Sunday, 24 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Organização usa choque contra violência doméstica

A organização Anistia Internacional resolveu adotar o choque como tática para alertar contra a violência doméstica, segundo reporta Lee Glendinning para o Guardian [4/11/04]. Cartazes da entidade espalhados pelo metrô londrino mostram mulheres alegres e sorridentes como se fizessem propaganda de algum cosmético. Contudo, o transeunte mais atento logo reparará que elas têm cortes, hematomas e cicatrizes na pele. A idéia é chamar atenção para o problema da complacência com a violência que ocorre dentro dos lares, sem maniqueísmo. ‘Queremos que as pessoas se sintam perturbadas’, explica o publicitário que criou a campanha, Nick Braham. Ele observa que grupos de pesquisa com cidadãos mostraram que o nível de aceitação da violência doméstica é alarmante. Não há dados extensos sobre o problema no Reino Unido, mas sabe-se que na Inglaterra e no País de Gales morrem duas mulheres por semana, vítimas da brutalidade dentro de suas casas. A campanha da Anistia Internacional sairá também em revistas masculinas, no próximo ano.



Reino Unido restringe propaganda de álcool

O Ofcom, entidade que regula a mídia no Reino Unido, aprovou nova regra que proíbe que anúncios de bebidas relacionem seu consumo a mudanças de comportamento, força, melhora de humor, coragem ou agressividade. Segundo noticia The Guardian [1/11/04], também fica proibido associar a ingestão de álcool a um aumento da atratividade. Com isso, o órgão deixou de lado a polêmica proposta de banir comerciais de bebidas que utilizem artistas e músicas direcionados a adolescentes. As atuais normas britânicas de propaganda proíbem que o álcool seja anunciado de forma direcionada para os jovens, mas publicidade que abranja adultos e crianças continua permitida. O Ofcom foi pressionado pela indústria de bebidas e em breve passará a responsabilidade de fiscalizar propagandas de TV para uma nova organização, a Advertising Standards Authority, que já regula a publicidade impressa. A indústria do álcool ganhou ainda um prazo até setembro para levar ao ar campanhas que já tenham sido planejadas anteriormente mas que estejam fora das novas normas.



Hollywood ataca pirataria

A sorte está lançada para aqueles que compartilham ilegalmente filmes de grandes estúdios de Hollywood na internet. Os internautas são o mais recente alvo da indústria cinematográfica na batalha para diminuir os prejuízos causados pela pirataria, ‘a maior ameaça para a base econômica da indústria em toda sua história’, segundo o novo presidente da Motion Picture Association of America, Dan Glickman. Ele citou um novo relatório do governo dos EUA que indica que a pirataria, incluindo a de filmes, custa à economia americana até US$ 250 bilhões por ano. A AFP [4/11/04] reportou que a medida foi inspirada nas principais gravadoras dos EUA, que começaram a processar os usuários de redes de compartilhamento de arquivos individualmente em setembro de 2003, depois que um juiz de Los Angeles decretou que duas redes populares não eram responsáveis pela conduta de seus usuários.