Sunday, 22 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

Jornal veta anúncio anti-monarquia

O editor Paul Dacre, do britânico Daily Mail, proibiu a publicação de um anúncio publicitário de um grupo anti-monarquia nas páginas do jornal, informa Stephen Brook [The Guardian, 6/4/05]. O anúncio continha uma caricatura do príncipe Charles e de Camilla Parker Bowles e pedia o apoio da população para a instalação do regime republicano, sob o título ‘É hora de pôr fim à farsa real’.

O Daily Mail não tem lá demonstrado muito carinho pelo novo casal real, mas seu editor chegou à conclusão de que o anúncio era um exagero. Stephen Haseler, presidente do grupo anti-monarquia Republic, responsável pela peça publicitária, afirmou que não entendeu por que ela foi rejeitada por Dacre. ‘O anúncio simplesmente chama o público para um debate sobre o futuro da monarquia’, defendeu.

O texto do anúncio – que foi publicado, na semana passada, nos jornais The Daily Herald, Guardian, Independent e Scotsman – afirma que ‘A população britânica está profundamente preocupada com a perspectiva de se ter o rei Charles e a rainha Camilla. Ela quer poder escolher, o que só é possível em uma república. Se você acredita que o cargo de chefe-de-estado é muito importante para ser definido por uma loteria genética, apóie a campanha por um chefe-de-estado eleito’.

O grupo Republic afirma que o número de membros dispostos a participar desta campanha cresceu consideravelmente nos últimos três meses.



Charles e Witchell: não é nada pessoal

Um amigo do príncipe Charles explicou ao jornal The Independent [3/4/05] o porquê de ele ter dito, durante uma sessão oficial de fotos com os filhos, que não suportava o correspondente Nicholas Witchell, da BBC, e de ter dito que ele era ‘horrível’. Segundo a fonte do jornal, Charles vê a BBC como ‘um exemplo de tudo o que ele não gosta, estatizante e esquerdista’. Para Witchell, um conforto: o príncipe, segundo seu amigo, nunca gostou de nenhum correspondente da emissora.



Repórter dribla segurança de Windsor

A polícia britânica abriu um inquérito para apurar como o repórter Alex Peake, do tablóide The Sun, conseguiu furar a segurança do palácio de Windsor, informa a Reuters [6/4/05]. Peake contou, em artigo no jornal, que, a poucos dias do casamento do príncipe Charles, conseguiu se fazer passar por entregador e chegou próximo aos aposentos da rainha Elisabeth com uma caixa onde aparecia escrita a palavra ‘bomba’. ‘Foi absurdamente fácil’, disse ele, que convenceu os seguranças do palácio a deixá-lo entrar junto com o fotógrafo do jornal. ‘Só precisei de uma van alugada, duas roupas de entregadores e uma nota falsa de entrega’, completa.