Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Parlamentares iranianos expulsam repórter

Parlamentares conservadores iranianos decidiram proibir que a jornalista Massih Ali-Nejad continue trabalhando no congresso após publicar uma série de artigos denunciando os altos salários e valores recebidos de organizações por fora. Os congressistas se elegeram com um discurso antimaterialista e promessas de reduzirem seus salários. Mas a repórter provou que, na verdade, seus contra-cheques só vinham crescendo. Como noticia a BBC [6/4/05], a reação dos políticos foi raivosa. Acusando a jornalista de ter roubado os documentos que comprovam seus vencimentos, eles a proibiram de entrar no parlamento. Um representante dos oposicionistas pró-reforma respondeu à ação anunciando que havia entregue os papéis a Massih para denunciar a hipocrisia de seus oponentes políticos. Outros jornalistas iranianos reclamaram da atitude dos parlamentares, alegando que se trata de censura.



ONGs alertam para riscos no Brasil

As organizações internacionais Repórteres Sem Fronteiras [5/4] e Comitê de Proteção para os Jornalistas [8/4] destacaram, na semana passada, os perigos do exercício do jornalismo no Brasil. As duas publicaram artigos sobre o ataque sofrido há três semanas pelo jornalista Maurício Melato Barth, em Itapema, Santa Catarina. Proprietário e editor do jornal local Infobairros, Barth vinha recebendo ameaças. Ele foi surpreendido por dois homens mascarados quando voltava para casa, na noite de 23/3, e foi ferido por tiros nas pernas. O jornalista costumava denunciar, em sua publicação, a corrupção de autoridades da cidade. Agora, Barth se recupera escondido com sua família. Segundo o CPJ, o Brasil continua a ser um ‘lugar de risco para jornalistas, que são comumente ameaçados por políticos corruptos, criminosos e traficantes de drogas’. Quatro jornalistas foram assassinados no país por causa de seu trabalho nos últimos cinco anos.