‘A necessidade de publicar a foto do ex-ditador iraquiano Saddam Hussein de cueca, divulgada anteontem pelos jornais sensacionalistas ‘New York Post’, dos EUA, e ‘The Sun’, do Reino Unido, foi defendida pela mídia americana.
Algumas empresas consideraram a existência das fotos, a reação que provocaram e a investigação sobre sua origem como um assunto legítimo, independente de considerações de gosto.
Além da foto de capa mostrando o ex-ditador de cueca segurando a própria calça em sua cela no Iraque, foram publicadas imagens que o retratam lavando a própria roupa a mão e dormindo. Os dois jornais, do empresário australiano Rupert Murdoch, disseram ter obtido as imagens por meio de militares americanos.
Ontem, o ‘Sun’ voltou a publicar fotos de Saddam, desta vez com uma bata branca. Mostrou ainda Ali Hassan Al Majid, conhecido como ‘Ali Químico’, com um roupão de banho.
O editor administrativo do tablóide, Graham Dudman, afirmou que o jornal pagou ‘uma pequena soma’ pelas fotos, superior a 500 libras (cerca de R$ 2.230).
‘Não vemos nenhuma razão ética para não publicar. É claramente uma história’, disse Dean Baquet, editor administrativo do ‘Los Angeles Times’. ‘O tratamento de prisioneiros tem sido um grande tema, e Saddam é o prisioneiro mais significativo de todos’, disse. ‘Seria estranho escrever uma história assim e não mostrar a foto.’
Christa Robinson, porta-voz da CNN, disse que a foto foi mostrada, mas apenas depois que os executivos do canal confirmaram sua autenticidade. Em seguida, segundo Robinson, o canal optou por apresentar a capa do ‘Sun’ no contexto das investigações do Exército americano sobre quem as havia tirado e como o tablóide britânico as teria recebido.
A ABC News também decidiu mostrar a foto no programa ‘World News Tonight’, disse o vice-presidente Jeffrey Schneider.
O canal Fox News inicialmente decidiu não divulgar as fotografias, já que sua autenticidade não podia ser confirmada, disse John Moody, vice-presidente sênior do canal. ‘Essa decisão teve de ser modificada uma vez que o Pentágono começou a divulgar suas notas’, afirmou.
Editores de jornais britânicos disseram que não publicariam as fotos sob qualquer forma devido aos direitos autorais adquiridos pelo ‘Sun’, conforme orientação de seus departamentos jurídicos.
‘Não estamos reproduzindo as fotos’, disse Graham Tibbetts, editor do ‘Daily Telegraph’. ‘Estamos publicando uma pequena matéria sobre a reação.’
A mídia também havia se dividido sobre a questão. A principal rede de TV da região, a Al Jazira (Qatar), se recusou a exibir as imagens, dizendo que elas ‘não são notícia’. Sua concorrente Al Arabiya, de Dubai, inseriu as fotos em todos os seus boletins horários. Já o jornal ‘Al Quds Al Arabi’, publicado em Londres, classificou as fotos de ‘revoltantes’. Com agências internacionais’
CASO NEWSWEEK
‘A mídia na linha de fogo do extremismo’, copyright O Estado de S. Paulo / The New York Times, 22/05/2005
‘Talvez não seja tão mal ficar alheio à blogosfera. Circulando pela web outro dia descubro que a matéria sobre atrocidade da qual Newsweek se retratou levou todo mundo para a internet. Cada facção do espectro político usou a asneira da revista como oportunidade para abrir fogo contra seus alvos favoritos, transformando o caso numa febril temporada de caça a pretensos adversários.
Muitos de meus amigos da direita decidiram que o episódio da publicação expõe o núcleo apodrecido da mídia liberal. O influente blog de Austin Bay aventa a possibilidade de que isso possa ser o Abu Ghraib da grande mídia. Dennis Prager, que é inteligente 99% das vezes, escreve: ‘Newsweek é diretamente responsável pela morte de inocentes e por prejudicar a América’. Inúmeros conservadores dizem que os rapazes da revista se apressaram em acreditar nas histórias de atrocidades porque compartilham a mentalidade esquerdista, pós-Vietnã, que sempre pensa o pior dos militares americanos.
Perdoem-me, rapazes, mas isso é loucura. Eu escrevia para Newsweek. Conheço Mike Isikoff e os editores. E sei dos liberais na mídia. As pessoas que tocam a publicação não são um bando de Noam Chomskys com laptops. Sejam quais forem as causas de seus erros, o liberalismo não teve nada a ver com isso.
O lado esquerdo da blogosfera, por sua vez, reagiu com fúria sobre a possibilidade de que os interrogadores americanos pudessem ter jogado o Alcorão na privada. The Nation e os sites da mesma ala estão frenéticos para provar que a história é provavelmente verdadeira apesar da retratação de Newsweek.
Isso também é desconexo. Seria ilícito para pessoas na esquerda ficarem de fato contentes que uma matéria que salpica americanos possa se mostrar não comprovada? Poderia haver mais alguns liberais dispostos a admitir que prisioneiros rotineiramente mentem sobre seu tratamento? (Seria de esperar que dissessem que seu tempo no cativeiro não foi tão mau?)
Aí clico o mouse sobre as transcrições do governo e não consigo acreditar no que vejo. Estamos no meio de uma guerra ideológica contra pessoas que querem nos destruir, e no que se transformou o povo mais poderoso da Terra? Em malhadores choramingas da mídia. Estão atacando Newsweek enquanto se contorcem para mostrar sensibilidade para com os afegãos que enveredaram recentemente numa mobilização assassina.
Falam de fanatismo de baixas expectativas.
Talvez devêssemos nos concentrar no que é importante. O pequeno artigo de Newsweek foi explorado por inimigos da América de maneira caracteristicamente cínica, enganosa e fascista.
As pessoas que se apoderam desse artigo, como o clero radical no Afeganistão, são cínicas no modo como manipulam episódios como esse para incitar o ódio e assim enaltecer as próprias posições. Ao mesmo tempo, elas acreditam em tudo que o possa ser atribuído à América. E mais: passaram tantos anos habitando uma paisagem mental ilusória, cheia de paranóias e teorias conspirativas, que se poderia perfurar fundo suas mentes sem tocar na realidade.
Por fim, elas são estrategicamente implacáveis. Jeffrey Goldberg, da The New Yorker, que passou anos produzindo notícias sobre extremistas, diz que eles usam espasmos de ódio fabricados para calejar seus seguidores. Depois que estes vivem alguns anos entre espasmos raivosos e sermões ferozes, matar um americano ou um judeu, ou até mesmo um companheiro muçulmano, não parece ter maiores conseqüências do que matar um mosquito. É disso que são feitos os homens-bomba.
Os revoltosos são o verdadeiro inimigo, não Newsweek e tampouco os soldados americanos que servem de guardas prisionais. Só para recuperar a perspectiva, permitam-me citar um pequeno trecho de um sermão proferido pelo xeque Ibrahim Mudeiris, exibido no fim de semana passado na estação de TV oficial da Autoridade Palestina. ‘Chegará o dia em que nós governaremos a América. Chegará o dia em que nós governaremos a Grã-Bretanha e o mundo todo – menos os judeus.
Os judeus não desfrutarão uma vida tranqüila sob nosso regime porque eles são traiçoeiros por natureza, como foram durante toda a História. Chegará o dia em que tudo será tirado dos judeus – até as pedras e as árvores que foram danificadas por eles. Escutem o profeta Maomé, que lhes diz sobre o fim cruel que espera os judeus. As pedras e árvores desejarão que os muçulmanos acabem com cada judeu.’ São esses os extremistas, o verdadeiro inimigo. Não percamos a bola de vista.’
Milton Coelho da Graça
‘Newsweek: correção ou quem tem tem medo?’, copyright Comunique-se (www.comuniquese.com.br), 19/05/2005
‘A revista Newsweek informou em sua edição da semana passada (2-6/5) que, na prisão militar (e ilegal, segundo as entidades defensoras dos direitos humanos) de Guantánamo, prisioneiros muçulmanos foram interrogados de forma inédita: os interrogadores suspendiam um exemplar do Alcorão sobre a privada, ameaçando soltá-lo e puxar a descarga. Pelo menos uma vez cumpriram a ameaça.
Há dez anos, provavelmente qualquer reação em algum país muçulmano só ocorreria algumas semanas depois. Mas neste mundo da Internet o brado de protesto ocorreu exatamente no Afeganistão, país ocupado por forças internacionais e um dos mais pobres do planeta. O protesto veio sob a forma de manifestações violentas nas ruas e a ameaça de que os líderes religiosos decretassem uma ‘guerra santa’ contra os Estados Unidos.
Muita coisa deve ter ocorrido longe dos olhos da imprensa mas podemos ter a esperança de que um dia saberemos apenas um pedaço da verdade. Mas o efeito foi público: a Newsweek inicialmente informou que talvez tivesse se enganado na interpretação das declarações da fonte, mas, no sábado (14/5), já estava publicando um formal desmentido e afirmando ter cometido um erro.
Confissão sincera? Guantánamo é uma fortaleza sem vidraças, para ninguém do lado de dentro ver o mundo do lado de fora e vice-versa. Cada um de nós, por isso, tem o direito de acreditar ou não em qualquer história sobre o que acontece em seu interior. Eu, por exemplo, acho que a revista simplesmente botou o galho dentro, como diz a nossa sabedoria popular. É muito difícil imaginar que a versão original, atribuída a uma fonte militar, tenha sido uma mentira ou invenção de repórter, especialmente nestes tempos em que a imprensa americana – e muito especialmente as revistas semanais – teme perda de credibilidade. Quando a imprensa é proibida de saber e contar o que está acontecendo, o censor tem de levar em conta que o preço da censura é a imaginação livre.
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Grossi desmente boato sobre jornal
O sr. Pedro Grossi, diretor do Jornal do Brasil, é amigo do prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias, que montou a inédita aliança PT-PSDB para derrotar os aliados do casal Garotinho em Nova Iguaçu. Os dois se encontraram várias vezes nas últimas semanas e um boato começou a circular na cidade: estaria sendo articulado o projeto de um jornal diário voltado especialmente para a Baixada Fluminense.
O sr. Pedro Grossi desmentiu formalmente que tal projeto exista. ‘Sou amigo do prefeito, estive com ele várias vezes, mas em nenhum momento essa idéia surgiu em nossas conversas. Não há anunciantes na Baixada para justificar um jornal diário e a circulação dos jornais diários do Rio mostra os limites do mercado.’
Pedro Doria
‘Correspondentes em debandada’, copyright No Mínimo (www.nominimo.com.br), 19/05/2005
‘Na semana de 25 de abril, a revista norte-americana ‘Newsweek’ circulou com um rapaz mulato na capa, vestindo bermuda e apenas, pistola automática à mão, correndo com uma parede de tijolos expostos ao fundo. O título: ‘Rio’s ruin’ (A ruína do Rio). A reportagem, assinada pelo correspondente Mac Margolis, faz um bom apanhado da situação de decadência da capital carioca e é parte de uma série publicada na edição a respeito de grandes metrópoles do mundo: Bombaim, Londres e Xangai são as outras escolhidas.
Poucas semanas antes, Andrew Downie, correspondente da ‘Time’ no Brasil, estava circulando pelo interior gaúcho à procura de parentes de dom Cláudio Hummes, arcebispo de São Paulo, ainda papável. Caberia a Andrew escrever a reportagem de abertura caso dom Cláudio terminasse papa. Ele não tirava da cabeça o comentário de um amigo, alguns dias antes. Com um papa brasileiro, haveria mais trabalho. O mundo estaria curioso para saber que país é este. Mas não aconteceu.
Há uma diferença entre Andrew e Mac. O correspondente da ‘Newsweek’ tem emprego fixo. O da Time é um stringer – quando consegue emplacar uma reportagem, recebe; em caso contrário, nada. Por conta, ele trabalha regularmente também para o diário norte-americano ‘The Christian Science Monitor’ e para o britânico ‘The Daily Telegraph’. O caso de Andrew é cada vez mais comum: os principais veículos estrangeiros estão prestando menos atenção no Brasil.
País tediosamente pacífico
No final do ano passado, a National Public Radio (NPR), principal cadeia de rádio com noticiário freqüente dos EUA, reconvocou seu correspondente no Brasil. Há planos de encaixar outra pessoa no cargo, mas deve ficar para o segundo semestre. Não faz muita falta. O mesmo é verdade para a cadeia de jornais Knight Ridder, controladora, entre outros, do ‘Miami Herald’. Nenhuma pressa. O ‘Voice of América’, noticiário oficial do governo norte-americano, simplesmente fechou seu escritório. O britânico ‘The Guardian’, que há poucos anos tinha um correspondente com salário fixo, também passou a trabalhar com stringers. Todos os diários do Reino Unido operam assim.
‘É que o Brasil é tão tediosamente pacífico’, tenta explicar Martin Kaste, atual correspondente da NPR em Seattle, noroeste dos EUA, e último a ocupar o cargo no Brasil. ‘É claro que não parece pacífico para o sujeito que foi decapitado na Baixada Fluminense, mas compare com o Iraque.’ O Iraque é um dos motivos do dreno de correspondentes. Os jornais vendem menos em todo o mundo e sustentar uma tropa de jornalistas na zona de guerra é uma atividade extremamente cara. E esta é a prioridade de cobertura fora das fronteiras da imprensa em todo mundo.
‘Mas às vezes não entendo’, completa Andrew, da ‘Time’: ‘Quantas pessoas querem saber a respeito de mais um homem bomba em Israel? Há uma guerra não declarada aqui no Brasil.’ Ainda assim, mesmo com a capa da ‘Newsweek’, sua revista segue desinteressada. Interessou outra coisa: a cartilha politicamente correta do governo. Valeu um quarto de página na ‘Time’.
‘Sabe, a política brasileira é muito complicada e, no fundo, nem um pouco interessante’, arremata Alex Bellos, último correspondente do ‘Guardian’. Quando trabalhou no país, conseguia atrair o interesse de seus editores principalmente com reportagens sobre futebol. Não que os ingleses estejam preocupados com o Campeonato Brasileiro ou com uma vitória eventual de Flamengo ou Corinthians. Mas qualquer apresentação de um novo jogador brilhante vale matéria.
Exceções na economia
Raramente os correspondentes no Brasil ocupam-se apenas do país. Em geral, cobrem uma área geográfica que ocupa toda a América do Sul. Os principais jornais norte-americanos, ‘The New York Times’ e ‘The Washington Post’, são exceções: têm correspondentes no litoral atlântico e no pacífico do continente. No caso do ‘Post’, no entanto, o correspondente vive em Buenos Aires. Por um curto período, na década de 90, houve também um repórter no Brasil, mas os editores do jornal terminaram por julgá-lo desnecessário.
Outro jornal importante que tinha sede no Brasil, mas se mudou por conta da crise econômica Argentina, é o ‘Chicago Tribune’. Ainda assim, mal foi nomeado o último correspondente e ele foi emprestado para o escritório de Bagdá – está lá desde outubro do ano passado.
Economia é justamente o assunto chave em que Brasil e Argentina interessam. Embora os principais jornais e revistas estejam em retirada, os especializados em finanças trabalham, às vezes, com até mais de um repórter. É o caso do ‘Wall Street Journal’ e do ‘Financial Times’. A agência de notícias Bloomberg chega ao ponto de ter escritórios no Rio e em São Paulo simultaneamente. O semanário britânico ‘The Economist’, que junto ao ‘New York Times’ é o órgão de imprensa que mais repercute no mundo, também tem um correspondente fixo com escritório bem montado em São Paulo.
São a exceção: o Brasil é cada vez menos relevante e mesmo os arroubos de política externa do atual governo terminam sendo reportados por correspondentes na ONU, na OMC, em Washington – não carecem de alguém in loco. ‘Mas em que isso é importante?’ Quem faz a pergunta é o ex-correspondente do ‘Guardian’. ‘Na Inglaterra nunca escrevemos sobre o que os repórteres estrangeiros falam. No Brasil, dá sempre notícia de primeira página.’’
O Estado de S. Paulo
‘‘Newsweek’ reduz uso de fonte anônima’, copyright O Estado de S. Paulo, 23/05/2005
‘NOVA REGRA: A Newsweek somente irá usar fontes anônimas com a aprovação do editor-chefe de agora em diante, disse o diretor da revista após a retratação de uma reportagem sobre profanação do Alcorão que desencadeou protestos no mundo árabe.
‘De agora em diante, apenas o editor-chefe e outros altos editores especialmente designados poderão autorizar o uso de uma fonte anônima’, Richard M. Smith, diretor da Newsweek e editor-chefe, escreveu na edição desta semana da revista.
O nome e a posição da fonte terão de ser compartilhados com o alto editor e a revista tentará caracterizar a fonte apropriadamente, disse Smith em uma carta aos leitores explicando como os procedimentos de obtenção de informações serão melhorados após a retratação.
‘A enigmática frase ‘disse uma fonte’ não será nunca mais a única atribuição para uma história na Newsweek’, disse ele, prometendo um renovado esforço para que uma segunda fonte confirme a informação.
A Newsweek retratou-se na semana passada de sua reportagem do dia 9, dizendo que não podia provar a informação de que uma investigação militar encobriu a violação do Alcorão na base militar de Guantánamo, Cuba. O artigo dizia que interrogadores americanos jogaram pelo menos um exemplar do livro sagrado muçulmano em um vaso sanitário para irritar os prisioneiros .
Em meio a um forte sentimento anti-EUA no mundo árabe por causa da invasão do Iraque e o abuso de prisioneiros em Abu Ghraib, a reportagem desencadeou violentos protestos no Afeganistão – onde 16 pessoas foram mortas e dezenas feridas durante confrontos com as forças de segurança – assim como no Paquistão, na Indonésia e na Faixa de Gaza.’
SUÉCIA
‘Suécia quer limitar imagens de mulheres seminuas na mídia’, copyright BBC Brasil (http://www.bbc.co.uk/portuguese), 22/05/2005
‘O primeiro-ministro da Suécia, Goran Persson, condenou a mídia do país a abusar de imagens de mulheres seminuas para aumentar suas vendas.
Ele disse que o governo está avaliando maneiras de ‘sanitizar’ a mídia, o que pode incluir mudanças na legislação.
‘Onde quer que você vá hoje em dia, aqui na Suécia, você vê fotos de jovens praticamente despidas’, disse ele, em um discurso para um congresso de mulheres do Partido Social Democrata.
Uma pesquisa divulgada durante o Fórum Econômico Mundial na Jordânia, no início da semana passada, mostrou que a Suécia é o país com o menor nível de diferenças econômicas entre homens e mulheres.
‘Censura’
‘Não há motivo para agora sentarmos e acharmos que nosso trabalho está terminado’, afirmou Persson.
‘Precisamos nos afastar dessa oferta degradante, senão pornográfica, que vemos em alguns veículos de comunicação.’
O primeiro-ministro também disse que os tablóides suecos estão ‘indo na mesma direção que os britânicos’, numa clara referência à famosa ‘Página 3’ do The Sun, que sempre traz a foto de uma modelo com os seios à mostra.
Persson afirmou que o governo está planejando fazer uma avaliação geral do assunto até o fim deste ano, o que, segundo ele, pode resultar em novas leis.
O tablóide Aftonbladet reagiu, dizendo que se trata de ‘censura’.
‘Limitar a liberdade de expressão e o que deve ser publicado pela imprensa vai contra os nossos princípios democráticos’, disse o editor-chefe do jornal no site da publicação.’