Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Artur Xexéo

‘COMO TODO MUNDO SABE, EU NÃO vejo mais novelas. E com aquele aparelho de televisão ali, olhando para mim, calado, era natural que procurasse outras distrações na telinha. Nunca vi um só episódio de ‘Sex and the city’, o que me transformou numa espécie de pária na ala mais moderna de minhas amigas. Mas descobri ‘Monk’, o mais divertido seriado de detetive dos últimos anos, herdeiro direto de ‘Columbo’, um clássico dos anos 70.

Não dá para dizer que eu tenha me tornado um viciado em ‘Monk’. O fato de o protetor de tela de meu computador ser um anúncio do programa não tem nada a ver. Só porque acabei de encomendar pela Amazon o DVD com o episódio-piloto – sou um espectador tardio da série – nem por isso devo ser considerado um fanático. Uma dose semanal de ‘Monk’ é o suficiente para satisfazer meu interesse. É verdade que pesquiso na internet as sinopses dos episódios que estão por vir. É por isso que sei que só faltam mais dois para o seriado interromper sua terceira temporada. No momento, estão sendo gravados os programas que irão ao ar, nos Estados Unidos, a partir de fevereiro do ano que vem e, daí em frente, completar-se-á a temporada. Foi assim que fiquei sabendo, por acaso, que Sharona não está mais entre os personagens fixos de ‘Monk’.

Talvez para a maioria de vocês a saída de Sharona de ‘Monk’ não signifique nada. Mas vou tentar explicar. Imagine que a partir da semana que vem, sem aviso prévio, sem nenhuma satisfação para o espectador, Nazaré não aparecesse mais em ‘Senhora do destino’. Isso mesmo. De repente, Renata Sorrah briga com Aguinaldo Silva, pede rescisão de contrato e, no meio da novela, sem mais nem menos, desaparecem as maldades de Nazaré. Renata Sorrah não é a protagonista da novela, mas qual é a graça de ‘Senhora do destino’ sem Nazaré?

Outro exemplo? Imagine ‘A diarista’ sem Solineuza. Tudo bem, a estrela é Claudia Rodrigues, mas Dira Paes é quem rouba a cena. Mesmo com todo o talento de Claudia Rodrigues, ‘A diarista’ ficaria 50% menos engraçada sem a presença de Dira Paes. Pois e se Dira Paes pedisse um aumento de salário, e a Globo negasse, e ela preferisse abandonar o seriado e Solineuza saísse do ar na semana que vem. Qual seria a graça de se ver ‘A diarista’ sem Solineuza?

Pois ‘Monk’ sem Sharona é ‘Senhora do destino’ sem Nazaré, é ‘A diarista’ sem Solineuza. Em outras palavras, não tem graça. ‘Monk’ é um seriado de detetive em que o protagonista é um obsessivo compulsivo (como Jack Nicholson no filme ‘Melhor impossível’). Sharona é sua enfermeira e também sua assistente nos casos que ele investiga.

Em muitos episódios, Bitty Schram, a atriz que interpreta Sharona, rouba a cena de Tony Shalhoub, o Monk em pessoa. Ela tem o dom de escolher os homens errados para namorar e Monk, a habilidade de descobrir o verdadeiro caráter dos pretendentes da moça. Mãe separada, sempre meio sem grana, batalhadora, Sharona é um exemplo de mulher moderna sem o guarda roupa, as festas e os homens das garotas de ‘Sex and the city’. Em outras palavras, uma mulher moderna mais perto da realidade. Sharona é a cereja no bolo de ‘Monk’. Por isso mesmo, sua atriz achou que deveria ter um ‘up-grade’ no salário. Os produtores não concordaram. Ela pediu as contas. Uma nova atriz já foi contratada e um novo personagem criado para substituir Sharona. Bobagem! Como Nazaré ou Solineuza, Sharona é insubstituível. ‘Monk’ acabou!’



SENHORA DO DESTINO
Carol Knoploch e Keila Jimenez

‘Naza teve a quem puxar’, copyright O Estado de S. Paulo, 17/10/2004

‘A bruxa sempre faz mais sucesso que a princesa nos contos de fadas. Quando a platéia infantil cresce, nada muda: o mal continua a catalisar mais atenções que o bem, principalmente quando vem representado na figura feminina. Nazaré, a mulher que seqüestra bebê na novela Senhora do Destino e vai matando qualquer um que ameace seu segredo, faz jus à regra. Com caráter de dar inveja à madrasta da Cinderela, a personagem de Renata Sorrah causa ojeriza no telespectador. Mas nem assim ele muda de canal. Ao contrário, quer ver mais, sempre apostando na máxima de que a justiça tarda, mas não falha.

Assim foi também com Odete Roitman, papel de Beatriz Segall em Vale Tudo (1988), eleita por mais de 32% dos internautas do portal do Estado como a maior vilã de todos os tempos na história da telenovela brasileira – a enquete, realizada entre 6 e 13 de outubro, permitia resposta espontânea. Leôncio (Rubens de Falco em Escrava Isaura, de 1976) veio em 2.º lugar, com cerca de 20% dos votos, seguido por Maria de Fátima Acioly (Glória Pires, de novo Vale Tudo), com 17%. Nazaré também foi bem citada. Outros destaques foram Renato Mendes (Fábio Assunção em Celebridade, de 2004, 97 votos), e Laura ‘cachorra’ Prudente da Costa (Cláudia Abreu na mesma novela, 67 votos).

O Estado também ouviu alguns dos criadores dessas criaturas para saber, dos autores de telenovelas, quem merece o troféu do mal nos folhetins brasileiros. Deu empate com a opinião do público. Dos sete autores ouvidos – Silvio de Abreu, Aguinaldo Silva, Lauro César Muniz, Walther Negrão, Glória Perez, Walcyr Carrasco e João Emanuel Carneiro – cinco citaram dona Odete. Leôncio, Maria de Fátima, Perpétua (Joana Fomm em Tieta, 1989) e Mário Liberato (Cecil Thiré em Roda de Fogo, 1986) empataram em 2.º lugar (dois votos cada). O time também cita Nazaré e Laura, além de Altiva (Eva Wilma em A Indomada, 1997), Adma (Cássia Kiss em Porto dos Milagres, 2001), Odorico Paraguaçu (Paulo Gracindo em O Bem-Amado, 1973), Raquel (a gêmea má de Mulheres de Areia, vivida por Eva Wilma em 1973 e por Glória Pires em 1993), Jezebel (Elizabeth Savalla em Chocolate com Pimenta, 2003) e Laurinha Figuerôa (Glória Menezes em Rainha da Sucata, 1990).

‘Até hoje me chamam de Odete. É insuportável, sabe? E as pessoas se acham tão originais ao me abordarem desta forma…’, disse Beatriz Segall ao Estado, após duas tentativas frustradas da reportagem em ouvi-la: há tempos ela declara que não fala mais sobre o papel. ‘Já fiz tantos outros personagens, principalmente no teatro, que isso me incomoda’ Em cartaz no Rio com a peça Pequenas Raposas, a atriz acredita que Odete ainda é lembrada porque a personagem foi ‘muito bem escrita e a novela, um sucesso’.

Renata Sorrah, que fez a alcoólatra Heleninha Roitman, filha de Odete em Vale Tudo, assina embaixo. ‘A filha era o alvo predileto dela! Foi uma das melhores vilãs, ao lado de Suzana Vieira como Branca (Por Amor, 1998), Eva Wilma como Altiva e Cláudia Abreu de Laura’, cita Renata.

‘Só fui me dar conta do sucesso da Odete quando a novela acabou’, completa Beatriz, que cita Perpétua como sua vilã predileta. Em viagem de férias pela Europa, Gilberto Braga – pai de Odete, Laura, Maria de Fátima, Yolanda Pratini (Joana Fomm em Dancin’Days, 1978) e de boa parte das malvadas que permeiam a imaginação do público – , não foi localizado para esta reportagem. Em entrevista ao Estado há dois anos, o autor justificou que o mal faz sucesso porque é atraente. ‘Viver uma vilã é uma espécie de catarse. Nossa maldade fica toda lá, na ficção’, disse Braga na época. Para ele, os atores vêem muito mais glória em fazer uma megera do que em viver o herói da história. ‘O papel de mocinho, na novela, em geral, é uma tarefa ingrata e chata.’ E, embora reconheça que suas vilãs são as mais memoráveis, orgulha-se em especial de um vilão: Felipe Barreto (Antônio Fagundes em O Dono do Mundo, 1992).

Felipe é uma zebra no terreno do telemal. Em vez de vê-lo como vilão, o público atribuiu a falha de caráter à mocinha por ele seduzida. A audiência migrou para a adocicada Carrossel, no SBT. Braga então fingiu ceder à pressão do público e Felipe fingiu ser bonzinho – só no desfecho da trama despiu-se da pele de cordeiro. ‘Acho que minha inspiração para criá-los vem da própria vida e da maldade que existe dentro de mim e de todas as pessoas’, admitiu o autor.

E dá-lhe Nazaré – Exceção feita a Celebridade, Gilberto Braga não é de castigar seus vilões no último capítulo. Como na vida real, vários deles se deram bem. Mas Nazaré, a madrasta má da temporada, não tem folga no script de Aguinaldo Silva. O autor justifica que criou uma vilã atrapalhada para fugir do clichê que abençoa o mal por todos os capítulos, para só puni-lo no último dia.

‘Nazaré, como acontece com o gato no seriado Tom & Jerry (sim, eu me baseei nele!), está há anos tentando acertar uma bomba na cabeça da Do Carmo (Suzana Vieira), mas a bomba sempre cai sobre a própria cabeça’, comenta o autor. A referência de desenho animado já inspirou outras vilãs de sua autoria, como Perpétua, Altiva e Maria Regina (Letícia Spiller em Suave Veneno).

‘A Nazaré é surtada demais’, define Renata Sorrah, que faz uma vilã pela primeira vez na TV. ‘Estou adorando. As pessoas me param nas ruas e dizem que esperam pelo próximo passo de Nazaré.’ Para a atriz, Nazaré é a própria madrasta da Cinderela. É por isso que, segundo Renata, as crianças se identificam com a personagem. ‘Suas brigas com a Claudinha (Leandra Leal) são de adolescente. Ela é infantil e atrapalhada.’

Aguinaldo conta que um dia desses estava assistindo à novela com um amigo nascido na Europa que, ao ver Renata em cena, disse: ‘Se ela tivesse nascido na Inglaterra, seria como Vanessa Redgrave, Judy Densch ou Maggie Smith e já teria ganho pelo menos dois Oscars.’ Vale a pena ver de novo – Eternamente lembrado como Leôncio, Rubens de Falco volta ao romance de Bernardo Guimarães como pai do personagem que o consagrou, na versão de Escrava Isaura que estréia amanhã, na Record. O ator reconhece que Leôncio foi o maior sucesso de sua carreira, mas não seu melhor personagem. ‘Cito sempre os papéis de O Grito, A Sucessora, Os Imigrantes. Não poderia imaginar que Escrava Isaura ficaria 30 anos em cartaz’, diz. ‘Na China, por exemplo, está no ar a todo momento e agora volta à tela na Record.’ Falco destrói a tese de que intérprete de vilão corre o risco de ser hostilizado nas ruas. ‘Os negros me adoram. São os meus maiores fãs. Os que fazem rodas de pagode perto da minha casa cantam ‘lerê-lerê, lerê-lerê lerê’ quando me vêem.’

Leôncio é uma das poucas figuras masculinas do mal guardadas na memória do público. ‘É como na vida real. As mulheres têm mais artimanhas, disfarçam o ódio, usam o charme’, opina Glória Perez, que diz ter dificuldade para colocar vilões em seus folhetins. Ela cita Odete Roitman, Nazaré e Leôncio como seus favoritos.

Para Aguinaldo Silva e Lauro César Muniz, essa força do mal entre as mulheres vem de longe. ‘O gênero é preconceituoso porque teve suas regras estabelecidas no século 19, quando a sociedade achava que mulheres eram dissimuladas, rancorosas, maquiavélicas’, fala Silva. ‘Os homens são mais racionais e diretos, as mulheres, mais instintivas e sutis em suas ações negativas. Isso vem desde a época do teatro, quando a maior vilã é sem dúvida Lady Macbeth, um grande modelo para os novelistas’, fala Lauro César Muniz, que cita entre seus vilões prediletos Mário Liberato (Roda de Fogo) e Juca Pirama (Luís Gustavo em O Salvador da Pátria, 1989).

Walther Negrão lembra-se de Odorico Paraguaçu, mas quando o assunto é maldade pura só lhe vêm à cabeça Maria de Fátima (Vale Tudo) e Perpétua (Tiêta). ‘As mulheres lidam melhor com sentimento. Isso também se aplica ao ressentimento. Por isso são grandes vilãs’, fala Negrão.

Para João Emanuel Carneiro, que há pouco colocou Bárbara (Giovana Antonelli em Da Cor do Pecado) no ar, as mulheres são mais ambíguas e sensíveis. Podem usar da sedução para praticar maldades. ‘O homem é unilateral, mais bruto. Com as mulheres dá para brincar com as famosas armas femininas. E elas são numerosas.’

Silvio de Abreu reconhece que ‘as mulheres têm mais facetas do que os homens, são mais ricas emocionalmente’. ‘Bette Davis, Joan Crawford e Barbara Stanwick, quando resolviam ser vilãs, eram imbatíveis e as cenas nunca saem da nossa memória’, declara o pai de Laurinha Figuerôa, Angela Vidal (Claúdia Raia em Torre de Babel, 1998) e Carolina (Lucélia Santos em Guerra dos Sexos, 1984). Abreu destaca Odete Roitman, Mário Liberato e Laura como seus prediletos. Homens ou mulheres, o fato é que, parafraseando Alfred Hitchcock, quanto melhor o vilão, melhor a história.’



Daniel Castro

‘Novela denuncia pais que abandonam filhos’, copyright Folha de S. Paulo, 17/10/2004

‘Avesso a campanhas em novelas, Aguinaldo Silva, autor de ‘Senhora do Destino’, mudou de idéia. Ele, que inicialmente iria apenas fazer uma discussão sobre a adoção de crianças por casais homossexuais (no caso, duas lésbicas), resolveu encampar uma batalha maior.

‘Vou dar um passo adiante nessa história [da adoção pelas lésbicas] e fazer uma campanha para que os pais que abandonam os filhos na rua sejam punidos de alguma forma. Se um pai que não paga pensão aos filhos é preso, por que um pai que simplesmente abandona os filhos na rua pode dizer ‘se tem criança na rua a culpa é do governo’ e ficar tudo por isso mesmo?’, indaga.

Média 1

O departamento de marketing da Rede TV! fez uma brincadeira com o namoro de Luciana Gimenez com Marcelo de Carvalho, vice-presidente e sócio da emissora, assumido (finalmente) pela apresentadora.

Média 2

O departamento produziu um anúncio, daqueles em que a emissora costuma comemorar audiência, dizendo ‘Na Rede TV!, até o patrão dá ibope’. Isso não será publicado.

Fronteiras

Criado por um fã de Lucélia Santos, o site www.arquivoluceliasantos.com já foi visitado por internautas da Alemanha, Dinamarca, EUA, Hungria e Romênia. Tudo por causa do sucesso de ‘Escrava Isaura’.’



ENTREVISTA / MÔNICA WALDVOGEL
Renata Gallo

‘‘Crio produtos para conseguir emprego’’, copyright O Estado de S. Paulo, 17/10/2004

‘Ela é um exemplo de mulher bonita, elegante e bem-sucedida. E, apesar de há mais de 20 anos estar na TV praticamente todos os dias, só agora, com duas horas semanais, Mônica Waldvogel apareceu – e se transformou em uma espécie de grife.

Falando sobre amenidades no Saia Justa, no GNT, e questionando seus convidados no Dois a Um, no SBT, a jornalista, mãe de um rapaz de 30 anos, diz que sempre se encaixou no padrão certinho de jornalista, no qual a figura do profissional é praticamente nula. Para quem sempre procurou expor a opinião dos outros, expor a própria foi um exercício doloroso.

A mulher que já fez campanha de cosmético diz que precisa ter as mínimas condições para tirar uma foto e lê três jornais diariamente – incluindo o caderno de economia inteiro – apenas para se manter preparada. Praticamente uma mulher de propaganda de margarina.

Estado – Você se expõe pouco no GNT…

Mônica – Não é verdade. Eu me exponho muito, muito, muito. De um jeito que nunca imaginei na minha vida. Mas talvez seja um pouco menos que as outras ou meu estilo seja diferente, porque quando falo de mim eu abaixo o tom, não fico tão à vontade. Ao contrário da Fernanda (Young), da Marisa (Orth), que falam com muito mais entusiasmo sobre si. Mas me exponho demais, tem dia que não consigo nem dormir. (risos)

Estado – Você fica constrangida com os assuntos debatidos?

Mônica – Olha, no Saia Justa a gente tem um pacto, não explicitamente combinado, mas a gente respeita o tempo e o limite de cada uma. Se uma quer se expor muito ninguém vai dizer: ‘Ó cuidado, você ultrapassou o sinal’. E, se a outra não quer falar sobre o assunto, também não fala: ‘Ah, você está em cima do muro’. A gente se respeita porque o legal do programa é ser espontâneo. Mas a gente usa muitos recursos: conto um caso nosso dizendo que é de uma amiga, um caso de uma amiga dizendo que é de um amigo…

Estado – Você não acha ruim que as outras meninas comentem assuntos sobre os quais nem sempre estão a par?

Mônica – Freqüentemente isso acontece e meu papel é exatamente conduzir os assuntos. A idéia é que o programa registre muito mais os impactos emocionais do que faça análises. Quem quer ver isso não vai procurar o Saia Justa. Às vezes elas tomam conhecimento na hora do que aconteceu e reagem. Isso é o papel do programa: a opinião leiga mesmo, não técnica.

Estado – No último ‘Dois a Um’, com Paulo Autran e Paulo Vilhena, foi visível a diferença de conhecimento entre os dois. A idéia do programa é mesmo unir dois ‘opostos’?

Mônica – A cada dupla vem uma idéia diferente. No caso dos Paulos, a idéia era ter um contraponto: alguém que tem 60 anos de carreira com alguém que está começando, alguém que já está consagrado com alguém que tem um certo deslumbramento com a profissão. Mas a gente não sabia que o desnível era tão grande. É que, de fato, foi feito um retrato da forma que essas jovens celebridades se expõem diante do seu trabalho.

Estado – Você ficou contrangida?

Mônica – Não constrangida… (pausa). Eu fui surpreendida pela baixa articulação do Paulo Vilhena. Ele vive para um mundo dele, que é TV, praia, garotas e festa. Ele tem vocabulário para este mundo. Para falar para outros mundos ele já tem dificuldade.

Estado – Hoje, o que você vislumbra?

Mônica – A esta altura já aprendi que é melhor não ficar vislumbrando (risos). O ambiente da TV brasileira é muito instável. Vi uma palestra do Mino Carta e ele dizia que teve que fundar uma revista para criar o próprio emprego. De certa forma, estou fazendo isto: criando um produto para ter emprego. E inventando, reinventando.’