Três jornalistas romenos e seu intérprete foram libertados no Iraque no domingo (22/5), depois de 55 dias em poder de milícias rebeldes. Os seqüestradores, que se intitulavam membros da Brigada de Mouadh Ibn Jabal, ameaçavam matar a repórter da Prima TV Marie-Jeanne Ion, Sorin Dumitru Miscoci, cinegrafista da emissora, e Eduard Ovidiu Ohanesian, do diário Romania Libera, caso a Romênia não retirasse suas tropas do Iraque.
Os três foram capturados em 28/3, cinco dias após chegarem ao país, junto com seu intérprete, o americano-iraquiano Mohamed Munaf. A rede de TV al-Jazira mostrou, por duas vezes, imagens dos reféns. Na segunda transmissão, em 22/4, os jornalistas apareciam algemados, pálidos e descalços com armas apontando para suas cabeças.
O porta-voz da presidência romena afirmou que Marie-Jeanne, Miscoci e Ohanesian estão sob proteção de autoridades policiais, não estão machucados e que, em breve, será divulgada a data de seu retorno à Romênia. Informações da organização Repórteres Sem Fronteiras [22/5/05].
Iraquianos assassinados em estrada
Dois jornalistas iraquianos foram assassinados na semana passada, aumentando o número de profissionais de imprensa mortos no país para 11 desde o começo deste ano, informa a organização Repórteres Sem Fronteiras [16/5/05].
Najem Abed Khodair, repórter dos jornais al-Madaa e Tariq al-Shaab, e Ahmad Adam, poeta e escritor que contribuía com o al-Madaa e com o diário Sabah, seguiam na estrada em direção a Kerbala, onde moravam, quando foram interceptados por homens armados, que cortaram suas gargantas e abandonaram os corpos. A polícia iraquiana prendeu nove homens suspeitos de terem cometido o crime.
Segundo a RSF, 58 profissionais de imprensa foram mortos no Iraque desde o começo da guerra, em março de 2003.