Um acréscimo às críticas, como sempre bem fundamentadas, de Alberto Dines sobre o oba-oba em torno das reformas gráficas de O Globo (“Mudanças para acabar com mudanças”): essa repaginação não corrigiu o grande erro ocorrido há 17 anos, com prejuízo ao maior cartunista do Brasil e uma das grandes atrações do jornal: Chico Caruso. Suas charges exigem um espaço maior do que o dedicado a ele na primeira página para que os leitores possam melhor admirar seus traços impecáveis. Como têm sido reproduzidas em dimensões minúsculas, é impossível a identificação dos caricaturados, sem o auxílio de uma lupa – especialmente as mais recentes, que abordam o julgamento do mensalão, com dezenas de personagens. Para não dizer que a crítica é vazia, aqui vai a solução: deem-lhe o espaço da segunda página, agora impressa em cores, no lugar das fotos que ilustram a área das chamadas, ao lado da coluna política, e estaremos todos recompensados: o autor e os leitores (Ivanir Yazbeck,jornalista, diagramador e editor de arte [JB, O Globo, O Dia e Extra] e escritor, autor de dez livros, entre eles a biografia do presidente Itamar Franco, O Real Itamar, Ed. Gutemberg, 2011)
Exageros da imprensa no caso do mensalão
A cobertura do Caso do Mensalão pode ser um tema interessante para o programa do OI. Ontem (1/8), Carlos Chagas comparou na TV o julgamento no STF com o de Nuremberg: os nazistas usaram o mesmo argumento: “Fiz o que meus chefes mandaram.” Mesmo assim, foram enforcados ou condenados à prisão perpétua. Não faz sentido comparar José Dirceu a Adolf Hitler. Então, como explicar esse ódio? Seria uma vingança contra o operário-presidente, dono de enorme (e justa) popularidade? (Carlos Didier, pesquisador e escritor, Rio de Janeiro, RJ
O caso Veja
É hora da CPI da Veja. Andressa Mendonça, née Cachoeira, iria entregar um dossiê contra um juiz federal ao editor da revista Veja em Brasília, Policarpo Junior, caso ele não beneficiasse seu marido preso. Como o juiz não aceitou a ameaça, Andressa teve que pagar R$ 100 mil para não ser presa também – a revista pode sair esta semana estourando nas bancas com o tal dossiê, ou pelo menos alguma historinha paralela e ficamos todos por isto. Quando, antes, Policarpo Junior foi ameaçado de ser intimado a depor na CPI do Cachoeira, levantou-se uma cortina de ferro na grande imprensa contra isto, em nome da liberdade de imprensa. Coisa que não aconteceu com governadores, prefeitos, empresários. Qual o problema de um jornalista depor numa CPI? Ele pode até ir lá e não falar nada, como fez o próprio Cachoeira. Mas a grandiosa imprensa brasileira não pode jamais ser atingida em seu direito de investigar, denunciar e difamar quem quer que seja. Mesmo porque, como já fez historicamente Veja, derrubou um presidente e matou seu irmão usando destas prerrogativas. Há alguns meses, o ex-editor e fundador de Veja, Mino Carta, soltou matéria de capa da CartaCapital dizendo que Roberto Civita é o Murdoch brasileiro. Rupert Murdoch é aquele que está sendo julgado na Inglaterra por grampear o governo para obter notícias. Pois é, a matéria de Carta não teve repercussão nenhuma e ele hoje pode dizer como Golbery sobre o SNI: “Criei um monstro” (Zulcy Borges de Souza, jornalista, Itajubá, MG)
Divulgação de provas
A imprensa está sempre investigando e denunciando casos de corrupção, mas nunca é explicado nas notícias como são obtidas as provas exclusivas de alguns casos investigados pela polícia ou justiça. Na minha visão de leigo, provas de um inquérito nunca poderiam ser divulgadas durante as investigações, o que tem acontecido cada vez com maior frequência (Rui Jovita Godinho Corrêa da Silva, engenheiro, Foz do Iguaçu, PR)
Feijoada Política
Gostaria de propor ao Observatório da Imprensa que faça uma análise sobre esse blog que se diz ser sobre política: http://feijoadapolitica.com/. Ao ler as postagens, julguei as análises políticas extremamente rasteiras em matéria de argumentação e com uma tendenciosidade que me fez lembrar muitas matérias de grandes veículos de mídia que são criticadas pelo Observatório da Imprensa. Essa tendenciosidade induz o leitor a conclusões equivocadas sobre os fatos apresentados. Um desserviço ao jornalismo sério e investigativo (Felipe Vellozo, ilustrador, Rio de Janeiro, RJ)
Jovens driblam censura e financiam missionários
Membros da Igreja Presbiteriana de Olinda, Pernambuco, criaram uma rede social diferente das que já existe. É a Rede Speiron, que tem o propósito de financiar missionários em outros países. Os usuários poderão utilizar esse serviço da mesma forma como usam as demais redes, podendo interagir com outros usuários, compartilhar fotos, enviar mensagens etc., mas além disso também poderão contar com uma área exclusiva para divulgar seu ministério e receber doações. “O Speiron trabalha fortemente para a edificação do Reino e vem revolucionar o modo de viabilizar projetos missionários. Nesse novo modelo, a ideia é que várias pessoas contribuam, com pequenas quantias, de maneira colaborativa, criando a oportunidade de fazer parte de algo grande, mesmo contribuindo com pouco”, diz Cristiano Lima. A proposta da rede é ser uma “rede social com propósito” e por isso oferece gratuitamente a cada usuário que se cadastra um endereço próprio para seu perfil (www.speiron.com/nomedousuario). Ao se cadastrar na Speiron você poderá convidar seus amigos de outras redes sociais como o Facebook, o Myspace, o Gmail, Orkut e outros. O significado de speiron é “semeador” em grego. O site, criado em 2006, recebeu esse nome baseado na mensagem de Jesus deixada em Marcos 4:14. Os criadores desse site se envolveram nesse propósito de utilizar a rede para os trabalhos missionários e por isso reestruturaram o site dando novas funcionalidades (Cristiano Lima, jornalista, Olinda, PE)