Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Week: semanal surpreende nos EUA

‘Tudo o que você precisa saber sobre tudo o que importa’. A nada modesta frase é o slogan de Week, revista semanal que, contrariando todas as expectativas, tornou-se sucesso nos EUA. Lançada há quatro anos no país, a publicação tem como proposta fazer uma compilação dos principais assuntos mundiais da semana. ‘Passe 40 minutos com ela, e eu garanto que você poderá conversar com qualquer pessoa sobre qualquer coisa que tenha acontecido durante a semana’, afirma o também nada modesto diretor-geral da revista, Justin Smith.

Os textos são curtos e reciclados de fontes espalhadas por diversos países. Para produzi-los, uma equipe de 18 leitores e editores vasculha centenas de publicações e faze um resumo das principais notícias e colunas opinativas. Uma edição recente da revista incluiu trechos do Times of India, da Science, Entertainment Weekly e do tablóide britânico The Sun, entre outros veículos.

A previsão de analistas de que os leitores americanos não se interessariam por uma nova revista de notícias semanal, já que estavam bem servidos com Time, Newsweek e US News & World Report, falhou. Week tem hoje circulação de mais de 300 mil exemplares, e tornou-se leitura obrigatória para altos executivos e políticos.

A revista foi fundada na Grã-Bretanha, há nove anos, por Sir Jolyon Connell. Ex-repórter da Casa Branca, Connell teve a idéia depois de observar assessores preparando pequenos relatórios com as informações e notícias do dia para o presidente dos EUA. De volta ao seu país, ele lançou a publicação com a ajuda de alguns amigos, que faziam as vezes de editores. Pouco tempo depois, o excêntrico publisher britânico Felix Dennis viu uma cópia e, encantado com a idéia, fez uma oferta pela Week.

Hoje, a revista faz mais sucesso nos EUA do que em seu país de origem, onde a circulação é de 100 mil exemplares semanais. ‘Nós estamos crescendo rapidamente em vendas e publicidade’, afirma Smith. Ainda que a revista limite o espaço de anúncios a apenas 30% de suas páginas, sua receita publicitária cresceu 66% no ano passado. Informações de Myrna Blyth [The New York Sun, 27/4/05].