‘Deu na indispensável Veja, sob o título Alguém segura este país?:
O Planalto aproveita sua melhor semana e dá visibilidade a um novo projeto: a onda patriótica
Apesar de sempre otimista, embora torça pelo Vasco, o colunista achou melhor botar o galho dentro porque lembrou-se do regime militar, ao qual o texto da matéria, evidentemente, também se refere. Porém Janistraquis, que adora infernizar a vida do amigo e parceiro de tantos anos, vociferou:
‘O considerado e o redator da indispensável lembraram-se da ditadura brasileira porque já se esqueceram da democracia alemã, aquela instalada em 1933, quando seu Adolfo, que não era Bloch, mas Hitler, assumiu o poder…’
É mesmo. Onda patriótica — taí algo que assusta qualquer contribuinte.
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Contra-ataque
A matéria sobre novo arranca-rabo entre o governo brasileiro e Larry Rother, correspondente do NYT, deu na Folha de S. Paulo e no resto do mundo:
Segundo a Secretaria de Imprensa da Presidência, o correspondente ‘limitou-se a reproduzir declarações de pessoas que se opõem ao projeto’ publicadas em outros veículos de imprensa. Além disso, diz que o plano do Conselho Federal de Jornalismo não é do governo Lula, mas do Ministério do Trabalho, ‘atendendo a antiga reivindicação da categoria profissional.’
Janistraquis examinou detidamente o problema e fez uma ponderação e uma sugestão: ‘Considerado, sempre pensei que o Ministério do Trabalho pertencesse ao governo; talvez não pertença mais. E a sugestão aos marechais-de-campo do Planalto é esta: como anda difícil evitar a publicação de notícias ruins e a idéia do Conselho Federal de Jornalismo parece ter ido pro brejo, creio que a forma mais inteligente de contra-atacar é, digamos, a Secretaria de ImprenÇa criar seu próprio jornal; e tomo a liberdade de propor que o novo diário se chame Observador Popular.’
É, deveras, excelente nome; soa forte e belo em alemão — Voelkischer Beobachter. A pronúncia é mais ou menos esta: fêlkcher biôbárter.
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Empresas credoras
Amigo internético de Roldão Simas Filho, diretor de nossa sucursal em Brasília, de onde se pode ver o etc. e tal do Poder, Camilo Fernando Moreira Viana despachou de Belo Horizonte a seguinte pérola cultivada na página 3 do Estado de Minas, pérola que se refere a créditos do INSS:
R$ 190 bilhões é o quanto a Previdência tem a receber de empresas credoras.
Trêmulo de entusiasmada perplexidade, Camilo juntou esta previsão às suas observações: ‘Amanhã cantaremos ‘o lábaro que ostentas estrelado’.
Tá certo; afinal, não vamos todos surfar na tal ‘onda patriótica’?
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Labaredas
Notinha que saiu em local incerto e não sabido, pois Janistraquis perdeu a fonte entre as orações da novena ao Menino Jesus de Praga:
Teóloga reivindica um Cristo bissexual
Marcella Althaus-Reid, professora de Ética Cristã da Universidade de Edimburgo, defende a idéia de que a teologia precisa resgatar o que é tradicionalmente excluído: não só os pobres, mas a sexualidade.
Meu secretário, ex-coroinha e ex-Filho de Maria, manifestou preocupação: ‘Considerado, os alunos e seguidores da professora Marcella precisam ficar atentos; esse negócio de Cristo bissexual é coisa do pior tipo de veado que existe – o veado ateu!!! Certamente, todos haverão de queimar seus rabos no fogaréu do inferno…’
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Vigor juvenil
Aquele misterioso leitor e colaborador que se assina JM, nem por isso menos considerado, leu no Erramos da Folha:
Diferentemente do publicado na reportagem ‘Matthew Barney estréia filme em SP e ofusca a Bienal’ (Ilustrada, 1º/9), o trator que integra a instalação do artista pesa 40 toneladas, e não mais de quatro toneladas. A Bienal paulistana não é a única que ocorre em uma grande cidade, há Bienais em Nova York, Pequim, Tóquio, Berlim e Sidney, entre outras metrópoles. São 55 as representações nacionais na 26ª Bienal, e não 47.
Janistraquis deixou cair o queixo: ‘Considerado, é uma alegria a gente deparar com o vigor juvenil da tradicional seção que virou editoria; o Erramos evidentemente escapou do tremendo passaralho que há pouco tempo fez estragos na Folha e adjacências…’
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Perereca!?!?
O considerado José Guido Fré matava saudades de São José do Rio Preto nas páginas do novíssimo jornal Dhoje, quando sentiu a pressão deste título entrolhado na página 5:
Mulher é presa com maconha no CDP.
Ao pé de uma foto, aninhava-se esclarecedora legenda:
A droga estava embalada em saco plástico, no órgão genital da dona-de-casa.
Então, Zefré entendeu:
‘Ela, a perseguida, ganhou nova denominação entre as tantas de nossa sabença. Segundo o titulão, a perereca adota ares masculinizados e também passa a chamar-se CDP. Curiosamente, a sigla também se refere a Centro de Detenção Provisória…
Janistraquis adorou, ó Zefré, porém pede licença para discordar do curiosamente: ‘Ora, considerado, é lógico que aquilo só pode ser um centro de detenção provisória; não se conhece quem ali tenha se metido pela vida inteira!!!’
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Espetáculo!
O considerado José Truda Júnior despachou diretamente do Largo das Neves, em Santa Teresa, generoso coração do velho Rio: ‘Veja o que li no Globo Online:
A Ferrari registrou em agosto o melhor desempenho de vendas no Brasil dos últimos quatro anos. A marca italiana comercializou cinco carros novos e mais dez seminovos no mercado brasileiro, no mês passado. O resultado é significativo, já que o modelo mais barato da Ferrari no país, a F360 Modena, custa US$ 330 mil (ou R$ 966 mil).
– Estamos voltando aos bons tempos – afirmou Francisco Longo, presidente da marca no Brasil.
Animadíssimo com este notável crescimento, Truda faz as contas e garante:
‘Nesse ritmo, em breve a Ferrari desbanca a Volks, né não?’
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Nota dez
O melhor texto da semana nasceu do talento de Myltainho Severiano e pode ser lido na íntegra em Caros Amigos:
Lei da Relatividade Aplicada
(…) Recentemente, um colega contou que mandou colaboração para a revista Bundas, em que pedia a renúncia do então ministro da Fazenda Pedro Malan. Esse colega disse que não sabia que Malan é sobrinho da mulher do editor da revista. ‘Você vai me complicar em casa’, explicou o editor ao autor do texto, pedindo desculpas por não publicar. ‘Censura’ caseira.
Na Rede Globo, em 1987, chegaram a mexer na letra de velha marcha de carnaval, de Luiz Antônio, Oldemar Magalhães e Zé Mário, Sassaricando, que deu nome à novela; mudaram o verso ‘na porta da Colombo’, porque Colombo é nome de tradicional confeitaria carioca que fabrica ou fabricava famosa geléia de mocotó. E por quê? Porque, segundo nos explicaram nos corredores da emissora,
Roberto Marinho seria dono de outra geléia de Mocotó, a Inbasa(…)
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Errei, sim!
‘CONVERSA FRANCA – Hilariante Erramos da página política do Estadão: ‘O deputado federal reeleito Gastone Righi (PTB-SP) apóia o candidato do PDS ao governo do estado, Paulo Maluf, e não Luiz Antônio Fleury Filho, do PMDB, como informou incorretamente a reportagem Uma conversa franca durante três horas, publicada ontem à página 4’.
Segundo Janistraquis, trata-se de um autêntico recorde; afinal, o repórter teve uma conversa franca com o deputado, durante três horas, e não conseguiu saber quem ele apoiava: ‘Considerado, esse Gastone Righi é mineiro que nem o falecido José Maria de Alkmin ou o repórter é burro mesmo?’
É boa pergunta.’ (dezembro de 1990)’
CARVALHO NA ABL
‘ABL empossa José Murilo de Carvalho’, copyright O Estado de S. Paulo, 10/09/04
‘O historiador José Murilo de Carvalho, do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), toma posse hoje à noite na cadeira n.º 5 da Academia Brasileira de Letras e completa o quadro da instituição que, pela primeira vez neste século, tem as suas 40 vagas ocupadas. Ele substitui a escritora Rachel de Queiroz, a primeira mulher a entrar para a Casa de Machado de Assis. Na época da eleição, em março deste ano, Carvalho encontrou pontos comuns entre sua obra e a dela.
‘Apesar de Rachel ter sido ficcionista e eu, um historiador, ambos nos debruçamos sobre o País para tentar entendê-lo’, disse ele na ocasião. Seu plano é tornar mais forte os elos entre a Academia Brasileira de Letras, a de Ciências e a universidade. ‘O intercâmbio entre essas instituições é fundamental pois todas têm muito a contribuir com o País e o farão melhor se dentro de uma união. A médio prazo, pretendo também trabalhar com o Centro de Memória da ABL, pois esta é a minha especialidade.’
Entre os acadêmicos, comemora-se a chegada de um historiador profissional à ABL, depois de muitos anos em que esse ramo da literatura ficou sem representante. ‘O Alberto Costa e Silva tem estudos importantes sobre a África e a questão da escravatura, mas é diplomata de carreira. Portanto, desde a morte de José Honório de Carvalho, de Raymundo Faoro e de meu pai, Afonso Arinos, eles estavam ausentes’, comentou ontem o diplomata e imortal Afonso Arinos de Mello Franco, que vai fazer a saudação ao novo acadêmico.
‘Vou falar disso e também da alegria de ter mais um mineiro entre nossos quadros. E Minas está muito bem representada por ele, que é um dos maiores historiadores do País na atualidade.’
José Murilo de Carvalho não adiantou como será seu discurso de posse, mas deverá se debruçar sobre a obra de Rachel de Queiroz, de quem é admirador.
‘Temos formas diferentes de abordar o mesmo assunto, desde o patrono desta cadeira, Bernardo Guimarães, autor do romance A Escrava Isaura, e o político Oswaldo Aranha, que também a ocupou. Entrar para a Academia é um desafio, pois preciso estar à altura deles.’’
ANJ, 25 ANOS
‘Aos 25 anos, ANJ realiza 5.º Congresso Brasileiro de Jornais’, copyright O Estado de S. Paulo, 12/09/04
‘No ano em que completa 25 anos, a Associação Nacional de Jornais (ANJ) realizará o 5.º Congresso Brasileiro de Jornais, em São Paulo. O evento, que começa amanhã e termina na quarta-feira, contará com a presença de profissionais ligados ao meio jornalístico de todo o País para debater o futuro da imprensa, conteúdo jornalístico e independência dos jornais, entre outros temas.
‘Pela primeira vez conseguimos juntar em uma reunião todos os comitês da ANJ’, diz o atual presidente da associação e presidente do Conselho de Administração do Estado, Francisco Mesquita Neto, que vai deixar o cargo após dois mandatos consecutivos. ‘O debate irá da discussão do papel do jornal na cidadania até anúncio classificados na internet.’
Nos quatro anos em que está à frente da ANJ, Francisco Mesquita Neto destaca a importância da associação na defesa da liberdade de imprensa – uma bandeira defendida desde a sua fundação – e na modificação da lei de propriedade das empresas de comunicação.
O encontro será aberto pela manhã com uma palestra de Jan Schaffer, ganhadora do Prêmio Pulitzer, o mais importante do jornalismo mundial, cujo tema é a Importância do jornal e da liberdade de imprensa como instrumento na construção da cidadania e da comunidade.
À tarde haverá oito debates. Um deles discutirá o tema Governo e imprensa:
conflito de interesses, com palestra de Eugênio Bucci, presidente da Radiobrás. Serão debatedores José Nêumanne, editorialista do Jornal da Tarde, e Luiz Garcia, articulista de O Globo.
Assembléia – No dia seguinte, à tarde, durante a Assembléia Geral de Associados da ANJ, será eleita a nova diretoria para o biênio 2004-2006. O novo presidente será Nelson Sirotsky, diretor-presidente do grupo RBS, que concorre em chapa única. Sirotsky preferiu não fazer comentários sobre sua gestão antes da eleição.
Simultaneamente à eleição ocorrerão três debates. Um deles será sobre os desafios da reportagem e da crítica no jornalismo cultural, com palestra de Daniel Piza, editor-executivo e colunista do Estado, tendo como debatedores Marcelo Coelho, colunista da Folha de S. Paulo, e Ricardo Calil, colunista do site Nominimo.com.br.
No fim da tarde, haverá também um debate com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Nelson Jobim, sobre Informação, sigilo da fonte, investigação, meios de obtenção e meios de comprovação: condições para independência dos jornais.
Classificados – O 5.º Congresso Brasileiro de Jornais termina na quarta-feira pela manhã com três debates simultâneos. O primeiro terá o lançamento da cartilha sobre classificados, com palestra do diretor-geral da RBS em Brasília, Paulo Tonet Camargo, tendo como debatedor Marcos Nogueira de Sá, diretor do Mercado Anunciante do Estado, do Jornal da Tarde e do Portal Estadão.com.br.
O tema do segundo será como Como produzir uma web informativa sem sair da Redação. Um dos debatedores será Robson Pereira, gerente-geral do Portal Estadão.com.br. Na terceira palestra serão apresentados casos de sucesso. Um deles do reposicionamento do Jornal da Tarde, apresentado por Antônio Hércules Junior, diretor de Marketing e Mercado Leitor do Grupo Estado.
A programação completa do evento está no site http://www.anj.org.br/anj25anos/’
Folha de S. Paulo
‘ANJ realiza congresso em São Paulo’, copyright Folha de S. Paulo, 13/09/04
‘Começa hoje, em São Paulo, o ‘5º Congresso Brasileiro de Jornais’. Durante três dias, profissionais do setor e representantes da sociedade civil e do governo discutirão temas como liberdade de imprensa, gestão eficiente das empresas e relação entre os meios de comunicação e governo.
O evento é organizado pela ANJ (Associação Nacional de Jornais), que completa 25 anos, e, em comemoração, realiza pela primeira vez um congresso que reúne todos os comitês da entidade -geralmente os grupos de trabalho realizam eventos separados. Fazem parte da associação, fundada em 1979, 126 jornais de todo o Brasil, entre eles a Folha.
A diretora do Instituto de Jornalismo Interativo da Universidade de Maryland, Jan Schaffer, fará a primeira sessão geral, cujo tema será as relações entre a liberdade de imprensa e a ‘construção da cidadania e da comunidade’.
Ainda hoje, o presidente da Radiobrás -agência de notícias do governo brasileiro- participará do debate sobre o relacionamento entre a mídia e o governo.
Na programação de amanhã, Nelson Jobim, presidente do STF (Superior Tribunal Federal), vai falar sobre os meios pelos quais os jornalistas obtêm informações junto às suas fontes, como as comprovam e como o processo de obtenção de informações afeta a independência dos meios de comunicação.
A internet e a migração de conteúdo jornalístico e publicidade para a rede formarão outro eixo de discussão, com debates que tratarão de temas como as novas tendências de classificados e produção de conteúdo, pesquisas sobre utilização de classificados na internet e o impacto das tecnologias de transmissão de dados por equipamentos sem fio na mídia impressa.
A administração e as estratégias adotadas pelas empresas do setor serão tema de uma outra série de debates nos quais os participantes discutirão desde políticas de propaganda e marketing e de recursos humanos até a adoção de novas tecnologias industriais.
O cenário econômico no qual as empresas devem atuar nos próximos anos será apresentado já na terça-feira pelo ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega, que fará previsões para o desempenho da economia brasileira para os anos de 2004 e 2005.’
PRÊMIO JABUTI
‘Caco Barcellos e Chico ganham Jabuti’, copyright Folha de S. Paulo, 11/09/04
‘A Câmara Brasileira do Livro (CBL) anunciou na noite de anteontem os vencedores do prêmio máximo da 46ª edição do Jabuti, no valor de de R$ 15 mil, em cerimônia realizada no Memorial da América Latina, em São Paulo.
O livro-reportagem ‘Abusado’ (Record), do jornalista Caco Barcellos, foi eleito o Livro do Ano Não-Fição, e o romance ‘Budapeste’ (Companhia das Letras), do compositor e escritor Chico Buarque de Hollanda, o Livro do Ano Ficção.
Durante o evento foram entregues os troféus aos contemplados das 17 categorias deste ano. Cada ganhador recebeu R$ 1.000.
Logo após aplaudir a conquista de Caco Barcellos, a platéia silenciou diante do anúncio da vitória de ‘Budapeste’. Um: Chico não estava presente para receber a homenagem. Dois: ‘Budapeste’ não fora eleito pelos jurados como o vencedor da categoria romance, tendo recebido Menção Honrosa (3º lugar).
Segundo José Luiz Goldfarb, curador do Jabuti há 14 anos, um resultado como esse gera polêmica, mesmo considerando que o júri que elege os vencedores das categorias não seja formado pelos mesmos integrantes daquele que vota para a eleição do Livro do Ano. Além disso, para esta última, são reunidos em uma única cédula todos as obras de ficção e não-ficção contempladas, independentemente do gênero e assunto.
‘Há quem não concorde que os livros que recebem Menção Honrosa [2º e 3º de cada categoria] concorram ao Livro do Ano. Por outro lado, há aqueles que defendem que todos os finalistas, inclusive, os que não ganharam, possam concorrer ao prêmio máximo’, diz Goldfarb.
‘Foi o que aconteceu em 2000. ‘À Sombra do Cipreste’, [livro de contos de Menalton Braff], não estava entre os três primeiros colocados, mas ganhou o Livro do Ano. Muitos criticaram’, lembra o curador. ‘Optamos por manter entre os concorrentes os vencedores e aqueles que receberam Menção Honrosa dos jurados das categorias e não incluir todos os finalistas, mas estamos abertos a sugestões e críticas’.
Chico Buarque não pôde comparecer ao evento, pois está na Europa lançando a edição em inglês de ‘Budapeste’. Correspondente da Globo em Paris, Caco Barcellos fez o caminho contrário, veio de lá para receber a estatueta. ‘Abusado’ foi o vencedor da categoria Reportagem e Biografia.
Antes mesmo de saber que sairia da festa com dois troféus nas mãos, Barcellos disse estar muito feliz, apesar das muitas tristezas que passou ao longo dos cinco anos que levou para escrever ‘Abusado’, reportagem sobre as corporações do tráfico de drogas no Rio de Janeiro. ‘Cada vez que morria alguém a investigação precisava ser refeita. Escrevia ao mesmo tempo em que as coisas estavam acontecendo, e ainda estão. Reescrevi muitas vezes porque a realidade se reescrevia’.
Ao receber o prêmio, o jornalista lembrou ainda da ajuda que recebeu de traficantes que lhe confiaram histórias e foram mortos por isso e homenageou o colega jornalista Tim Lopes.’