‘O Brasil desbancou os Estados Unidos e conseguiu o primeiro lugar em número de Leões na categoria de anúncios para a internet no 51 Festival Internacional de Publicidade de Cannes. Foram 23: cinco de ouro, dez de prata e oito de bronze. O país ficou ainda em quarto lugar na categoria mídia impressa e outdoor, com três Leões de ouro, um de prata e seis de bronze. O anúncio foi feito ontem no badalado balneário francês.
Com os prêmios que já haviam sido anunciados em Cannes, a propaganda brasileira soma 36 Leões este ano. Além dos 23 Cyber Lions e dos dez obtidos na categoria impressa, houve um prêmio no Media Lions e dois no Lions Direct. Em 2003, o Brasil tinha saído do festival com 33 Leões.
As agências premiadas com o Leão de Ouro na categoria internet este ano foram a OgilvyOne – que levou dois prêmios -, a F/Nazca, a Publicis Salles e a AgenciaClick. Na categoria de propaganda para impressos, a Almap/BBDO levou dois Leões de Ouro e a Leo Burnett, um.
A categoria Media Lions não tem separação por ouro, prata e bronze e premia iniciativas diferenciadas. A Almap/BBDO foi uma das premiadas na categoria, com o material ‘Rede Coqueiro está no ar’, feito para o cliente Quaker. A agência veiculou em diversas emissoras de TV, simultaneamente, anúncios da marca de enlatados Coqueiro. O festival deu a uma agência chilena, a OMD Santiago, o prêmio principal da categoria, por um anúncio para a cerveja Cristal. No Lions Direct, que premia o marketing direto, a agência Salem levou Leão de Ouro.
Os brasileiros Cassio Zannatta, da Almap/BBDO, Paulo Sanna, da Ogilvy, e Ricardo Pomeranz, da Rapp Collins, foram os representantes do país nos júris de ontem.
Os vencedores de mídia eletrônica – anúncios para TV e cinema – serão anunciados na manhã de sábado. À noite, na festa de encerramento, serão divulgados os Grand Prix do festival. O brasileiro Sérgio Valente (DM9DDB) faz parte do júri. Este ano, o número total de inscrições para o festival cresceu 11,5%.’
O Estado de S. Paulo
‘Lagardère é o ‘Homem de Mídia do Ano’’, copyright O Estado de S. Paulo, 25/06/04
‘O presidente do Grupo Lagardère, Arnaud Lagardère, de 43 anos, conquistou ontem o prêmio de Homem de Mídia do Ano do 51.ª Festival Internacional de Publicidade de Cannes. O presidente do festival, Roger Hatchuel, justificou a escolha ao descrever a presença global do grupo com suas publicações, Hoje, o Grupo Lagardère está presente em 36 países, com publicações como Elle e Marie Claire, resultado de acordos de licenciameno com outras empresas de comunicação. Além de revistas e jornais, o grupo também atua, na Europa, com emissoras de televisão (Europe 1 e Europe 2) e de rádio.
Num ano considerado fraco em verbas publicitárias, especialmente para impressos, Lagardère aproveitou a premiação no Palais des Festivals de Cannes para alertar publicitários para a importância desses meios de comunicação, que levam informação e entretenimento aos leitores e são canais importantes na oferta de produtos e serviços, com credibilidade. ‘Anunciem mais’, pediu ele aos publicitários.
Com 232 títulos impressos, Lagardère se destacou este ano, segundo a organização do festival, por ter focado suas ações em mídia, preservando a credibilidade dos veículos e ao mesmo tempo oferecendo inovações ao mercado anunciante. Resultado: conquistou mais de 130 mil páginas de anúncios em mais de 1 bilhão de exemplares.
No ano passado, o leão de Homem de Mídia do Ano foi para Summer Redstone, presidente do Grupo Viacom, que apresentou no festival o caso de sucesso do canal Nickleodeon, voltado para o público infantil. Em 2001, foi a vez de Gerald Levin, presidente do Grupo AOL Tim Warner, subir ao palco do Palais após concluir várias aquisições e ampliar os domínios globais do grupo.
Em 2000, o premiado foi o francês Jean-Claude Decaux, controlador da JCDecaux, empresa de mídia exterior também presente no Brasil. Em 1999, o premiado com o leão de Homem de Mídia do Ano foi o atual primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi.
Para Lagardère, a premiação em Cannes funciona como estímulo para a inovação dos meios de comunicação.’
INTERNET / ORKUT
‘Brasil ‘conquista’ o Orkut, site internacional de amizades’, copyright O Estado de S. Paulo, 24/06/04
‘Houve ontem uma disputa inédita entre Brasil e Estados Unidos. À tarde, os brasileiros superaram os americanos em número de integrantes do Orkut, uma rede de amizades na internet com mais de meio milhão de pessoas. Pouco antes das 20 horas, o Brasil representava 30,65% dos integrantes; os EUA, 30,12%.
O placar oscilou durante o dia e os americanos chegaram a recuperar o primeiro lugar no fim da tarde.
Há um mês, os brasileiros não chegavam a 20% e os americanos eram quase 40%.
E não basta entrar em www.orkut.com para fazer parte do grupo: é preciso ser convidado por algum integrante.
Comunidades já foram criadas para discutir e reclamar dos brasileiros. Com 1.432 membros, a WTF, A Crazy Brazilian Invasion? (‘Que diabos, uma louca invasão brasileira?’) aborda questões como o uso do português nas comunidades, o que irrita os estrangeiros. No fórum, Pedro Henrique anunciava a conquista: ‘Invasão completada. Missão cumprida.’
Já na comunidade Orkut Statistics, a sul-africana Mariëtte Olwagen escreveu que não fala português e brincou sobre a supremacia brasileira: ‘Parece que em breve teremos de ter aulas para poder sobreviver no Orkut’.’