Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Colunista morta nas Filipinas

A Polícia Nacional Filipina criou uma força-tarefa especial para investigar o assassinato da colunista Marlene Ezperat, morta a tiros na frente de sua filha de 10 anos, há duas semanas. Marlene, que trabalhava para o jornal semanal Midland Review, havia iniciado uma verdadeira cruzada contra a corrupção no país. Aos 45 anos, ela era conhecida por textos recheados de comentários mordazes. Marlene é a terceira jornalista assassinada nas Filipinas apenas este ano. Em 2004, 13 profissionais foram mortos por causa do trabalho que exerciam, fazendo do país um dos lugares mais perigosos para a imprensa. A decisão de formar a força-tarefa foi anunciada após pressões feitas pela organização Repórteres Sem Fronteiras. Informações de Kerala News [28/3/05].



Médico confirma tortura de fotógrafa

O ex-médico militar iraniano Shahram Azam revelou que examinou o corpo da fotojornalista canadense Zahra Kazemi, pouco depois de ser morta em junho de 2003, e que tinha ferimentos que indicam que foi torturada e estuprada. Ela foi presa ao tirar fotos perto de uma penitenciária. Interrogada por diversas vezes na prisão, Zahra foi transferida inconsciente para um hospital, onde Azam a examinou. Segundo ele, a jornalista – que morreu dias depois, de hemorragia cerebral – tinha o crânio fraturado, dois dedos quebrados, unhas arrancadas, um dedo do pé e o nariz esmagados. Informa a AP [1/04/05] que também havia arranhões no pescoço e marcas de açoitamento nas pernas e nas costas. Por ser homem, o médico não pôde ver os órgãos genitais de Zahra, mas uma enfermeira que o fez lhe contou que tinham ‘danos brutais’. Autoridades iranianas já admitiram diversas vezes que a canadense de origem iraniana foi morta pela polícia, mas a explicação oficial segue sendo que ela bateu a cabeça ao desmaiar quando fazia greve de fome na prisão.