Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

China treina agentes para falarem bem do governo

O governo chinês teria treinado um grupo de 127 funcionários para navegar na internet e espalhar comentários em fóruns de discussão, defendendo o regime comunista. Segundo uma publicação local, essa força especial tem trabalhado na cidade de Suqian desde abril. O objetivo oficial dessa nova divisão de propaganda digital seria ‘divulgar o programa de combate à corrupção’ do governo, segundo informa a Reuters [19/5/05]. A China tem cerca de 100 milhões de usuários da Rede. Pequim possui uma polícia especial para vigiá-los, a qual se acredita ser responsável pelo bloqueio de páginas e rastreio de e-mails, além de prender pessoas que publicam conteúdo considerado subversivo.



Mídia ignora discurso anti-semita, acusa grupo militante

O grupo pró-Israel de monitoramento de mídia Camera [18/5/05] publicou nota acusando a grande mídia internacional de ignorar um sermão do xeique Ibrahim Mudeiris na TV palestina, em que comparou os judeus a um ‘vírus que lembra a Aids’ e incitou os muçulmanos a ‘acabarem com cada um deles’. Segundo a organização, a agência Reuters só tocou no assunto quando a Autoridade Palestina disse que investigaria o líder religioso e trataria de fazer com que não voltasse a discursar na televisão. Outro incidente envolvendo anti-semitismo foi, este sim, noticiado pela Reuters e pela AP [18/5/05]: a organização judaica Anti-Defamation League, sediada em Nova York, conseguiu fazer com que a Autoridade Palestina tirasse de uma de suas páginas de internet a versão integral dos Protocolos dos Sábios de Sião, texto escrito por um alemão no século 19, em que é descrita uma suposta conspiração sionista para dominar o mundo. A obra é considerada um ‘clássico do anti-semitismo’, tendo sido usada na Rússia czarista e na Alemanha nazista para justificar ações contra os judeus.