A Fundação Nieman, da Universidade de Harvard, resolveu cancelar um programa que ofereceria a funcionários do governo da China treinamento para receber jornalistas nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008. Desde 1938, a entidade oferece um renomado curso de um ano para jornalistas em meio de carreira oriundos de diferentes países. A atual turma de alunos protestou contra o projeto de ajuda à China, já que seu governo controla com mão-de-ferro a imprensa local. A reivindicação levou o curador da fundação, Bob Giles, a reavaliar seus planos. O jornal Boston Globe [10 e 13/5/05] chegou a publicar um editorial criticando o treinamento dos funcionários chineses, que, segundo o texto, lhes ajudaria a fazer com que os jornalistas estrangeiros só publicassem ‘matérias róseas’ sobre a competição esportiva, deixando de lado ‘as falhas institucionais chinesas’.
Repórteres de Taiwan excluídos de evento da ONU
O presidente da Associação de Jornalistas de Taiwan, Tony Liu, escreveu carta ao secretário-geral da ONU, Kofi Annan, reclamando da exclusão dos repórteres de seu país da cobertura da Assembléia Mundial de Saúde, a ser realizada em Genebra, na Suíça. Liu argumenta que a saúde é um tema que deveria transcender problemas políticos internacionais. Os profissionais não puderam se credenciar porque Taiwan não é considerada uma nação pela ONU. A China reivindica controle sobre a ilha, que declara ser uma província rebelde. O presidente da associação pediu apoio à organização Repórteres Sem Fronteiras para pressionar Annan a encaminhar uma solução para o problema, informa o Taipei Times [10/5/05].