Wednesday, 25 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

Guia para checar as verdades da web

Na virada do ano, o semanário português Expresso publicou um breve roteiro para o internauta saber – ou tentar saber – se o que encontra na rede merece crédito.

O guia não é nenhuma prova dos noves, mas contém conselhos sensatos, de quem sabe o que está escrevendo, embora nem sempre seja simples segui-los. Sobretudo, mostra o que preocupa – justificadamente – o jornalista da chamada mídia convencional, diante dos riscos a que está exposta a singela verdade dos fatos quando circula pela web.

As recomendações são sete (mantida a sintaxe lusíada do original):

1. Se encontrou uma notícia cujo conteúdo oferece dúvidas, procure a mesma informação em ‘site’s de jornais, de agências noticiosas ou de outros órgãos de comunicação conhecidos. Se não encontrar, duvide do que leu.

2. Tenha sempre presente que um ‘site’ pessoal ou um blogue não tem a responsabilidade social de um ‘media’, nem os autores estão sujeitos ao mesmo grau de exposição que os jornalistas e os directores dos jornais, imputáveis legalmente pela publicação de notícias falsas.

3. Tente criar o hábito de ler, ver ou ouvir as notícias sempre em ‘site’s de órgãos de comunicação social com linhas editoriais claras e provas dadas no que toca à credibilidade da informação publicada.

4. Não confunda factos com opinião nem com participação dos leitores. A informação jornalística divide-se sobretudo entre o que é noticioso e o que é opinativo. Se um cronista se pronuncia sobre um determinado acontecimento está a dar a sua visão e não outra notícia sobre o mesmo assunto. O mesmo se passa com os comentários deixados nos ‘site’s pelos leitores junto das notícias.

5. Seja para conteúdos jornalísticos seja para qualquer outro tipo de conteúdos na net, inclusive comerciais, tenha o cuidado de verificar se há contactos no ‘site’ onde consta a informação (ficha técnica, morada, telefone, endereço de ‘mail’ etc). Caso não existam duvide da veracidade dos mesmos; o anonimato é normalmente o caminho usado para campanhas que apenas visam descredibilizar pessoas ou marcas.

O link para o texto é este, mas o acesso não é gratuito. O guia custa no mínimo 2 euros.