Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

CPJ premia defensores da liberdade de imprensa

Três dos ganhadores do prêmio anual concedido pelo Comitê de Proteção aos Jornalistas (CPJ) não puderam comparecer à cerimônia de entrega do prêmio em Manhattan. São eles os escritores e cineastas de documentários birmaneses Aung Pwint e Thaung Tun, que estão presos desde 1999 – no caso de Pwint por ‘posse ilegal de máquina de fax’. O terceiro ganhador é o editor da revista Forbes, Paul Klebnikov, que receberá homenagem póstuma. Klebnikov morreu em 9/6 e foi o 11º jornalista assassinado na Rússia durante o governo de Vladimir Putin.

O Washington Post [23/11/04] informou que durante a premiação a CPJ destacou as oscilações da democracia na Ucrânia e as recaídas em outros países da ex-União Soviética (com exceção dos países bálticos Estônia, Letônia e Lituânia), onde há menos liberdade de imprensa agora do que havia na época do regime comunista. Uma prova disso foi o prêmio concedido a Svetlana Kalinkina da Bielorrússia. Ela foi editora-chefe de um jornal popular até que o ditador do país, Alexander Lukashenko, tornou a publicação quase impossível, impondo hostilidades oficiais, inspeções fiscais, ameaças de morte e detenções. Hoje, toda a mídia da Bielorrússia está sob o controle do governo.

Outro ganhador do prêmio foi o fundador e diretor da rádio de Burundi Publique Africaine, Alexis Sinduhije. A estação dele emprega funcionários das etnias Tutsi e Hutu e procura promover a paz entre os grupos rivais numa nação de freqüentes conflitos. Por isso, a rádio tem sido alvo de constantes intimidações e banimentos por parte do governo, mas continua a funcionar.