A imprensa americana errou ao noticiar que o conselheiro do primeiro-ministro israelense, Dov Weissglas, teria dito em entrevista que a verdadeira intenção de Ariel Sharon ao anunciar a retirada de assentados judeus da Faixa de Gaza é congelar o processo de paz e evitar a formação de um estado palestino, afirma a organização pró-Israel de monitoramento de mídia Camera [18/10/04].
Veículos como The Washington Post, The New York Times, The Philadelphia Inquirer e muitos outros teriam reproduzido a denúncia com base em texto publicado pelo diário israelense Haaretz, ao qual Weisglass concedeu a entrevista em questão no dia 6/10. Mas, esse material, que dava a entender que Sharon tem segundas intenções, era apenas um chamariz para a entrevista completa, que sairia no dia 8/10, e que deixava claro que as afirmações do conselheiro haviam sido editadas de forma distorcida anteriormente.
O que ele disse na verdade foi que Israel tem uma postura de adiar as negociações com a Autoridade Palestina enquanto ela apoiar o terrorismo. Ao sair da Faixa de Gaza, os israelenses poderiam fazer esse congelamento deixando que os palestinos sozinhos constituam um governo sem laços com terroristas, para então poderem negociar. Segundo a Camera, a correta interpretação da entrevista não teve repercussão na mídia americana.