Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Fábio Amato

‘A polícia de Marília (444 km a noroeste de São Paulo) prendeu ontem um dos suspeitos de incendiar o prédio sede da Central Marília de Notícias, proprietária do jornal ‘Diário de Marília’ e das rádios Diário FM e Dirceu AM.

Amauri Campoy, 57, foi preso por policiais militares quando tentava deixar a cidade em uma moto.

‘Ele disse que foi contratado por uma pessoa e deu o nome dessa pessoa, só que nós ainda não podemos divulgar. E que essa pessoa prometeu pagar a ele R$ 10 mil pelo serviço, mas ele não teria recebido o dinheiro’, disse o delegado seccional Roberto Ferraz, responsável pelas investigações.

Segundo o delegado, o acusado disse que não conhece as outras três pessoas (uma mulher e dois homens) que participaram com ele do atentado. Eles não seriam moradores de Marília.

‘Ele disse que a função dele foi vigiar a porta enquanto outros dois homens subiram para incendiar o prédio’, disse o delegado.

O delegado disse que ainda não é possível afirmar o que motivou o crime, mas que a suspeita é que tenha relação com questões políticas da cidade e denúncias publicadas pelo ‘Diário de Marília’.’



SUDOKU NO ESTADÃO
O Estado de S. Paulo

‘A partir de hoje, novo passatempo numérico nas páginas do ‘Estado’’, copyright O Estado de S. Paulo, 12/09/05

‘O sudoku, jogo numérico que virou uma febre no mundo inteiro, será publicado diariamente a partir de hoje no Caderno 2. Inventado no século 18 pelo matemático suíço Leonhard Euler (1707-1783), o quebra-cabeça virou mania no Japão na década de 80 (lá recebeu o nome em japonês) e agora se transformou numa nova moda em jornais e revistas de vários países, na internet e até em telefones celulares.

Sudoku, numa tradução livre, que dizer ‘número sozinho’. O tabuleiro é composto por 81 casas, dispostas lado a lado, formado por nove colunas verticais e nove colunas horizontais. Cada linha ou coluna (tanto na horizontal como na vertical) deve ser completada com números de 1 a 9, um em cada casa, de modo que nenhum deles se repita na mesma linha nem no mesmo quadrado sublinhado (formado por nove casas cada um). Alguns números já são colocados previamente no tabuleiro, como pistas fundamentais para se chegar ao fim do jogo. Estarão disponíveis no Caderno 2 jogos de quatro níveis de dificuldade: muito fácil, fácil, médio e difícil (a diferença entre eles está na quantidade de números oferecidos previamente). Em média, os jogadores levam entre 10 e 40 minutos para resolver o problema, dependendo do nível de dificuldade proposto. Para jogar, não é necessário nenhum conhecimento de matemática.

Todas as segundas e terças-feiras serão publicados jogos do nível muito fácil; às quartas e quintas-feiras, do fácil; às sextas-feiras e sábados, do nível médio; e aos domingos (no caderno TV & Lazer), do difícil. A solução de sairá na edição do dia seguinte.

Euler criou o sudoku para fazer com que seus filhos se interessassem pela matemática. Só depois de 200 anos sua invenção foi retomada, com força graças ao neozelandês Wayne Gould, juiz aposentado que, ao ver o sudoku numa publicação japonesa, desenvolveu um programa de computador para criar variações de seqüências do jogo.’



ZIRALDO CONDENADO
Fernando Porfírio

‘Humor pesado’, copyright Revista Consultor Jurídico (www.conjur.com.br), 8/09/05

‘O Tribunal de Justiça de São Paulo condenou o cartunista Ziraldo a pagar indenização por danos morais à jornalista Maria Luiza Librandi. O valor foi arbitrado em 50 salários mínimos, com juros de mora a partir da data da publicação da entrevista que motivou a ação.

Maria Luiza Librandi acusou Ziraldo de usar palavrões para fazer comentários sobre ela numa entrevista ao jornalista Tão Gomes Pinto. A divergência entre os dois começou quando Ziraldo ocupou a presidência da Funarte e Maria Luiza era diretora executiva da entidade.

‘Ocorreu a publicação, a ofensa espalhou-se em dimensão nacional, daí a justa revolta da autora-apelada em ser retratada de uma forma baixa e vulgar. Entende-se assim a repulsa que se viu possuída e sua atitude única a ser tomada, era a de vir a Juízo pedir uma indenização, pois, evidentemente sua moral foi atacada’, entendeu a turma julgadora.

A decisão, tomada por votação unânime pela 8ª Câmara de Direito Privado, reformou sentença de primeira instância, proferida pelo juiz Marcus Vinícius Rios Gonçalves, da 14ª Vara Cível Central, que havia estabelecido o valor da indenização em 100 salários mínimos.

O TJ paulista entendeu como ‘exagerado’ o valor fixado anteriormente. Votaram os desembargadores Álvares Lobo (relator), Sílvio Marques Neto (revisor) e Joaquim Garcia (3º juiz).

Na apelação, os advogados de Ziraldo apontaram irregularidade na sentença alegando que ao fixar o pagamento com base no salário mínimo para a data de liquidação, mas com juros contados da publicação da entrevista, o valor já estaria corrigido. O cartunista alegou, ainda, que não tinha lembrança da entrevista, que tudo ocorreu de forma descontraída em meio a risos.

Em seu voto, o relator destacou o bom humor do cartunista nas matérias e entrevistas, mas reconheceu que o palavrão foi dito e publicado e que não foi elogio sobre a conduta de Maria Luiza.’