Sunday, 22 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

Daniel Hessel Teich

‘Desde os tempos de ouro da internet, no fim dos anos 90, o mundo das empresas pontocom não vivia tamanha agitação quanto na semana passada. O motivo é o preço estimado das ações do serviço de busca Google, que devem ser postas à venda a partir da próxima semana. A empresa californiana avaliou que seus papéis valem entre US$ 108 e US$ 135 cada um, preço que assombrou os especialistas do mercado de ações, acostumados a valores que raramente passam os dois dígitos. Caso confirmado, o preço das ações pode conferir ao Google um valor de mercado de US$ 36 bilhões. Muitos analistas comemoraram os números como um símbolo de solidez dos negócios da internet.

Outros encararam o fenômeno com desconfiança. Para eles, o valor das ações do Google está inflado e é um sinal de que o furor especulativo que deu origem à bolha da internet ainda está bem vivo.

O que mais inspira receio nos analistas é a forma como os executivos do Google fizeram seus cálculos. Otimistas, eles estabeleceram os valores de suas ações entre 150 e 187 vezes o montante dos lucros no último ano. A média histórica no mercado de capitais é que a relação entre preço e lucros fique em torno de 20 vezes. Se tudo ocorrer conforme os planos dos donos do Google, Sergey Brin e Larry Page, o serviço de busca valerá US$ 10 bilhões a mais que a gigantesca General Motors, maior montadora de carros do mundo, com fábricas em 32 países e que no ano passado vendeu 8,6 milhões de veículos. Será mais valioso também que a Ford – de US$ 27 bilhões – e o McDonald’s – de US$ 33 bilhões. ‘É só olhar para os números e perceber que eles estão um tanto quanto inflados, para se dizer o mínimo’, disse em entrevista ao jornal The Washington Post o consultor Tom Taulli, um dos maiores especialistas em lançamento de ações.

O Google, de fato, é um dos grandes negócios da internet. Fundado em 1998, tem o sistema de busca mais inovador e eficiente da rede. Seu site é acessado por 82 milhões de visitantes por mês e tem uma base de busca de mais de quatro bilhões de páginas. A empresa lucrou US$ 143 milhões nos primeiros seis meses do ano, contra US$ 58 milhões no mesmo período do ano passado. A grande fonte de renda do Google é a publicidade, exibida discretamente na lateral da página cada vez que um usuário faz uma busca. As vendas da empresa saltaram de US$ 560 milhões no primeiro semestre de 2003 para US$ 1,4 bilhão no primeiro semestre de 2004.

Ao todo serão vendidas 24,6 milhões de ações do Google, sendo que 10,4 milhões delas estão nas mãos dos acionistas atuais. Os dois criadores do Google venderão 2,5% de suas ações e, se o preço alcançar suas expectativas, lucrarão US$ 130 milhões cada um. O principal executivo do Google, Eric Schmidt, venderá 5% de suas ações e embolsará 100 milhões de dólares.

As tecnologias de busca são um segmento de grande visibilidade na internet.

Com o crescimento da rede, as pessoas precisam cada vez mais de ferramentas para navegar entre bilhões de páginas nos mais diversos idiomas. ‘Isso acaba sendo levado em conta na hora de calcular o valor do Google’, explica Marcelo Coutinho diretor de serviços e análises do Ibope/ NetRatings. O principal concorrente do Google, o site de busca Yahoo!, um dos grandes sobreviventes da bolha da internet, tem seu valor de mercado cotado em US$ 38 bilhões.

O número de usuários da rede também ajuda na composição dessa equação.

Calcula-se que atualmente, apenas nos Estados Unidos, 186 milhões de pessoas usem a internet, ou 64% da população. No Brasil, são 20,4 milhões, ou 11%.

Todas elas, em algum momento, se valem de um mecanismo de busca para encontrar a página que desejam. ‘É um serviço cada vez mais necessário e que atrai cada vez mais a atenção de anunciantes’, diz Coutinho.

Num processo de lançamento de ações, como o do Google, o que se leva em conta é a expectativa de lucro que a empresa oferece, bem como as suas chances de crescimento a longo prazo. De certa forma, esse raciocínio explica porque um site de busca criado por dois jovens universitários e com menos de 2 mil empregados vale mais que uma fábrica de carros centenária.

‘As chances de um carro se transformar em negócio revolucionário é mínima. O carro foi uma grande revolução nos tempos do Ford T. Com a tecnologia de busca já é diferente’, explica Coutinho.

Para o diretor do Ibope/NetRatings, o que acontece hoje com o Google reflete o que já aconteceu no passado com outras tecnologias revolucionárias, como o telégrafo, no fim do século XIX. Em 1858, o americano Cyrus Field colocou à venda ações de sua empresa Atlantic Telegraph Company para a construção de um cabo telegráfico ligando a Europa aos Estados Unidos. ‘Foi um marco, ninguém havia visto tamanha euforia com ações antes. Era um negócio revolucionário, uma aposta no futuro’, conta Coutinho. O mesmo aconteceu décadas mais tarde com as empresas de rádio. ‘Isso não implica que haja um grande componente especulativo nesse tipo de lançamento de ação.’

Desde 2003, o lançamento das ações do Google é aguardado com grande ansiedade. Recentemente, uma reportagem da revista Wired, feita no Vale do Silício, o berço da internet, apontou que um grande número de carros na região trazia um adesivo no pára-choque com o seguinte bordão: ‘Apenas nos dêem uma outra bolha’ (Just give us one more bubble, em inglês). É uma piada que mostra o grau de expectativa que existe em torno de uma possível recuperação do mercado de tecnologia. Lançamentos de ações como o do Google, as chamadas ofertas públicas iniciais (IPOs), foram uma febre no fim da década de 90. Era uma época de dinheiro fácil e fascínio absoluto pela tecnologia. Também era uma época de absoluto desconhecimento sobre as reais possibilidades da internet. ‘As apostas eram mirabolantes, sem sustentação nenhuma. O fluxo de caixa dessas empresas era completamente doido, com geração de receita calcada em planos completamente absurdos’, diz Sérgio Zamora, diretor de Tecnologia, Informação, Comunicação e Entretenimento da consultoria PricewaterhouseCoopers.

Em pouco tempo, criou-se uma legião de milionários que faturavam alto com a negociação das ações de empresas recém-saídas das garagens de seus criadores. A maioria dessas empresas não tinham solidez nenhuma e naufragou, arrastando junto seus investidores. Muitas fecharam as portas ou viram os preços de suas ações despencarem de US$ 40 para US$ 0,40. Outras deixaram de ser listadas porque passavam muito tempo sem qualquer movimentação. A bolsa de valores para empresas de tecnologia dos Estados Unidos, a Nasdaq, nunca se recuperou plenamente do golpe e, esse ano, enfrenta uma queda de 7,7%.

Nesse sentido, o sucesso da venda das ações do Google pode significar uma nova chance para todas essas empresas.

Os números da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos ( Securities and Exchange Commission) mostram o quanto é significativa a expectativa em torno do lançamento das ações. No primeiro semestre, duas dezenas de empresas ligadas à internet se inscreveram para lançar ações no mercado. É o maior número de inscrições desde o ano 2000, quando a bolha explodiu. Isso não significa que todas elas sejam iniciativas puramente especulativas. ‘Pode-se comparar o fenômeno em torno do Google com o colesterol’, compara Daniel Domeneghetti, diretor de estratégia da consultoria E-consulting. ‘De um lado tem o colesterol bom, com empresas saudáveis e lucrativas que sobreviveram e são valorizadas porque são eficientes e, de outro, tem o colesterol ruim, com os especuladores que vêem uma chance de recuperar o que perderam’.

Os analistas avaliam que um tombo semelhante ao de 2000 não aconterá nunca mais e as chances de ocorrer uma bolha especulativa semelhante à da virada do milênio são ínfimas. ‘O que pode acontecer é se gerar uma espécie de espuma em torno do lançamento do Google, um burburinho de empresas menos consistentes que podem não levar a nada’, diz Domeneghetti. Os investidores estão mais experientes e dificilmente vão embarcar em qualquer proposta.

Um sinal de que não é tão fácil assim convencer os compradores de ações pôde ser percebido no ano passado. O site Orbitz, especializado em viagens, não teve bom desempenho em seu lançamento. O mesmo aconteceu com outro site, o Saleforce.com. ‘É preciso antes de mais nada ter um bom produto, um bom plano de negócios e principalmente pé no chão’, diz Zamora.

Mas a internet é um terreno volátil por excelência e mesmo serviços aparentemente sólidos, de uma hora para a outra demonstram sua fragilidade.

No mesmo dia em que o Google anunciou os valores estratosféricos de suas ações, um vírus chamado My Doom atingiu o serviço e o deixou fora do ar por várias horas. A praga eletrônica se propagou depois para os concorrentes Yahoo, Lycos e Altavista.’

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‘Veteranos da internet crescem com mais saúde’, copyright O Estado de S. Paulo, 1/08/04

‘Um grupo de titãs da internet aguarda pela chegada do Google entre as empresas mais valiosas do planeta. São empresas que fazem parte da primeira geração de pontocom a chegar na bolsa e fizeram seus lançamentos de ações quando os negócios on line eram uma febre. São empresas que sobreviveram a todos os solavancos que o mercado de ações passou nos últimos anos.

A maior de todas é o site de leilões EBay, um sucesso nos Estados Unidos e na Europa, que faturou US$ 2,2 bilhões em 2003. O site criado em 1995 é uma plataforma virtual onde todo mundo pode vender qualquer coisa. Uma boa idéia com preço de mercado de US$ 48,8 bilhões de dólares. Outras veteranos são ícones da internet: a livraria virtual Amazon, que faturou 5,3 bilhões de dólares e vale US$ 15 bilhões, e o site de busca e grande rival do Google, o Yahoo!, de US$ 38 bilhões, com faturamento de 1,6 bilhão no ano passado.

As três empresas representam o que os especialista consideram o lado saudável da internet. São bons negócios bem administrados que tiram proveito do crescimento da rede. ‘A internet não tem mais aquele crescimento alucinante de 75% ao ano que apresentava em 1999. Esse valor está hoje na faixa dos 17% ao ano e vai se manter assim até 2008. Apesar de ser mais baixo, é bastante sólido e consistente’, avalia Sergio Zamora, diretor da PricewaterhouseCoopers, consultoria que acaba de concluir o relatório Global Entertainment and Media Outlook: 2004 – 2008, em que avalia o potencial do mercado de internet para os próximos quatro anos.

As estimativas da PricewaterhouseCoopers apontam que as receitas provenientes do mercado mundial de internet aumentarão de US$ 122 bilhões em 2004 para US$ 224 bilhões em 2008, um aumento composto de 16,8% ao ano. O principal responsável por esse crescimento é a popularização dos serviços de banda larga nos Estados Unidos, Europa e Ásia. ‘A banda larga é a grande onda da internet no mundo, à exceção da América Latina’, diz Zamora. Segundo ele, desfrutar este serviço ainda é muito caro para os latino-americanos e o continente ainda não conta com infra-estrutura suficiente para a sua prestação em larga escala.

Por aqui, a principal conexão de internet continuará sendo a discada. Isso não significa que a internet permanecerá estagnada. O crescimento será até maior que a média mundial. O relatório aponta que, na América Latina, a receita saltará de US$ 2,6 bilhões esse ano para US$ 6,2 bilhões em 2008, um crescimento composto de 24% ao ano. No Brasil, crescerá de US$ 700 milhões para US$ 1,6 bilhão, ou 21% ao ano.’



Robson Pereira

‘Como manipular respostas no Google’, copyright O Estado de S. Paulo, 28/07/04

‘Entre no serviço de buscas mais popular em toda a internet e procure por ‘weapons of mass destruction’, assim mesmo com aspas. Repare que a página de resultados apresentará mais de 1,7 milhão de endereços onde a expressão pode ser encontrada. Ignore todos, com exceção do primeiro, e divirta-se com o texto que será exibido.

Depois, repita a operação com ‘miserable failure’ (expressão cunhada pelos democratas para definir a administração republicana) ou ‘wafles’ (um termo freqüentemente atribuído pelos republicanos ao candidato democrata). No topo da lista, aparecerão, respectivamente, a biografia oficial de George W. Bush e o site de campanha de John Kerry.

Situações como essas poderiam ser facilmente interpretadas como exemplos da imaginação criativa de pichadores digitais ou mais uma ‘pegadinha’ entre tantas outras que existem por aí. Mas é bem mais do que isso. Trata-se de um movimento apropriadamente batizado como ‘Google bombing’, algo que pode ser entendido como ‘bombardeando o Google’. É a polêmica do momento na internet.

O primeiro ‘ataque’ ao serviço responsável por um bilhão de consultas a cada semana ocorreu há três anos, quando um certo Adam Mathes decidiu mostrar como era possível influenciar os resultados apresentados pelos serviços de buscas. Mathes precisou de apenas um mês para colocar a página pessoal de um amigo como o endereço mais popular da web, segundo os critérios adotados pelo Google. Orgulhoso, fez questão de publicar a receita (http://uber.nu/2001/04/06/) e se tornou, ele próprio, um sujeito bastante popular na internet.

Muita gente aproveitou e até aperfeiçoou as dicas, mas as conseqüências mais sérias sobre a manipulação de resultados nas buscas realizadas com o auxílio do Google só começaram a aparecer recentemente. Primeiro, com as brincadeiras envolvendo os dois candidatos às eleições de outubro nos Estados Unidos. E mais recentemente com a batalha virtual travada pela comunidade judaica contra vários grupos racistas espalhados pela internet.

Até meados de abril, o endereço JewWatch.com, um ponto de encontro virtual de ativistas anti-semitas, ocupava a primeira posição no ranking de buscas do Google sempre que alguém, em algum lugar do mundo, digitava a palavra jew (leia mais em www.removejewwatch.com).

O contra-ataque veio na mesma velocidade e com a mesma fórmula descoberta três anos antes. Daniel Sieradski, editor da Jew School, um endereço voltado para a discussão de temas relacionados à cultura judaica, liderou um movimento que reuniu centenas de sites e blogs que passaram a utilizar a palavra jew sempre acompanhada de um link para a Wikipedia, uma enciclopédia aberta, acima de quaisquer suspeitas. Deu certo, os lunáticos da tal JewWatch foram derrubados da liderança do ranking de respostas do Google, mas a polêmica está longe do fim.

Curiosamente, casos como esses são possíveis graças à complexa tecnologia utilizada pelo Google, capaz de atuar com precisão cirúrgica sobre bilhões de páginas indexadas diariamente. Quando alguém procura alguma coisa no Google, o sistema classifica os resultados não apenas de acordo com o conteúdo existente em uma determinada página, mas também pela quantidade de sites diretamente relacionados à palavra ou expressão que se pretende localizar. Também conta – e muito – a forma como os links são incluídos na página.

Com isso, o Google consegue apresentar resultados classificados por ordem de importância, fazendo com que, quase sempre, o endereço buscado esteja no topo da página. Se um conjunto de sites utilizar, por exemplo, a expressão ‘cadeira de balanço’, sempre com link para um mesmo endereço, não importa qual, é este endereço que aparecerá nas primeiras posições da página de resposta.

Significa que uma ação coordenada, como várias das que estão em curso nas últimas semanas, pode interferir de forma significativa nas respostas oferecidas pelo Google e possivelmente por outras ferramentas de buscas.

A prática do ‘Google bombing’ não é ilegal, é bom que se diga, mas contribui para disseminar uma certa confusão na cabeça de muita gente, principalmente diante da infinidade de rankings (sobre popularidade ou audiência na internet) divulgados a toda hora.

Até agora, os administradores do Google não emitiram sinais de que planejam promover mudanças na ferramenta de buscas de forma a impedir ou pelo menos tornar mais difícil a manipulação de resultados por terceiros. Mas seria, no mínimo, um sinal de prudência se preocupar com isso, antes que pedra e vidraça sejam uma coisa só.’



Cidade Biz

‘Terra diz que está prestes a vender a Lycos por até US$ 115 milhões’, copyright Cidade Biz (www.cidadebiz.com.br) , 28/07/04

‘O portal de internet Terra, que pertence ao gigante espanhol das telecomunicaçõees, Telefónica, confirmou nesta quarta-feira que está prestes a vender sua filial americana Lycos por um valor que oscila entre 95 e 115 milhões de dólares.

A empresa anuncia que ‘finalmente selecionou um possível comprador de sua filial nos Estados Unidos, Lycos Inc., por um preço inicial de 95 a 115 milhões de dólares’, de acordo com um enviado à Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNM, órgão regulador da bolsa de valores espanhola).

O portal não revelou a identidade da empresa que adquirirá sua filial americana, que, segundo a edição desta quarta-feira do jornal financeiro espanhol ‘Expansión’, seria um grupo sul-coreano especializado que atua na internet.

A CNMV suspendeu nesta quarta-feira a cotação na bolsa da Terra Lycos após informações da imprensa sobre esta negociação.’



O Estado de S. Paulo

‘Valor do Google surpreende: US$ 36 bi’, copyright O Estado de S. Paulo, 27/07/04

‘Surpreendendo o mercado, o site de busca de informação na internet mais popular do mundo, o Google, estima que terá um valor de mercado de US$ 36 bilhões, o que tornará a empresa mais valiosa do que Sony e MacDonald’s. Esse valor será alcançado se as ações que a empresa vai leiloar no próximo mês numa Oferta Pública Inicial forem vendidas pelo preço máximo (US$ 135). O valor está bem acima das previsões iniciais do mercado (US$ 100 por ação). Se elas forem compradas pelo preço mínimo (US$ 108), o valor de mercado do Google chegará a US$ 29 bilhões. Os números constam do documento que a empresa enviou ontem à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) detalhando sua entrada no pregão da Nasdaq.

Segundo os subscritores da operação, os bancos Morgan Stanley e o Credit Suisse First Boston, a empresa venderá 24,6 milhões de ações ordinárias classe A, número correspondente a 9% dos papéis da empresa. Essa previsão, de acordo com fontes do mercado, porá a empresa californiana na altura de concorrentes como Yahoo, que tem um valor na bolsa de US$ 38,2 bilhões, mas muito abaixo de gigantes como Microsoft (US$ 310 bilhões).

Um processo de leilão está sendo criado para distribuir as ações para um grande número de investidores e pode impulsionar o preço e a capitalização muito acima do previsto. Alguns especialistas ressaltam que o grande público gosta de se sentir parte de uma empresa glamourosa. ‘As pessoas são atraídas por companhias que têm prestígio’, explicou Meir Statman, professor de Finanças da Universidade de Santa Bárbara.

Segundo analistas, a grande procura pode levar alguns investidores a se perguntar se vale a pena fazer uma oferta maior por um investimento com um preço inicial que pode ser insustentável – sobretudo considerando-se a tendência de queda atual das Bolsas americanas. ‘Numa análise baseada somente na avaliação da empresa, está caro, mas se você tiver uma mente criativa como as pessoas tiveram durante a bolha da internet, poderá se tornar barato’, afirmou Andrew Schroepfer, da Tierl, Research, empresa de análises financeiras especializadas em companhias de tecnologia. (Dow Jones Newswires, Reuters e AP)’



Portal Exame

‘Lucro líquido da Time Warner cai 27% no trimestre’, copyright Portal Exame, 28/07/04

‘O lucro líquido da Time Warner caiu 27% em relação a mesmo período do ano passado, para 777 milhões de dólares. Sua receita cresceu 10% para 10,88 bilhões de dólares, ante 9,92 bilhões no segundo trimestre de 2003.

A America Online (AOL), com quem a Time Warner se uniu em 2001, beneficiou-se do crescimento em publicidade na internet. No trimestre, a AOL obteve um salto de 31% na receita operacional, impulsionado em parte por um avanço de 23% nas receitas de publicidade. O faturamento cresceu 2%, para 2,17 bilhões de dólares. A empresa continua a perder assinantes, desta vez 668 mil.

As divisões de canais de TV, cinema e redes de cabo apresentaram crescimentos de receita da ordem de 10% a 12%. A área de propaganda cresceu 4%, em função de maiores receitas de publicidade de revistas como a Time e Fortune.’