São usados equivocadamente na mídia brasileira:
Ao leitor. Expressão antiga. Era usada para anunciar aumento do preço da venda avulsa. Ainda ocorre em casos de comunicação de datas em que não haverá jornal, etc. Ao pé da letra, significa que todo o resto do jornal não é destinado “ao leitor”, mas a alguma entidade metafísica.
Bairro nobre. “Nobre” é terminologia da publicidade do mercado imobiliário. O adjetivo não deveria ser usado por jornalistas. “Carnes nobres” ainda vai, com perdão dos animais. Mas “bairro nobre”, não. Bairro rico tem mais a ver com a realidade, sobretudo em São Paulo, onde a distinção entre urbe e periferia é férrea.
Entenda. Admissão de que apenas lendo a reportagem não dá para entender. A rigor, ler o título já deveria bastar para captar o sentido da coisa.Mas, atenção: como recomenda a editora de política do Valor, Maria Cristina Fernandes, quando decidir ler a matéria, leia tudo, até o fim. Título, subtítulo e lide abarcam apenas o assunto principal (que, muitas vezes, principalmente na modalidade declaratória, não o é).
Rota, tropa de elite da PM. Se a Rota é a elite, imagine-se o resto. O nome técnico, que não compromete, é tropa de choque motorizada.
Ver também o volume 2.