O Supremo Tribunal do Colorado, nos EUA, determinou na semana passada que a imprensa não tem o direito de publicar detalhes do julgamento a portas fechadas do jogador de basquete Kobe Bryant, acusado de estupro. A estrela do Los Angeles Lakers, de 25 anos, declarou-se inocente da acusação de que teria estuprado uma mulher em seu quarto de hotel, em junho do ano passado. Bryant afirma que manteve relação sexual consensual com ela. Se condenado, ele poderá ficar preso por quatro anos ou em liberdade condicional por 20 anos, além de pagar uma multa de US$ 750 mil.
A ordem contra a imprensa envolve as transcrições de dois dias de uma audiência do mês passado que foram acidentalmente enviadas por e-mail por um assessor do tribunal para sete organizações de mídia, incluindo a Associated Press. O juiz responsável pelo caso imediatamente ordenou que nenhuma das organizações de mídia divulgasse as informações contidas no e-mail acidental. Nenhuma delas o fez, mas todas apelaram da decisão.
O tribunal concordou que a medida do juiz restringia a liberdade de imprensa, mas considerou que ela era necessária no contexto do julgamento de Bryant. ‘Estas audiências devem proteger a privacidade da vítima de estupro e encorajar que vítimas denunciem abusos sexuais’, justificou o Superior Tribunal, segundo o qual julgamentos de casos de estupro devem ser mantidos confidenciais para terem resultados efetivos. Steven K. Paulson [AP, 19/7/04].