O soldado inglês Stuart MacKenzie irá enfrentar a Corte Militar depois de ter sido acusado de armar a falsificação de fotos que mostravam soldados britânicos abusando de prisioneiros iraquianos. As fotos publicadas pelo jornal Daily Mirror sob a manchete ‘Vil’ (Vile) mostravam um soldado urinando em um prisioneiro ferido, e um outro prisioneiro sendo espancado com um rifle. A publicação das fotos ocorreu semanas depois das primeiras imagens das atrocidades de Abu Ghraib serem reveladas, e causou protestos no mundo inteiro. A farsa foi desvendada por causa de fatores como uniformes, veículos militares e equipamentos, visivelmente falsos. MacKenzie foi acusado de ter forjado as imagens pelo editor do Mirror, Piers Morgan, demitido pouco tempo depois. No dia seguinte em que se descobriu a farsa, o jornal publicou uma confissão na primeira página pedindo desculpas pelo erro irreversível que havia cometido e admitindo ter sido vítima de uma mentira maliciosa e calculada. Informações de Dominic Timms [The Guardian, 7/10/04].
Guerra de palavras na al Jazira
Editores da rede de TV al Jazira tentam impedir que os funcionários do seu sítio de internet em língua inglesa descrevam a presença das forças armadas americanas no Iraque como uma ‘ocupação’. O canal insiste que todos os seus serviços evitem a terminologia desde que os EUA entregaram a soberania do país a um governo interino, há três meses. Porém, os funcionários não concordam com a decisão: continuam usando o termo ‘ocupação’ e descrevem os militantes do país como um movimento de ‘resistência’. Uma fonte de dentro da al Jazira disse que o sítio da rede acatou a ordem de não usar os termos ‘ocupação’ e ‘resistência’ por uma semana e que depois voltou a usá-los. O porta-voz da al Jazira, Jihad Ballout, afirmou que a decisão de não usar os termos foi feita seguindo a determinação das Nações Unidas de se desfazer da palavra ‘ocupação’ depois que o governo interino tomou posse em junho. Informações de Chris Tryhorn [The Guardian, 7/10/04].