Sete pessoas morreram e mais de dez ficaram feridas no ataque terrorista perpetrado no fim de semana retrasado contra o escritório da rede de TV Al Arabiya, em Bagdá, informa a organização Comitê de Proteção aos Jornalistas [1/11/04], em nota que condena a ação. Cinco dos mortos eram funcionários da emissora árabe. Um grupo chamado Brigada de Mártires da Jihad teria assumido a autoria do atentado por meio da internet. A casa utilizada pela Al Arabyia servia de sede iraquiana para duas outras emissoras e se localiza em um bairro rico. Cerca de 35 funcionários do canal faziam uma reunião ali quando uma bomba explodiu em frente à casa, formando uma grande cratera no chão, fazendo com que o piso do primeiro andar viesse abaixo e principiando um incêndio. A Al Arabiya é alvo constante de ameaças de militantes iraquianos que querem que ela ajude na guerra contra os invasores americanos. Desde que os EUA invadiram o Iraque, 36 jornalistas e 18 funcionários de apoio à imprensa morreram. Em maioria, eram iraquianos.
França confia na libertação de reféns
O governo francês continua com esforços para a libertação dos jornalistas Christian Chesnot, da rádio France International, e Georges Malbrunot, do jornal Le Figaro, mantidos reféns em Bagdá desde 20/8. O embaixador da França no Iraque, Bernard Bajolet, disse em 31/10 que os jornalistas estavam em bom estado de saúde. Falando de Bagdá, depois de uma audiência de quase uma hora com o presidente do Comitê dos Ulemas Muçulmano, Hareth al-Dari, Bajolet disse que as autoridades francesas estão em ‘contato permanente’ para achar uma solução positiva. A AFP [5/11/04] informou também que o presidente da França, Jacques Chirac, disse que não há motivo para perder as esperanças e elogiou ‘o comportamento exemplar da família e dos colegas dos jornalistas, que tiveram sucesso em proteger os melhores interesses dos reféns’.