O New York Times anunciou que a partir de setembro os textos de seus colunistas não estarão mais disponíveis em seu portal gratuitamente. Quem quiser lê-los, terá que desembolsar US$ 49,95 anuais por um pacote que inclui também o acesso ao arquivo digital do jornalão. As reportagens noticiosas continuarão abertas ao público em geral, como acontece hoje.
Farhad Manjoo, da revista virtual Salon [17/5/05], questiona se, com a medida, o diário perderá poder de influência, pois, provavelmente, muito menos gente lerá as colunas de opinião. Seu publisher, Arthur Sulzberger Jr., afirma não temer que o Times perca muita repercussão, pois seguirá tendo milhões de leitores com a edição impressa. E, mais importante que isso, formadores de opinião de todo os EUA lêem as colunas. Sulzberger explica que era necessário começar a cobrar por algum conteúdo na internet, porque a receita originada com publicidade é inconstante. ‘O crescimento da publicidade online tem sido espetacular, e pode ser que continue assim, mas, quando se tornar algo maduro, também se tornará cíclico, e terá altos e baixos. É necessário ter a estabilidade de outra fonte de renda’, argumenta.
Só o futuro dirá se a iniciativa de fechar parte de seu sítio a assinantes será um sucesso ou um fracasso. Um fator que deve ser determinante será se outros jornais acompanharão o movimento, passando também a cobrar por seu conteúdo. Como o Times exerce um papel de liderança no jornalismo diário americano, é bem possível que isso aconteça.