Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Gilberto Scofield Jr.


‘A lista das pessoas mais ricas do mundo que a revista americana ‘Forbes’ publica anualmente pode ser motivo de orgulho, em vários países, para quem nela aparece. Mas, na China, estar no ranking da ‘Forbes’ pode significar ter sua vida financeira investigada pelo governo. Isso porque a Administração Nacional de Impostos (o Fisco chinês) e a sua revista, a ‘China Tax Magazine’, decidiram comparar a lista da ‘Forbes’ com as declarações de renda dos contribuintes. Resultado: dos 200 ricaços do ranking deste ano, apenas 13 estão na lista dos maiores contribuintes individuais da Receita chinesa.


‘Rico não é apenas quem ganha mais dinheiro do que outros, mas também quem gasta mais e tem mais bens. O Fisco falha em fiscalizar e taxar os gastadores e quem tem muitas propriedades no país’, disse o pesquisador Gao Peiyong, da Academia de Ciências Sociais, ao jornal ‘China Daily’.’



CASO JUDITH MILLER


Folha de S. Paulo


‘Cisneros intercede por jornalista americana’, copyright Folha de S. Paulo, 16/09/05


‘O empresário de mídia venezuelano Gustavo Cisneros está colhendo assinaturas para uma carta aberta em defesa da repórter americana Judith Miller, do ‘New York Times’, presa nos Estados Unidos desde 6 de julho, por ‘desobediência civil’. Ela se recusou a identificar o informante de uma reportagem que produzia.


Cisneros é o principal acionista de um grupo de mídia implantado na Venezuela, Estados Unidos e países latino-americanos. A carta em defesa da jornalista deverá ser publicada no próprio ‘New York Times’.


A carta afirma que ‘Miller representa um exemplo de dignidade e apego aos princípios que garantem a liberdade de expressão’.


Sua prisão é qualificada de ‘perigoso precedente’. O direito de proteger as fontes permite que a opinião pública tenha acesso a informações que ‘dizem respeito a seus direitos e ao desenvolvimento das relações sociais’.


Miller, já agraciada com o Prêmio Pulitzer, negou-se a dizer o nome da pessoa que lhe revelou a identidade de um agente da CIA, serviço de inteligência americano.


A agente em questão, Valerie Plame, teve sua identidade vazada para a imprensa em 2003. Não foi Miller quem a revelou. Ela e seu colega Matthew Cooper, da revista ‘Times’, entraram no caso bem depois. Cooper não chegou a ser preso, pois entregou a identidade de sua fonte -segundo ele, com autorização da própria revista em que trabalha.’



INTERNET


Aline Van Duyn, Paul Taylor e Richard Waters


‘AOL e Microsoft discutem formar parceria em internet ‘, copyright Folha de S. Paulo / Financial Times, 16/09/05


‘Os grupos de internet America Online e MSN, controlados respectivamente pela Time Warner e pela Microsoft, estão discutindo uma possível cooperação de suas divisões de busca e redes de publicidade, de acordo com pessoas envolvidas nas conversas.


As negociações, que estão em curso há alguns meses e surgiram em um período de intensas mudanças na America Online, depois de seu relançamento como portal gratuito com o objetivo de ampliar sua audiência e sua publicidade, podem resultar em certa dose de cooperação, mas medidas concretas talvez demorem algum tempo a ser adotadas.


As ações da Time Warner subiram em 3,18%, para US$ 18,49, ontem à tarde em Nova York depois que o jornal ‘New York Post’ publicou uma reportagem informando que o grupo estava negociando a venda de uma participação acionária na America Online à Microsoft.


Funcionários da Time Warner não quiseram comentar sobre o assunto. No entanto, pessoas familiarizadas com as duas empresas indicaram que as negociações não haviam avançado a esse ponto, até agora, ainda que a Microsoft ‘possa se tornar investidora’ na America Online, no futuro.


Portais fracos


A AOL e o MSN têm amplo alcance, mas lhes faltam as redes de busca e publicidade e outros serviços de elevado valor agregado que propiciam lucros ao Google e ao Yahoo.


‘São dois portais fracos’, disse Safa Rashtchy, analista de internet na Piper Jaffray. Ele disse que ambos dependem muito de serviços de e-mail e de programas mensagens instantâneas para obter audiência.


Ligações mais estreitas ou até mesmo uma fusão plena entre o MSN e a AOL não seriam suficientes para resolver os problemas das duas unidades, disse o analista, já que elas provavelmente precisariam continuar sustentando as duas marcas.


Enquanto os dois provedores vêm perdendo assinantes de conexão discada, uma área de negócios que continua lucrativa, e estão se preparando para encarar a transição para a banda larga, o Yahoo já fechou acordos de distribuição de banda larga com empresas de telecomunicações e operadoras de serviços a cabo nos Estados Unidos, no Reino Unido e no Canadá.


Acordos


Para a Microsoft, uma ‘joint venture’ ou participação minoritária para garantir ligações mais estreitas com a America Online seria semelhante os acordos que ela procurou como forma de ingressar no mercado de internet nos anos 1990 e que foram abandonados nos últimos anos.


Existem especulações no sentido de que há algum tempo a Microsoft estaria tentando desmantelar sua ‘joint venture’ com a rede de TV NBC, enquanto os prejuízos de mais de US$ 10 bilhões com investimentos em empresas de banda larga levaram a Microsoft a dizer que não mais usaria esse tipo de transação para estender sua presença.


No entanto, uma combinação entre as duas uniria dois dos serviços de mensagens instantâneas mais populares nos Estados Unidos, o AIM da AOL e o MSN Messenger, em um momento de rápido desenvolvimento do mercado de mensagens instantâneas para novas áreas como telefonia de voz via internet, na qual o Google e o Yahoo também já entraram.


Tradução de Paulo Migliacci’