04]. De nacionalidades iraniana e canadense, Zahra estaria em perfeitas condições de saúde quando foi presa. Após interrogatório, teve de ser internada num hospital por causa de uma hemorragia cerebral que causou sua morte.



Hollinger irá anunciar seu comprador

A Hollinger International deve anunciar esta semana o vencedor do leilão do jornal londrino Daily Telegraph e uma fonte do New York Post [17/6/04] antecipou que os milionários irmãos Frederick e David Barclay deverão ser os novos donos do diário, pagando a bagatela de US$ 1,3 bilhão. Como informa a AFP [17/6/04], ainda na semana passada, o grupo Daily Mail and General Trust (DMGT) saiu da disputa porque o preço havia subido demais, deixando o grupo de investimento 3i PLC como único concorrente dos irmãos Barclay, que haviam tencionado anteriormente comprar uma fatia majoritária da Hollinger International de seu ex-presidente, Conrad Black, por US$ 300 milhões – o que seria um negócio muito melhor. No entanto, um juiz americano impediu a transação. Black renunciou à presidência da Hollinger em novembro, depois que veio à tona que embolsou, junto com outros executivos, US$ 32 milhões em pagamentos indevidos. Desde então, o escândalo cresceu e os acionistas da Hollinger pedem agora na justiça que Black e seus comparsas devolvam US$ 1,25 bilhão à empresa.