Advogados representando mais de 20 empresas de mídia americanas pediram esta semana à juíza Jessica J. Recksiedler, que monitora o julgamento de George Zimmerman, vigia que matou o adolescente negro Trayvon Martin, a quebra de sigilo do caso. Jessica havia concordado com um pedido de Mark O’Mara, advogado de Zimmerman, para manter os documentos secretos.
Em uma moção de oito páginas, advogados de empresas como New York Times Company, Associated Press, CNN, Gannett e McClatchy argumentaram que os registros ficaram lacrados de maneira indevida porque O’Mara não submeteu evidências mostrando que mantê-los privados era necessário para evitar uma ameaça “séria e iminente” à administração da justiça. A Holland & Knight, firma jurídica que representa as organizações de mídia, alegou que seria possível formar um júri imparcial se os registros da corte se tornassem públicos.
George Freeman, conselheiro-geral e vice-presidente da Times Company, disse que a juíza não seguiu os passos processuais necessários antes de tornar secreto o caso. “Somente porque o episódio recebeu muita publicidade não significa que os documentos devem ser mantidos em sigilo”, afirmou.
O’Mara não comentou sobre a moção porque ainda a estava revisando, afirmou um porta-voz. O advogado fez um pedido no início da semana (16/4) para que Jessica fosse afastada do caso, alegando um potencial conflito de interesses revelado pela juíza na semana passada: o marido dela trabalha com o advogado Mark NeJame, que foi contratado pela CNN para fornecer análise do caso.Informações de Jennifer Preston [The New York Times, 17/4/12].
***
Leia também
Rede NBC pede desculpas por edição equivocada
Cobertura de morte de jovem negro reflete minoria nas redações