Dizia meu professor de Estatística ser esta uma ciência matemática que comprova o pretendido. E exemplificava: para comprovar que 100% dos entrevistados (nós, os alunos) bateram na própria mãe em alguma oportunidade, perguntou: ‘Já deixou de bater na própria mãe? Sim ou não.’ Quem respondeu sim, batia antes; quem respondeu não, continuava batendo. E comprovou o que queria. Ou seja, nada é confiável, pois depende da pergunta, das alternativas, da amostragem, da grade comparativa, e por aí vai. Excelente matéria, parabéns.
Leto Esher, arquiteto, São Paulo
Documento nefasto
Envio a vocês uma denúncia que considero da maior importância. A InterTV, emissora regional e afiliada da Rede Globo, fez entrevistas, e não debates, como seria mais proveitoso, com os candidatos à sucessão municipal. Até aí, razoável, só que a emissora obrigou os candidatos a assinarem um documento no qual existia um item que proibia qualquer crítica ao governo municipal. É óbvio que isto caracteriza censura prévia, e foi feito com a ameaça de não-realização das entrevistas caso o tal item não fosse aceito. O pior é que todos os candidatos, temendo perder as boas graças da InterTV, assinaram documento tão nefasto as liberdades democráticas, particularmente a liberdade de imprensa.
Luiz Antônio Nogueira da Guia, professor, Cabo Frio, RJ
Colunas e desinformação
Sugiro um debate sobre o tema colunistas. Alguns, com colunas publicadas em todo o Brasil, erram feio. O pior é que muitos não publicam seus endereços eletrônicos (para não serem cobrados?). Um exemplo: Sebastião Nery, na sua coluna de 5 de outubro no sítio da Tribuna da Imprensa, afirma que o PT, ‘que em 2000 tinha conquistado QUASE todas as prefeituras da Baixada Santista, em 2004 não elegeu QUASE ninguém’. Em 2000 o PT não elegeu NENHUM prefeito na Baixada (somente 5 vereadores). Em 2004 o PT está indo para o segundo turno em Santos (com vantagem de 10 pontos) e elegeu na região 14 vereadores. E o Nery diz que a ‘queda’ do PT na Baixada foi devida ao governo Lula. Em tempo: não adianta mandar mensagem à Tribuna. Se não for para bajular o Hélio Fernandes, não sai.
Edson Luiz Moreira de Araújo, aposentado, São Vicente, SP
Rede invisível
Os marqueteiros – veja Duda Mendonça, trevo e coração pulsando a lulinha paz e amor – só não entenderam o processo democrático brasileiro nesses 20 anos, nem que já existe uma rede na sociedade muito maior do que eles imaginam; foi por isso que eles erraram nas pesquisa. Essa rede é invisível, pouca gente vê.
Everardo de Aguiar Lopes, educador, Brasília
Erro proposital
Excelente o artigo do Sr. Alberto Dines, ‘Pitonisas e magos foram os derrotados’. O erro do DataFolha foi menor que o do Ibope, que apontava a Sra. Marta como vencedora. Me parece, no entanto, que tais erros são até propositais, e coloco em dúvida não o erro técnico, mas se não foi intencional o erro, mostrando às vésperas da eleição um número mais favorável à atual prefeita, com o intuito de induzir os indecisos a votarem na Sra. Marta. Outro assunto, o marketing político, na minha opinião, somente funciona na rejeição: Erundina foi eleita em rejeição a Paulo Maluf, Pitta foi eleito em rejeição ao PT, Marta foi eleita em rejeição a Paulo Maluf, e Serra, ao que parece, será eleito mais pela rejeição a Marta do que pelo seu passado. Conclusão: Erundina foi obra de Paulo Maluf, Pitta foi obra de Erundina, Marta foi obra de Paulo Maluf e Serra será mais uma obra de Marta.
Marcio Luiz Donato, vendedor, São Paulo