Monday, 23 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

Mexicanos apanham em Atenas

A organização dos Jogos Olímpicos de Atenas se desculpou publicamente pelo espancamento de uma equipe de TV mexicana por policiais que guardavam o porto de Pireus. Localizado próximo a Atenas, o porto está sob intensa vigilância porque ali ficarão aportados sete navios que servirão de hotéis flutuantes durante os jogos – entre eles o maior cruzeiro do mundo, o Queen Mary II. Dois funcionários da emissora mexicana Televisa e um intérprete disseram que filmavam perto de Pireus quando foram forçados a entrar num carro sem placa e levados a um ginásio da polícia onde levaram golpes na cabeça e nas pernas. As filmagens nos arredores do porto estão proibidas por motivos de segurança. Os três foram liberados após quatro horas em poder dos policiais, graças à intervenção da embaixada mexicana. Segundo a Reuters [3/8/04], outros quatro mexicanos teriam sido presos e libertados em seguida quando filmavam próximo a uma base militar no norte da capital grega. Estes, no entanto, não sofreram violência.



Minorias querem mais espaço no jornalismo

A capital americana acaba de sediar a terceira edição da convenção Unity, que congrega jornalistas de minorias raciais. Teve 7.000 participantes pré-registrados e contou com a ajuda de cerca de cem empresas de comunicação que fizeram recrutamento de funcionários. Nos debates, houve consenso de que negros, hispânicos, asiáticos e indígenas ainda constituem uma fatia muito pequena da mão-de-obra da imprensa – eles perfazem 30% do total da população (segundo dados de 2000), mas são apenas 12,5% dentro das redações (de acordo com pesquisa de 2003). Em cargos de chefia, o índice cai para 9,9% e, entre os correspondentes do governo central, em Washington, 10%. Os profissionais de minorias notaram que, no ano passado, sentiram o peso de não serem brancos: quando estourou o escândalo do repórter-plagiador Jayson Blair no New York Times, muito se comentou que ele havia sido admitido por ser negro, por meio de um programa de ação afirmativa. No entanto, quando vieram à tona casos semelhantes envolvendo Rick Bragg, da Time, e Jack Kelley, do USA Today, ninguém lembrou de observar que eles são brancos. Com informações da Editor & Publisher e do Washington Post [4/8/04].