‘Do Fantástico à CNN, todos repisaram o ditado:
– Aquele que entra como papa sai como cardeal.
Falavam do conclave, que em semanas vai escolher o sucessor de João Paulo 2º. No Brasil, não se esconde mais a torcida por d. Cláudio Hummes, cardeal-arcebispo de São Paulo.
O Jornal Nacional, mal anunciou a morte, lembrou que ele está na lista dos papáveis e, aliás, ‘tem o respeito de todas as facções da Igreja’.
Ao vivo nos canais de notícia, Lula saiu dizendo que ‘gostaria que fosse brasileiro’. Não falou, mas de preferência d. Cláudio, que conheceu no ABC.
No exterior, como no Brasil. D. Cláudio ‘entra como papa’ em todas as especulações que já dominam a cobertura. Seu nome foi referido do programa de George Stephanopoulos na ABC ao ‘New York Times’.
O jornal sublinhou que d. Cláudio é ‘nascido no Brasil de pais alemães’ e defende ‘justiça social para os pobres, mas é conservador teologicamente’.
O ‘NYT’ e a ABC dão o cardeal brasileiro como um candidato entre vários. O ‘Washington Post’ o menciona como segundo favorito, atrás do nigeriano Francis Arinze.
Para o ‘WP’, d. Cláudio indica ‘continuidade’, mas dois jornais britânicos, ‘Sunday Times’ e ‘Independent’, vêem de modo um pouco diverso.
Do primeiro, no título do texto que já repercutia ontem na Folha Online e nas rádios brasileiras, como a CBN:
– Cardeal brasileiro radical lidera corrida pela sucessão.
O jornal, do conservador Rupert Murdoch, diz que d. Cláudio ‘é sem dúvida radical em temas sociais’, embora ‘conservador em temas doutrinários’. Para o ‘Sunday Times’, ele é o ‘rival’ do conservador alemão Joseph Ratzinger.
O ‘Independent’ também traz d. Cláudio no topo da lista de papáveis e o trata, não como radical, mas como ‘liberal’.
Com mudanças de ordem, a lista é sempre a mesma em toda parte, do italiano ‘La Reppublica’ ao econômico ‘Financial Times’ e à BBC, com d. Cláudio, Arinze, Ratzinger, os italianos Dionigi Tettamanzi e Angelo Scola, o hondurenho Oscar Rodríguez e alguns mais.
Registre-se, pela rivalidade, que o francês ‘Le Monde’ dava ontem como favorito, entre os latino-americanos, não d. Cláudio, mas o cardeal José Maria Bergoglio, argentino.
DEPOIS
William Bonner, sábado no Jornal Nacional, ao vivo de Roma: – A morte do papa foi anunciada cerca de uma hora depois da nossa chegada. O cinegrafista e eu ainda tivemos tempo de estar entre os milhares na praça de São Pedro. E saiu reclamando do ‘trânsito caótico de Roma’
Boff
O que se viu na Globo e outras, sobre João Paulo 2º e a teologia da libertação, foi paralelo, menor. No exterior, ‘El País’ e ‘Washington Post’, entre vários, dedicaram longos textos exclusivamente ao conflito. O espanhol chamou de ‘pecado’ a ‘guerra aberta’ pelo papa a Leonardo Boff.
Arns
O ‘WP’, de sua parte, concentrou-se no episódio da anulação, aos poucos, do poder de d. Paulo Evaristo Arns em São Paulo, então ‘maior diocese do mundo’, ação que culminou na troca por d. Cláudio Hummes.’
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‘A correção e a campanha’, copyright Folha de S. Paulo, 1/04/05
‘Restou ‘só a correção de 10% na tabela do Imposto de Renda’, anunciou a Globo à tarde, sobre a nova medida provisória editada por Lula.
Segundo a Folha Online, ‘a decisão visa acabar com a disputa política no Congresso’.
Ao que parece, acabou. Mas do episódio não restou ‘só a correção’: os impostos se tornaram plataforma, de vez.
O relator da medida provisória 232, anteontem na Globo News, criticava pefelistas e tucanos por querer tomar do PT a bandeira da correção na tabela.
Já tomaram e querem mais: fixar a imagem de que Lula elevou a carga tributária.
Estão no caminho. A Globo Online voltou a destacar ontem a última pesquisa da Confederação Nacional da Indústria:
– O principal fator de desaprovação são os impostos: 68% desaprovam a condução do governo referente a esse item.
Na propaganda do PFL, o presidenciável Cesar Maia se defendeu da intervenção nos hospitais do Rio, mas foi além e atacou a carga tributária longamente:
– Uma pessoa no Brasil trabalha quatro meses e meio só para pagar impostos. Tudo o que ganha em um, dois, três, quatro, quase cinco meses é consumido pelos impostos.
Os números podem até ser questionados, mas o discurso vai se estabelecendo.
Sempre um passo atrás dos pefelistas, os tucanos conseguiram repercussão mínima, restrita a blogs e sites, para as novas contas que mostrariam aumento maior na carga tributária.
AMANDO O BRASIL
Sob o título ‘Me deram um tiro no Carnaval’, o jornal britânico ‘Guardian’ deu ontem um relato assustador de uma turista em Olinda, Pernambuco. Assustador no início, pelos detalhes, mas seguido de uma descrição até carinhosa sobre como ela foi cercada de apoio e terminou ‘amando o Brasil’
Presidenciáveis
Em conflito com Cesar Maia, Lula abriu novo flanco de combate com Geraldo Alckmin. Nas manchetes do JN:
– O bloqueio de R$ 50 milhões provoca crise entre governo paulista e governo federal.
Nas manchetes de Boris Casoy, na Record:
– Governador Alckmin faz críticas duras contra o Planalto por bloquear dinheiro.
Apesar
Trégua para Severino, no comentário do JN:
– A Câmara tem sido muito criticada nos últimos tempos. E com razão. Mas neste caso [impostos], se não tivesse dito não, o estrago estaria feito. É por isso que, apesar de todos os defeitos, é importante.
Juntos, sob fogo
Acuado na ONU, a exemplo de Lula na Câmara, o secretário-geral Kofi Annan, segundo a BBC Brasil, ‘pediu ao presidente apoio às iniciativas de reforma estrutural da organização’. Lula disse que vai a Nova York em setembro, para apoiar.
Exemplo
Na fila de elogios externos à decisão do Brasil de não renovar com o FMI, ontem foi a vez de Gordon Brown, ministro britânico das finanças.
Ele citou a ‘performance do Brasil’ como ‘uma mostra do que pode ser alcançado com o compromisso com políticas sólidas, apoiadas pelo FMI’.
Com os EUA
O governo argentino está encantado com a súbita atenção do governo americano.
Ontem, o chanceler Rafael Bielsa foi manchete nos sites do ‘Clarín’ e ‘La Nación’, por uma reunião com a secretária de Estado, Condoleezza Rice. E o ministro da Defesa, José Pampuro, criticou a venda de armas da Espanha à Venezuela, falando em ‘escalada’, como os EUA.
Com a Venezuela
Por outro lado, o ex-presidente argentino Eduardo Duhalde defendeu o venezuelano Hugo Chávez -e saiu questionando por que o ministro da Defesa não perguntava sobre a indústria de armas dos EUA.
Extrema pobreza
Mais contra o venezuelano. O colunista Andres Oppenheimer sugeriu ao governo Bush, em texto no ‘Miami Herald’, falar das ‘estatísticas de pobreza de seu próprio governo’.
São ‘a pior condenação’ que ele pode ter. Por exemplo, a ‘extrema pobreza’ teria saltado de 17% para 25% da população nos primeiros quatro anos de Chávez.’
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‘O ceticismo de George W. Bush’, copyright Folha de S. Paulo, 31/03/05
‘Descrita insistentemente como próxima pela secretária de Estado dos EUA, a relação de George W. Bush com Lula dá evidências de esgarçamento.
Como noticiou o ‘Washington Times’, Lula criticou os EUA ao se reunir com Hugo Chávez e o espanhol José Luis Zapatero -que blogs republicanos voltaram a chamar de ‘covarde’.
De outro, Bush ligou para Néstor Kirchner, manchete nos diários argentinos. Segundo o ‘La Nación’, eles concordaram que:
– A Argentina, assim como o Brasil, encabeçado por Lula, deve se consolidar como uma garantia para a contenção de Chávez.
O porta-voz do Departamento de Estado disse desconhecer as críticas de Lula, ‘não comentou diretamente, mas’ voltou a atacar Chávez, segundo a Reuters.
Como pano de fundo, a avaliação do espanhol ‘El País’, ontem:
– [Bush] está cético sobre a capacidade de influência que países como o Brasil têm sobre Chávez.
E cresce nos EUA a pressão quanto à propriedade intelectual no Brasil. Foi o que fez a ‘National Review’ em artigo contra a política de medicamentos para Aids.
O texto sublinhava que sai hoje a decisão de manter ou não o país no ‘sistema de preferências’ das tarifas de importação dos EUA.
O tema, que abalou o ministro Luiz Furlan nos últimos dias, foi até manchete do Jornal Nacional:
– Parlamentares tentam evitar que a pirataria provoque retaliações americanas contra o Brasil.
Eles foram à embaixada dos EUA em Brasília, ontem mesmo, para garantir que ‘em pouco tempo’ o Brasil deu ‘passos maiores do que nas últimas décadas’.
OS ESTRANGEIROS
Na web, a versão em português do relatório
Entrou ontem nas páginas da Anistia Internacional pelo mundo, com cobertura quase imediata nos sites do ‘New York Times’ à Folha Online, o longo relatório que expõe a ‘decepção’ da ONG com a política do governo Lula -que não só evita distribuir terras, mas até ‘estimula violações dos direitos humanos’. E também ontem, na Globo, lá estava o relato pungente:
– Em Mato Grosso do Sul, mais um indiozinho morreu vítima da fome.
Wolfowitz vem aí
Com apoio europeu, como destacou o site do ‘Le Monde’, o neoconservador Paul Wolfowitz deve assumir o Banco Mundial.
Coluna publicada domingo no ‘Washington Post’ e reproduzida ontem no ‘Wall Street Journal’ defendeu o indicado de George W. Bush. Entre os argumentos:
– Ele não se associa à visão comum dos republicanos de que, porque o Brasil e a China podem tomar empréstimo no mercado privado, o Banco Mundial deveria parar de emprestar [aos dois].
Acordaram
Nas manchetes do JN, ‘adiada novamente a votação da MP’.
E o ‘Financial Times’ já anda apelando para Alexandre Garcia, no esforço de entender o que acontece com o Congresso de Severino. O jornal financeiro citou frase do comentarista da Globo (‘os contribuintes acordaram’) ao avisar que a derrota de anteontem ‘ameaça a agenda de Lula e sublinha a extensão da perda do poder de fogo no Congresso’.
Convencer o PT
Como se nada estivesse acontecendo no Congresso, o ministro Antônio Palocci, o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga e até o presidente do banco central americano em Nova York, em reportagens na Globo News e sites financeiros dos EUA, defendiam ontem a independência do BC.
O projeto está no Congresso, mas o site de esquerda Carta Maior já dizia ontem que Palocci, ‘antes, terá de convencer o PT’.
Pouco comando
No meio do tiroteio na Câmara, o JN achou por bem destacar uma declaração do ex-presidente João Paulo, que Lula não quis ministro:
– Os líderes não estão com controle sobre as suas bases. A minha impressão é que tem muita gente falando e pouco comando. Eu acho que precisa ter um freio de arrumação aqui na Câmara.
‘Sob fogo’
Mais Brasil versus EUA, ontem.
O ‘Financial Times’ repercutiu artigo do Lancet, site britânico de medicina, que pôs ‘sob fogo’ as novas normas do governo Bush para projetos de pesquisa clínica com ‘experimentação humana’ -elas suspendem a Declaração de Helsinki, um ‘marco na ética’, de 64. O texto é assinado pelo pesquisador mineiro Dirceu Greco.’
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‘Mais Severino’, copyright Folha de S. Paulo, 30/03/05
‘‘Governo desiste’, deu a Globo, ontem à tarde, e repetiu na manchete do Jornal Nacional, à noite. O governo, afinal, ‘não tinha apoio nem dos deputados aliados’.
Na manchete da Folha Online, ‘por temer derrota histórica, governo desiste’. Foi o tom, da Record à CBN.
E foi Severino Cavalcanti quem ‘comemorou’, sempre ao seu estilo:
– O governo atendeu porque quem tem idéia fixa é doido.
Falou mais, na empolgação. Em reunião com os líderes, saiu dizendo, segundo o relato da Folha Online:
– Eu tenho levado cacete da imprensa, mas Severino tem costas para agüentar.
Falando na terceira pessoa, disse que Severino só não tem como responder às ‘notícias mentirosas, que acabam por atingir a instituição’.
Pelo menos ele dá sinais de que sabe que o Poder Legislativo -a democracia- vem sendo ‘atingido’.
O JN, registre-se, destacou uma longa reportagem ontem, com críticas à mesa da Câmara por não levar para plenário a cassação do deputado acusado de homicídio
Mas o mesmo JN abriu suas câmeras para o discurso em que Severino, à noite no plenário, se defendeu dos que o chamam de ‘perdulário’.
E Severino quer mais, sempre ao seu estilo.
Segundo o Blog do Colunista, ele agora mandou levantar uma lista de funcionários da Câmara, de parentes de jornalistas, para divulgar ‘um dia’.
A IDÉIA DE NAÇÃO
Para o enunciado do americano ‘Wall Street Journal’, foi ‘sinal de saúde’. A abertura da reportagem:
– Em outro marco na recuperação do Brasil, de saída da beira do colapso financeiro, o governo anunciou que não vai renovar com o FMI.
Para o britânico ‘Financial Times’, também ontem:
– A decisão do governo de esquerda do presidente Lula encerra quase sete anos de dependência do FMI e sublinha a recuperação marcante do Brasil, que saiu da beira do colapso de quase três anos atrás.
‘Le Monde’ e outros foram na mesma linha.
Do blog de Luiz Carlos Bresser-Pereira:
– A decisão é muito bem-vinda e confirma previsão que fiz. Aos poucos o Brasil recupera a idéia de nação.
NA ARGENTINA
O ‘Página 12’ deu manchete e foto para a decisão de Lula de não renovar com o FMI. Mas chamou de ‘golpe com vistas à reeleição’. Já o ‘Ámbito Financiero’, em manchete, falou em ‘admiração mundial porque Lula já pode prescindir do Fundo’. Néstor Kirchner, não
Paz armada
O ‘El País’ escancarou ontem o que os governos espanhol e brasileiro queriam, afinal, com a cúpula venezuelana:
– Zapatero e Lula selam paz de Colômbia e Venezuela para vender armas a Chávez.
A BBC acrescentou que os tais planos para a venda de armas ‘racharam a Espanha’.
Preocupação
O presidente George W. Bush, ao que parece, expressou toda a reprovação dos EUA à cúpula telefonando para Buenos Aires. Na manchete do ‘Clarín’:
– Bush transmitiu a Kirchner preocupação pela Venezuela.
Bush teria elogiado o ‘papel importante’ da Argentina para a paz na América do Sul.
QUEM DIRIA
Os blogs Filtro e Nomínimo Weblog espalhavam ontem que o ‘New York Times’, ‘quem diria’, deu reportagem descrevendo o Brasil, a partir do título, como ‘o maior e melhor amigo do software livre’. Do ‘NYT’, traduzido no UOL: ‘Agora o governo está prestes a levar a campanha às massas. E a Microsoft pode novamente terminar excluída.’’
OESP
INFANTILO Estado de S. Paulo
‘‘Estado’ abre mais espaço para as crianças no sábado’, copyright O Estado de S. Paulo, 2/04/05
A partir do próximo sábado, dia 9, O Estado de S. Paulo vai trazer inovações para o público infantil que também poderão atrair a atenção dos pais e outros leitores. É o início da veiculação da revista Gênios, criada pelo jornal argentino Clarín, onde faz sucesso há seis anos, e que passa a circular com o Estado todos os sábados.
Nas bancas, o custo da revista, vendida com o jornal, será de R$ 6,90. Os assinantes, por um adicional de R$ 26,90 ao mês, terão acesso à publicação e aos seus numerosos brindes, mais uma coleção de 10 clássicos infantis, em edição luxuosa e de capa dura.
Com o primeiro número de Gênios, os leitores vão poder mergulhar no mundo mágico de Júlio Verne, no clássico 20.000 Léguas Submarinas, de Júlio Verne. Todas as semanas, um novo clássico infanto-juvenil estará aguardando o público nas bancas ou sendo entregue nas residências aos assinantes.
São eles: A Ilha do Tesouro, As Aventuras de Robin Hood, Frankenstein, A Volta ao Mundo em 80 Dias, A Lenda do Rei Arthur, Robinson Crusoé, Heidi, Os Três Mosqueteiros e O Médico e o Monstro.
Além disso, a partir do primeiro número, os leitores começam a colecionar uma mapoteca, que tem o objetivo de ajudar a criança na escola e a desvendar a geografia do País e do mundo. No primeiro número, uma pasta em capa dura para guardar a coleção de mapas.
Mais: dez selos publicados na capa da publicação poderão ser trocados por um rádio portátil AM/FM, em cores vibrantes, que pode ser levado a qualquer lugar e ser também um companheiro nas jornadas esportivas.
Com a intenção de contribuir também para a pesquisa escolar, Gênios traz outra novidade: o encarte Escola Ilustrada, com reportagens sobre ciências naturais, história do Brasil, língua portuguesa e figurinhas escolares.
O diretor de Mercado Leitor do Grupo Estado, Antonio Hércules, está convencido de que Gênios será um aliado das crianças de 6 a 12 anos e também de seus pais, que poderão testar seus conhecimentos. Ele destaca a coleção de mapas, que começa com o Brasil Político, passa por Brasil Relevo, Brasil Bacias, Brasil Vegetação, Brasil Clima, Brasil Bacias Hidrográficas e chega às Américas e ao Planisfério Político.
Impressa com qualidade, Gênios terá textos leves e dinâmicos, capaz de interagir com o público leitor. ‘Não pretendemos substituir livros didáticos, mas sim oferecer um instrumento a mais para que a criança em idade escolar possa ter acesso a informações e lazer, de forma a complementar seus conhecimentos’, diz Hércules.
A idéia de Gênios é saciar a curiosidade infantil, oferecendo brindes educativos, que podem ser usados em trabalhos escolares. Além disso, a publicação trará um resumo das principais notícias de cinema, além dos filmes que estão estreando, as novidades em tecnologia e outros temas de interesse do do mundo infantil.
Os livros, por sua vez, têm o objetivo de estimular a criança a ler e a montar sua própria coleção, trazendo, todas as semanas, histórias que emocionaram e emocionam leitores de todo o mundo.
Os assinantes que fizerem uma assinatura à parte de Gênios até o dia 11 vão receber em casa, além dos livros, o rádio portátil já a partir do primeiro número. Dúvidas poderão ser respondidas pelos telefones 4001-6377 (na capital) e 0800-596-6377 (nas cidades do interior), de segunda a sexta-feira das 9 às 20 horas, e nos fins de semana e feriados das 9 às 14 horas.’
FSP
CONTESTADAPainel do Leitor, Folha de S. Paulo
‘Cartas de Leitores’, copyright Folha de S. Paulo
‘1/04/05
Gastos
‘O texto ‘Gastos do governo sofrem inchaço, afirma especialista’ (Dinheiro, 27/3) contém alguns erros de avaliação no que se refere ao número de novos servidores do governo Lula. Ao referir-se ao número de 114.158 funcionários como novos funcionários do governo Lula, o texto faz parecer que o governo teria contratado esse número de servidores, mas, na verdade, desse total de novos servidores da União registrados no ‘Boletim Estatístico de Pessoal’, temos o seguinte: 67 mil é o contingente formado por cerca de 37 mil pracinhas das três Forças incorporados durante o alistamento militar obrigatório e mais 30 mil recrutas do programa Soldado Cidadão. Esse é, portanto, um contingente temporário, que não irá integrar definitivamente a folha de pessoal; 48 mil ingressaram por concurso público no Poder Executivo civil, dos quais 23 mil são efetivos, sendo 7.220 em 2003 e 16.122 em 2004 e 25 mil são temporários (contratados por processo de seleção simplificada, sendo 13.648 em 2003 e 11.107 em 2004); 6.500 são servidores dos outros Poderes, sobre os quais o Poder Executivo não tem nenhuma ingerência, não podendo, portanto, ser computados como do governo Lula. Esse total soma 122 mil servidores, dos quais devem ser retirados 8.000 servidores do Serpro que, desde 2004, não integram mais a folha de pessoal do Siape -Sistema de Administração de Pessoal-, chegando-se assim ao total de 114 mil. Assim, não existe ‘inchaço’ na folha de pagamentos da União, e os aumentos registrados são claramente justificados.’ Carlos Alberto Azevedo, chefe da assessoria de comunicação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (Brasília, DF)
Nota da Redação – O texto publicado pela Folha era uma entrevista com Nelson Marconi, professor da FGV-SP (Fundação Getúlio Vargas) e da PUC-SP, e referia-se a estudo feito por ele com base nos dados obtidos no ‘Boletim Estatístico de Pessoal’ de janeiro, publicado pelo Ministério do Planejamento.
31/03/05
Gastos
‘A propósito da reportagem ‘Governo gasta mais com carro oficial, e servidor dribla regras’ (Brasil, pág. A4, 26/3), o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão esclarece que os gastos do governo com combustíveis em 2004 realmente atingiram a cifra de R$ 254,8 milhões, entretanto as maiores variações verificadas no período analisado se deram na área de defesa nacional, que respondeu por quase 70% da variação verificada entre 2002 e 2004. Essa elevação é justificada pelo emprego das Forças Armadas em operações conjuntas de manutenção da paz e segurança pública no país e pelo seu envolvimento em operações internacionais de paz, tanto no Timor Leste como no Haiti. Também no caso de aquisição de veículos, o aumento verificado foi relativo à compra de veículos com tração mecânica -e 75% do total se deu nos ministérios da Defesa e da Saúde, que tiveram como finalidade principal equipar as Forças Armadas para o exercício das já citadas operações e, na Saúde, a aquisição de ambulâncias para atendimento médico de urgência (Samu). Assim, o aumento dos gastos com combustíveis e com a aquisição de veículos verificado em 2004 não se refere, como faz entender a reportagem da Folha, aos carros oficiais para uso de servidores e dirigentes dos órgãos da administração pública federal, mas à elevação do nível de serviços prestados à sociedade.’ Carlos Alberto Azevedo, chefe da Assessoria de Comunicação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (Brasília, DF)
‘Li o texto ‘Governo gasta mais com carro oficial, e servidor dribla regras’, assinada por Julia Duailibi e Lula Marques. Não vou entrar no mérito da reportagem, mas não posso concordar com o trecho em que os jornalistas afirmam que ‘o ministro das Comunicações, Eunício Oliveira (PMDB-CE), usa um carro do modelo Corolla, de placa branca, sem identificação’. Garanto que o ministro Eunício Oliveira não usa carro oficial com placa branca sem identificação. Quando está a serviço, o ministro usa o carro oficial, modelo Corolla, com placa de bronze verde e amarela. Os carros oficiais de ministros de Estado não utilizam identificação nas laterais, conforme se extrai da Instrução Normativa nº 9 do Ministério da Administração e Reforma do Estado (Mare). Como expliquei à jornalista, quando me consultou a respeito do assunto por e-mail no dia 28/1, o carro oficial do ministro das Comunicações tem uma placa branca (JFP 6956) que é a original do veículo, fornecida pelo Detran. Sobre a placa oficial, é anexada a de bronze, que é retirada eventualmente quando o carro é levado à oficina para as revisões mecânicas ou para troca de óleo. A placa de bronze só é retirada nessas circunstâncias e, portanto, em caráter excepcional. Creio até que os jornalistas, profissionais de elevada credibilidade, não tiveram espaço suficiente para prestar todas as informações apuradas sobre o tema. Ao resumir o texto, este acabou incompleto. O que foi publicado, infelizmente, não espelha a realidade dos fatos.’ Jorge Rosa, chefe da assessoria de comunicação social do Ministério das Comunicações (Brasília, DF)
Resposta dos jornalistas Julia Duailibi e Lula Marques – As fotos do carro do ministro foram tiradas em duas circunstâncias distintas (Congresso e estacionamento do Ministério das Comunicações). Em nenhuma das duas, o carro, sem a placa de bronze oficial, estava indo para a oficina.
30/03/05
Bolshoi
‘Em relação à nota ‘Pas-de-deux’, publicada na seção ‘Painel’ (Brasil, pág. A4) em 27/3, informamos que não declinamos da presidência e da relatoria da CPI do Balé Bolshoi, pois a oposição tem apenas três dos sete membros que formam a comissão. Portanto nós, deputados Paulo Eccel e Dionei Walter da Silva, somos minoria, bem como um terceiro parlamentar, e não teríamos poder para pleitear os respectivos cargos. Observamos ainda que a bancada estadual faz oposição ao governador Luiz Henrique da Silveira.’ Paulo Eccel, deputado estadual, líder do PT na Assembléia Legislativa de SC (Florianópolis, SC)
Resposta do jornalista Frederico Vasconcelos – Membros da comissão confirmaram que a oposição aceitou que a presidência e a relatoria ficassem com parlamentares da base do governo para viabilizar a CPI da Sapatilha.’