Depois de vários dias com poucas notícias sobre mídia e imprensa, no último final de semana de 2005 a Folha de S. Paulo conseguiu um furo de reportagem no sábado ao revelar a saída do apresentador Boris Casoy da TV Record. Na prática, Boris foi demitido: a direção da Record propôs a ele a unificação do departamento de jornalismo – Boris tinha uma equipe própria e independente do resto da emissora – e já esperava a recusa do jornalista a tal proposta.
A reportagem da Folha também informa que, além de Casoy, Dácio Nitrini, diretor-executivo, Sallete Lemos, comentarista econômica, e Selma Lins, editora-chefe, foram cortados. Ainda de acordo com a Folha, ‘Casoy negou ontem ter sofrido pressão da Igreja Universal (dona da Record) desde sua admissão, há oito anos. ‘Pelo contrário. Todas as vezes em que houve tentativas de interferência política por parte do governo Lula -e a pressão foi forte-, a Record me defendeu com unhas e dentes.’. Segundo a Folha apurou, a presidência da Record relatou a Casoy que o governo não admitia críticas e que teria chegado a sugerir nomes para substituí-lo e a ameaçar corte de publicidade estatal no ‘Jornal da Record’. Também teria reclamado da cobertura dada a temas desgastantes para o Planalto, como o caso Celso Daniel e a CPI do Banestado.’
Outro destaque da Folha, no domingo, é uma série de matérias sobre o seriado que a TV Globo estrearia na segunda-feira, 2/01, sobre a vida do ex-presidente Juscelino Kubitschek (1902-1976). Já o caderno Aliás do Estado de S. Paulo de domingo trouxe uma seqüência de bons artigos no espírito ‘retrospectiva / perspectivas’, vários deles enfocando, ainda que lateralmente, mídia e imprensa.
Nos sites, vale destacar a interessante matéria de previsões para o setor de mídia, escrita por Antonio Brasil para o Comunique-se, e um engraçado artigo-calendário de Mario Sergio Conti para o No Mínimo.
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