Keith Kelly, do New York Daily News [29/10/04], reporta que o ex-presidente americano Bill Clinton pode receber até US$ 1 milhão em páginas de anúncios gratuitas para sua fundação em importantes revistas dos EUA, por ter participado da American Magazine Conference, na Flórida. A fundação mantém a Biblioteca Presidencial que Clinton montou em Little Rock, no estado de Arkansas. A conferência foi mediada pelo presidente da Time, Eileen Naughton. A revista, que cobra US$ 200 mil por uma página de publicidade, é uma das que doarão espaço para Clinton. Há alguns anos, quando a então primeira-dama Barbara Bush participou da American Magazine Conference, recebeu doação na casa das centenas de milhares de dólares para a campanha de alfabetização que promovia.
Jornais árabes criticam eleições dos EUA
A expectativa para saber quem será o novo presidente americano é grande em todo o mundo, mas, para leitores de diversos jornais árabes, pode haver pouca diferença entre George W. Bush e John Kerry. Segundo reportagem do jornal israelense The Jerusalem Post [26/10/04], esses diários publicam de forma recorrente charges que apresentam ambos os candidatos como fantoches dos judeus. ‘Eles projetam pelo mundo árabe que são os judeus quem controlam essa eleição’ explica Abraham Foxman, da Liga Anti-Difamação, organização que monitora o anti-semitismo na imprensa muçulmana. Os desenhos, que resgatam as velhas teorias conspiratórias de que os EUA são uma entidade usada pelos judeus para atacar os islâmicos, têm aparecido até em países cujos governos não têm posição abertamente hostil a Israel. No jordaniano Ad-Dustur, por exemplo, aparece a figura do primeiro-ministro israelense Ariel Sharon vestido com farda militar, condecorado com caveiras e as imagens de Bush e Kerry. Charges com teor semelhante apareceram também nos Emirados Árabes e na Palestina. Foxman destaca que, em países com alto índice de analfabetismo, os desenhos têm poder de comunicação maior em comparação com a escrita.