Iris Chang, autora do aclamado livro The Rape of Nanking (O estupro de Nanking), cometeu suicídio na semana passada, nos EUA. O corpo de Iris, 36 anos, foi encontrado pela polícia dentro de um carro em uma estrada ao sul de São Francisco, com um tiro na cabeça. Seu livro, lançado em 1997, traçava um panorama da invasão do exército japonês à China na década de 1930. ‘De 20 mil a 80 mil mulheres foram estupradas. Muitos soldados iam além do estupro; estripavam as mulheres, cortavam seus seios, as pregavam vivas a paredes. Pais eram forçados a estuprar suas filhas e filhos enquanto mães assistiam à cena’, escreveu ela, dando a dimensão das atrocidades promovidas no ataque à cidade de Nanking, na época capital da China. The Rape of Nanking foi criticado pela ala conservadora do Japão, e nunca foi publicado no país – apesar de ter sido traduzido para diversas línguas. Iris, filha de imigrantes chineses, nasceu em Nova Jersey e morava na Califórnia. Antes de se tornar historiadora em tempo integral, trabalhou para a Associated Press e para o Chicago Tribune. Ela passou dois anos fazendo pesquisas para o livro, e entrevistou sobreviventes do massacre na China. Informações de Adam Tanner [Reuters, 11/11/04].
Entrevistas preciosas recuperadas na internet
O National Endowment for the Arts concedeu fundos para que o precioso arquivo de entrevistas da revista literária americana Paris Review pudesse ser colocado na internet. Em www.theparisreview.com, o visitante terá acesso a entrevistas com autores como T.S. Eliot, E.M. Forster, Thornton Wilder e Truman Capote, segundo mostra reportagem de Mark Hazlin para o USA Today [11/11/04]. O primeiro lote, que abrange os anos 50, já está no ar e, a cada mês, será acrescentado o equivalente a uma década dos arquivos. The Paris Review é uma publicação sem fins lucrativos.