O que será que o Sr. Clóvis Rossi quis dizer com a seguinte frase, em artigo (‘Apenas um pobre show’, 6/7/04) em que comenta, em tom de crítica, as posturas de alguns candidatos à Prefeitura de São Paulo?
‘Às vezes, gostaria de ter o habeas corpus do psicólogo norte-americano Justin Frank para dizer sobre tantos políticos brasileiros o que ele disse sobre George W. Bush, em livro e em entrevista à Folha‘.
Como não entendi, fiquei imaginando as possíveis explicações:
1)
Só os norte-americanos podem externar suas opiniões.2)
A censura no Brasil continua firme e rígida.3)
O pessoal (patrões, políticos, elite etc.) lá de cima poderia não gostar.4)
Perderia o emprego (Alberto Dines e Jorge Kajuru).5)
Não quer transmitir aos leitores (eleitores) assuntos que eles não precisam saber.6)
A Folha não tem advogados.A explicação pode ser nenhuma das anteriores, ser alguma delas ou todas elas. Mas a minha mensagem demonstra, de qualquer forma, que a frase me deixou preocupado e desiludido, principalmente pelo ‘Às vezes’ em que a frase começa. Pois parece que, na maioria das vezes, ele não gosta de dizer o que pensa e sabe.
Orlando Fongaro
No mínimo, imprecisos
A maioria dos jornais informa questões desnecessárias ou, no mínimo, imprecisas. Estas pesquisas podem até ser benéficas caso sejam organizadas a fim que um leitor leigo em estatística possa entender e tirar suas próprias conclusões. Como o Luiz Weis afirma no texto, realmente, tanto o leitor quanto o jornal perdem.
Claudioneide Silva Soares, estudante, Maceió
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CONCENTRAÇÃO DA MÍDIA
Parabenizo o autor da matéria pelo ‘relatório’ da caminhada político-econômica da imprensa no país mais poderoso do mundo. No mais, no Brasil, em particular na Bahia, gostaria de ver leis efetivas sobre a mídia corporatizada. Aqui na terra de todos os santos seria preciso uma guerra judicial para fazer recuar o império midiático do Sr. Antonio Carlos Magalhães, mas a luta é válida.
George Brito, estudante de Jornalismo, Salvador
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Engraçados, vocês!
Engraçados, vocês, jornalistas! Até parece que essa tal concentração da imprensa é furo de reportagem, e só acontece na França. Assim sempre foi e será, às vezes nas mãos de vários representantes do poder e outras (como neste caso) nas mãos de um único imperador. Para nós, para a sociedade, faz pouca ou nenhuma diferença. Informação é arma e a imprensa/mídia continuará sendo partilhada entre os eternos donos do poder. E daqui para a frente só se espera o pior. Muitos outros Dines ou Kajurus virão (ou irão) até que o poder econômico e político tire o pé e a mão das redações.
Ou jornalistas ‘de bem’ começam uma grande revolução e expõem as entranhas desse não tão imaculado poder ou este desintegrar-se-á antes dos demais pod(e)res. É fácil falar sobre a necessidade de reformas profundas e vigilância sobre o Poder Judiciário, Executivo ou Legislativo, mas que ninguém ouse em falar sobre alguma forma de controle social da mídia que logo a histeria corporativista ocupa todos os espaços para se defender e esconder. E assim seguimos…
Thogo Lemos dos Santos, médico, Uberlândia, MG