Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

CFJ em pauta internacional

O encontro da ANJ, ocorrido na última quarta feira no Rio de Janeiro, foi assunto para um artigo de Kevin G. Hall do Knight Ridder Newspapers [15/9/04]. Segundo a reportagem, a proposta da criação do Conselho Federal de Jornalismo (CJF) está alarmando grupos de direitos humanos e jornalistas dentro e fora do Brasil. Hall afirma que defensores da liberdade de imprensa estão céticos quanto ao caso depois que Luiz Gushiken, secretário de comunicação do governo e gestão estratégica, afirmou que ‘nada é absoluto, nem mesmo a liberdade de imprensa’. O jornalista diz ainda que paira no ar a preocupação de que a medida possa trazer de volta o autoritarismo da década de 1970. Hall diz também que o governo Lula se negou a repudiar a proposta, mesmo depois de receber vários pedidos de apelação, e que o ‘presidente deixou claro que ainda está incomodado com a reportagem do New York Times que dizia que ele tem problemas de alcoolismo’. Hall lembrou a tentativa de Lula em expulsar o correspondente que escreveu a matéria e como ele voltou atrás dizendo que ‘a melhor receita para o vigor do jornalismo é, sem dúvida, a liberdade’.



Código Da Vinci é banido no Líbano

O livro O Código Da Vinci, do escritor americano Dan Brown, foi banido do Líbano depois de ser considerado ofensivo ao cristianismo por líderes católicos do país. As livrarias foram ordenadas a retirarem as cópias em francês, inglês e árabe das prateleiras e as editoras locais foram proibidas de distribuir novos exemplares. ‘Era definitivamente um de nossos livros mais populares’, lamentou Roger Haddad, sub-gerente da filial da Virgin Megastore no centro de Beirute. ‘Isso é censura, as pessoas deveriam poder ler o que quiserem. Este livro é uma ficção, todos sabem disso’, completou. No Código Da Vinci, um acadêmico desvenda charadas escondidas nas obras com temas religiosos do famoso pintor italiano. Para o Centro de Informação Católica do Líbano, de onde aparentemente surgiu a crítica que levou ao banimento do livro, a história se coloca profundamente contra o cristianismo. ‘Há parágrafos que tocam nas raízes da religião cristã. Eles dizem que Jesus Cristo teve relações sexuais com Maria Madalena e que os dois tiveram filhos’, afirma o presidente do Centro, padre Abdou Abu Kasm. Informações da Reuters [16/9/04].